Tebet: Precisamos achar recurso para pagar salário mínimo de R$ 1.421


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Hugo Barreto/Metrópoles
Imagem colorida mostra a ministra Simone Tebet - Metrópoles

Imagem colorida mostra a ministra Simone Tebet - Metrópoles

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a equipe econômica precisar encontrar recursos para pagar salário mínimo previsto para 2024, de R$ 1.421.

O valor, que representa um reajuste de cerca de 7,7% em relação ao piso salarial atual (R$ 101 a mais), consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do ano que vem, entregue pelo governo ao Congresso na última quinta-feira (31/8).

Esta é a primeira peça orçamentária elaborada pela equipe do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela precisa ser analisada pelos parlamentares até o final do ano.

“Primeiro, (o valor) é uma estimativa, mas não pode ser menor que essa, porque tem uma regra agora que foi imposta, nós nos impusemos, que é: o aumento da inflação mais o crescimento do PIB dos últimos dois anos. Isso chegou nesse valor de R$ 1.421”, disse Tebet em entrevista à rádio Nova Brasil FM, divulgada nesta terça-feira (5/9).


“É nosso esforço, portanto é nossa obrigação, minha e do ministro (da Fazenda, Fernando) Haddad, achar recurso no Orçamento e pagar esse salário mínimo, nem que a gente tenha tirar de outras despesas”, prosseguiu a ministra.

Em seguida, ela salientou que quem vai bater martelo sobre o valor final do piso é o presidente da República. “Pode ser um pouquinho a mais, é uma discussão a ser feita se tiver espaço (no orçamento)”.

Nova política de reajuste

Na semana passada, o governo sancionou a lei que estabelece uma política de reajuste anual. O aumento real do mínimo, ou seja, acima da inflação, era uma promessa de campanha de Lula, sob a justificativa de que a medida aumenta o poder de compra das famílias.

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presidente da Câmara, Arthur Lira, e vice-presidente Geraldo Alckmin

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presidente da Câmara, Arthur Lira, e vice-presidente Geraldo Alckmin Vinícius Schmidt/Metrópoles

Presidente Lula cumprimenta o ministro Fernando Haddad - Metrópoles

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Presidente Lula conversa com Arthur Lira durante evento - Metrópoles

Lula e Lira Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ministro Fernando Haddad durante pronunciamento no Palácio do Planalto - Metrópoles

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Ministro Fernando Haddad cumprimenta Arthur Lira durante evento - Metrópoles

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Presidente Lula e Ministro do Trabalho Luiz Marinho (PT) - Metrópoles

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Autoridades posam para foto durante Cerimônia no Palácio do Planalto que sancionou lei que aumenta o valor do salário mínimo e estabelece nova política de valorização do salário mínimo - Metrópoles

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Presidente Lula assina documento durante evento - Metrópoles

Lula Vinícius Schmidt/Metrópoles

Autoridades acompanham a fala do ministro Luiz Marinho (PT) durante cerimônia no Palácio do Planalto - Metrópoles

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Ministro do Trabalho Luiz Marinho (PT) durante pronunciamento - Metrópoles

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Autoridades acompanham a cerimônia no Palácio do Planalto - Metrópoles

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Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presidente da Câmara, Arthur Lira, e vice-presidente Geraldo Alckmin

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presidente da Câmara, Arthur Lira, e vice-presidente Geraldo Alckmin Vinícius Schmidt/Metrópoles


O governo Jair Bolsonaro (PL) decidiu abandonar a política de valorização do mínimo, que determinava reajuste acima da inflação. A equipe comandada pelo então ministro Paulo Guedes (Economia) entendeu que a medida gerava um impacto excessivo sobre as contas públicas.

A nova política de reajuste do mínimo se baseia em um índice que combina a inflação e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro. Para o Orçamento de 2024, é considerado o PIB de 2022, que cresceu 2,9%.

Já a inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses encerrados em novembro do exercício anterior ao do reajuste. Se o resultado for diferente da estimativa, o governo precisará rever o montante.

O reajuste do mínimo não altera apenas os vencimentos de quem recebe o piso nacional, mas também implica o reajuste de diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado em abril deste ano, o salário mínimo é referência para 54 milhões de pessoas no país. Desse total, 22,7 milhões foram impactadas de forma direta em 2021, e 31,3 milhões, de forma indireta. Em termos percentuais, esse contingente representou 25,4% da população brasileira, ou seja, um quarto da população brasileira foi afetada pelo salário mínimo.

https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/tebet-precisamos-achar-recurso-para-pagar-salario-minimo-de-r-1-421

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