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sábado, 20 de janeiro de 2018

Febre amarela com dr. Esper Kallás

Reação à vacina da febre amarela.

Reação vacinal
A vacina da febre amarela é feita com o vírus atenuado e, após a aplicação, são produzidos anticorpos que protegem contra a doença selvagem.

Pelo perfil da vacina, a dose é indicada apenas para quem precisa, considerando o risco de exposição dela ao vírus da febre amarela. 

“Portanto, em locais urbanos, onde não há transmissão, não há motivo para expor a população a um risco desnecessário”, alerta a secretaria. 

De acordo com o órgão, a literatura médica aponta a possibilidade de ocorrência de uma morte para cada 450 mil doses aplicadas.

Após a aplicação da vacina, são comuns sintomas leves como dores musculares, de cabeça e febre

Também é possível a ocorrência de vermelhidão, inchaço e calor no local de aplicação.

Eventos adversos podem estar relacionados a alergias aos componentes da vacina. 

Por isso, ela é contraindicada para pessoas que têm histórico de alergia grave a ovos.

A reação mais grave, que ocorreu com as mortes confirmadas em São Paulo, é a doença viscerotrópica aguda

Nesses casos, a vacina provoca uma disfunção aguda de múltiplos órgãos. 

O organismo da pessoa não consegue conter a multiplicação do vírus inserido pela vacina e começa a atacar o corpo da mesma forma que o vírus selvagem

As reações podem evoluir para insuficiência renal, hepática e cardíaca, problemas de coagulação, hepatite fulminante e morte.

Cristiane Brasil - Planalto marca para segunda posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho

O Palácio do Planalto informou há pouco que a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho será na próxima segunda-feira (22), às 9h. 

No início da tarde de hoje (20), Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a decisão da 4ª Vara Federal de Niterói que impedia a posse de Cristiane como ministra. 

A decisão foi tomada pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins.

Por meio de nota, o STJ informou que, ao analisar o caso durante o recesso forense, o ministro Humberto Martins concordou com os argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) “no sentido de que condenações em processos trabalhistas não impedem a deputada de assumir o cargo, já que não há nenhum dispositivo legal com essa determinação”.

De acordo com o ministro, não existe no ordenamento jurídico norma que vede a nomeação de qualquer cidadão para exercer o cargo de ministro do Trabalho em razão de ter sofrido condenação trabalhista.

Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante

UBS Jd do Carmo, CAIC, Monte Belo e USF Miray oferecem vacinas contra febre amarela

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) Jardim do Carmo, CAIC, Monte Belo e Unidade de Saúde da Família (USF) Miray também passaram a oferecer para a população das suas áreas de abrangência a vacina contra a febre amarela

As doses foram disponibilizadas já nesta quarta-feira (17 de janeiro) nos quatro postos. 

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde de Itaquaquecetuba ampliou o número de senhas distribuídas cada posto de vacinação para que os munícipes dos demais bairros sejam imunizados com tranquilidade e organização, bem como para atender a crescente demanda dos últimos dias.

O secretário municipal de Saúde, William Harada tranquiliza a população em relação à doença. O gestor destaca que até o momento a cidade não registra nenhum caso autóctone de febre amarela, assim como não foi encontrado nenhum macaco com a doença, o que descartam os riscos até então.

A Prefeitura de Itaquaquecetuba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde reforça que continua seguindo rigorosamente as deliberações dos órgãos reguladores tanto do Estado de São Paulo, como do Ministério da Saúde, pensando no melhor para a população da cidade.

O município conta com 17 postos de vacinação atendendo de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

São elas: UBS Centro, Maragogipe, Jardim Paineira, Jardim Caiuby, Jardim Josely, Jardim Odete, Jardim do Carmo, CAIC, Monte Belo, Marengo, Morro Branco e Recanto Mônica, bem como nas USF Jardim América, Louzada, Pequeno Coração, Miray e Piratininga.

Para garantir que o atendimento do público ocorra de forma organizada estão sendo distribuídas senhas todos os dias nos postos de saúde logo pela manhã. 

Com objetivo de reduzir as filas, o número de senhas foi ampliado nesta quarta-feira, respeitando a rotina e demanda de cada unidade de saúde. 

A meta é vacinar 430 mil pessoas na cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde para que mais ações preventivas e um novo plano de atendimento sejam colocados em prática à pasta já solicitou ao governo do Estado um reforço no estoque das vacinas, que até o momento é o suficiente para atender a população que tem ido até às UBSs e USFs.

Até segunda-feira, dia 15 de janeiro, foram vacinadas contra a febre amarela mais de 95 mil pessoas em Itaquaquecetuba. Os dados foram divulgados pela Vigilância Epidemiológica do município.

Segundo a determinação da Secretaria de Estado da Saúde, a Prefeitura de Itaquaquecetuba não fará mais neste sábado, o Dia D de Vacinação Contra a Febre Amarela, tendo em vista que o movimento nos postos tem sido intenso nos últimos dias e a população tem procurado as unidades de saúde para se vacinar contra a doença.

Em Itaquaquecetuba para tomar a vacina contra a febre amarela é recomendado à apresentação da carteirinha de vacinação

Isso porque, pessoas que já tomaram a vacina em menos de 10 anos, não devem sob-hipótese nenhuma receber a imunização novamente. 

Para obter mais informações sobre a vacina contra a febre amarela, o munícipe deve procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência. Segue na tabela abaixo a lista com o endereço e telefone dos postos de saúde do município. 

Outro local para mais informações é a Vigilância Epidemiológica da cidade que atende nos telefones 4642-4877 / 4753-1987 / 4506-4182.

RECOMENDAÇÕES Além disso, Secretaria Municipal de Saúde informa que há contra indicações em relação à vacina para pacientes que tem imunossupressão, seja por doenças (câncer, HIV, lúpus, entre outras) ou medicamentos. 

Pessoas com alergia à proteína do ovo, à gelatina e ao antibiótico eritromicina não devem tomar a vacina. 

A vacina não é recomendada para crianças menores de 9 meses, gestantes e pessoas com mais de 60 anos.

POSTOS DE VACINAÇÃO:
UNIDADE ENDEREÇO TELEFONE
UBS CENTRO RUA JOÃO VAGNOTTI, 221 – CENTRO 4647-5127/4642-3913/4642-4242
UBS MARAGOGIPE RUA PAULISTANA, 95 – JD. MARAGOGIPE 4648-3014/4641-4203
UBS JARDIM PAINEIRA RUA SERRA PARANAPIACABA, 380 – JD. PAINEIRA 4648-1884
UBS JARDIM CAIUBY ESTRADA DOS INDIOS, 1.125 – JD. CAIUBY 4648-6366/4732-2449
UBS JARDIM DO CARMO RUA JAÚ, 26 JARDIM DO CARMO 4647-6872/4647-1186
UBS JARDIM ODETE RUA VISCONDE DE TAUNAY, 210 – ALTOS DE ITAQUÁ 4645-2739/4642-9478
UBS MARENGO AV. GONÇALVES DIAS, 1.805 – PQ. RES. MARENGO 4645-3253/4642-4836
UBS MONTE BELO RUA ARUJÁ, 25 – MONTE BELO 4648-4818/4754-3764
UBS MORRO BRANCO RUA RIO GRANDE DO SUL, 585 – ARACARÉ 4640-1207/4642-2343
UBS RECANTO MÔNICA RUA MONBUCA, 176 RECANTO – MÔNICA 4645-6074
USF JARDIM MIRAY RUA MARINGÁ, 603 JD. MIRAY 4753-1691
USF JARDIM AMÉRICA AV. PEDRO DA CUNHA A. LOPES, 2500 4648-7296/4648-8442
USF JOSELY RUA FLORESTA, 43 – JD. JOSELY 4644-3844/4648-0083
USF NÍCEA/LOUZADA RUA DIAMANTINA, 181 – JD. NÍCEA 4648-5234
USF PEQUENO CORAÇÃO RUA FREI CANECA, 280 – PEQUENO CORAÇÃO 4648-3114
USF PIRATININGA RUA TEÓFILO BRAGA, 147 – PQ. PIRATININGA 4641-3481/4755-0032

Oito cidades do Alto Tietê continuam vacinação contra a febre amarela a partir desta segunda-feira Vacinação está suspensa em Salesópolis e Suzano por falta de doses. Confira as cidades que ainda possuem doses da vacina disponíveis para vacinação.

Oito cidades do Alto Tietê continuam a vacinação contra a febre amarela nos postos de saúde nesta segunda-feira (22). 
http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano

Apenas em Suzano e Salesópolis a imunização está suspensa por falta de vacinas. A aplicação deve ser retomada assim que os municípios receberem novo lote das vacinas do Governo do Estado. 

Em Salesópolis, as doses devem ser encaminhadas nesta segunda. Em Suzano, não foi divulgado prazo.

Confira como fica a vacinação nas cidades do Alto Tietê

Arujá recebeu novo lote com 60 mil vacinas nesta sexta-feira (19) e ainda possui estoque para os próximos dias. A vacina continua sendo aplicada nas sete unidades básicas de saúde da cidade.

Na cidade, moradores devem apresentar comprovante de residência e trabalhadores algum documento que comprove a situação (crachá, CTPS ou declaração da empresa).

Confira quantas senhas são distribuídas em cada uma das unidades.

Biritiba Mirim
Informou apenas que havia vacinas disponíveis na última sexta-feira.

Ferraz de Vasconcelos
A cidade informou que a imunização é feita nas 12 unidades básicas de saúde. A vacinação acontece das 8h às 17h. É preciso levar RG e as crianças ainda são obrigadas a apresentar a carteirinha de vacinação.

Guararema
A partir de segunda (22), os munícipes das áreas prioritárias podem se vacinar mediante documento pessoal e comprovante de residência. A vacinação será feita na Escola Profissionalizante e nas UBSs Jardim Dulce e Lambari. Cerca de 17 mil pessoas foram vacinadas até quinta-feira (18).

Itaquaquecetuba
Até sexta mais de 110 mil pessoas já haviam sido imunizadas. A cidade recebeu 152 mil doses da vacina. A partir desta segunda-feira, 17 unidades fazem a aplicação da vacina.

Jardim Caiuby, Jardim Nicea, Recanto Mônica, Parque Marengo, Jardim Luciana, Jardim Paineira, Jardim Maragogipe, Jardim Josely, Jardim América, Pequeno Coração e Jardim Odete, entre outros, estão na lista de bairros em que os moradores devem procurar uma unidade de saúde para receber as devidas orientações e a dose da vacina.

A lista completa está disponível no site da Prefeitura.

Mogi das Cruzes
De novembro até agora, a cidade já recebeu cerca de 270 mil doses da vacina contra a febre amarela, e já bateu a sua meta de imunização em áreas prioritárias. Segundo a prefeitura, a partir de segunda -feira, 10% das doses em cada posto de saúde serão destinadas para o atendimento preferencial.

A partir desta segunda-feira, a vacinação continua em 17 postos de saúde:

UBS Ponte Grande, das 8 às 16h30
UBS Santo Ângelo, das 8 às 16h30
PSF Nove de Julho, das 8 às 16h30
PSF Cocuera, das 8 às 16h30
PSF Chácara Guanabara, das 8 às 16h30
PSF Taboão, das 8 às 16h30
UBS Biritiba Ussú, das 8 às 16h30
UBS Braz Cubas, das 8 às 16h30
UBS Quatinga, das 8 às 16h30
UBS Sabaúna, das 8 às 16h30
UBS Taiaçupeba, das 8 às 16h30
UBS Vila Moraes, das 8 às 16h30
UBS Jardim Camila, das 8 às 21h
UBS Jardim Universo, das 8 às 21h
UBS Jundiapeba, das 8 às 21h
UBS Santa Tereza, das 8 às 21h
UBS Vila Suíssa, das 8 às 21h
Qualquer morador, apresentando Cartão SIS ou comprovante de endereço, além do documento pessoal pode se vacinar. Crianças menores de 15 anos devem apresentar caderneta de vacinação.

Poá
De novembro até agora a cidade recebeu 57 mil doses da vacina. Para esta segunda-feira, a Secretaria de Saúde está definindo a quantidade de doses que serão disponibilizadas em cada posto.

Farão o atendimento os seguintes postos: UBS Tito Fuga (Calmon Viana), UBS Vereador Farid Domingues – CSII (Centro), UBS Wellington Lopes (Jardim América) e UBS Dr. Cypriano Monaco (Nova Poá), a partir das 8h.

Podem ser vacinados os moradores de Poá fora da lista de contraindicação do Ministério da Saúide, mediante comprovante de endereço, carteirinha do posto e documento de identificação.


Salesópolis
No munciípio a vacinação está suspensa: A cidade deve receber novas doses nesta segunda-feira.

Santa Isabel
A cidade informou apenas que a vacinação será retomada nesta segunda-feira. Na quinta-feira, a cidade atingiu a meta de imunização e suspendeu a vacinação na sexta.

Suzano
Em Suzano, a imunização está suspensa por tempo indeterminado por falta da vacina. A cidade solicitou 30 mil doses e aguarda retorno do Governo do Estado.

Mais de 100 mil pessoas foram imunizadas no município. A cidade recebeu 110 mil doses da vacina de novembro até agora.

Em SP, Emílio Ribas tem dois meses de espera para vacina contra febre amarela

Com o surto de febre amarela, os moradores da cidade de São Paulo que têm viagem marcada para o exterior podem enfrentar alguma dificuldade para conseguir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), exigido por mais de 100 países.

Isso porque no Instituto Emílio Ribas, o principal ponto de vacinação e emissão do documento na capital, só há vagas em março.

 Até lá, a agenda está cheia. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, à qual o instituto é vinculado, a orientação é seguir a fila, mesmo que haja urgência para a vacinação. A recomendação é que a imunização seja feita pelo menos dez dias antes da viagem.

Alternativas
Para quem precisar do documento e não conseguir vaga no Emílio Ribas, a solução é buscar outros cinco postos de saúde municipais que fornecem o certificado. 

São eles: UBS Jardim Edite (Rua Charles Coulomb, 80), Hospital Dia Rede Hora Certa Penha ( Praça Nossa Senhora da Penha, 55), UBS Itaquera (Rua Américo Salvador Novelli, 265), UBS Integral Jardim Miriam II (Avenida Cupecê, 5185) e UBS Vila Prel (Rua Theresa Maia Pinto, 11). 

Nesses locais, é possível tanto se vacinar contra febre amarela, quanto solicitar apenas a emissão do certificado. No entanto, as unidades de saúde da capital têm registrado longas filas.

Quem já tiver se vacinado e precisar apenas do comprovante pode procurar ainda os postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. 

Nesse caso,  é preciso fazer um cadastramento prévio no site da agência. Lá também é possível consultar a lista de países que exigem o certificado para ingresso.

Clínicas particulares
Quem quiser tomar a vacina em clínicas particulares também pode encontrar dificuldade. 

Pelo menos seis delas procuradas pela reportagem em São Paulo já exibiam avisos em seus sites sobre a indisponibilidade da vacina. 

A maioria também informava não ter previsão para a chegada de novos lotes

Todas as clínicas informaram que estavam com problemas no atendimento por telefone devido ao aumento da procura pelas vacinas.

Na Clínica Vacinarte, visitada pela reportagem da Agência Brasil, já na recepção as profissionais são orientadas a informar que não há vacina disponível. Desde o início do ano, foram aplicadas 300 doses, o que fez com que o estoque esgotasse na última quinta-feira. 

A previsão é que novas vacinas cheguem somente em março. A procura congestionou até mesmo a linha telefônica da clínica. 

“Em dois dias tivemos 6 mil ligações. Nossa linha foi bloqueada. Agora estamos informando as pessoas por meio de uma mensagem gravada”, disse a enfermeira do local, Adriana Almeida.

Segundo ela, a procura aumentou desde o ano passado, mas não de forma tão intensa como no início de 2018. “Normalmente aplicamos poucas doses, uma média de três por mês. Mas a procura aumentou no começo de 2017 e ficou ainda maior no meio do ano. No final do ano houve queda e, agora, aumentou novamente devido à divulgação na mídia”.

Em outra clínica na zona oeste, a Clivan, a situação se repete. Em apenas dois dias foram aplicadas 200 doses e o estoque acabou. O reabastecimento também será feito em março. 

“A procura aumentou no final do ano e no começo de janeiro porque a imprensa está enfatizando as informações e principalmente a possibilidade de morte.

 Nossos telefones estão congestionados devido a tanta gente ligando para se informar”, disse o enfermeiro Saimon Marinho.

Na zona leste, a dona de casa Andrea Levi Ramos está procurando a vacina para toda a família, mas caso não consiga, priorizará a vacinação do filho de 6 anos. 

Ela procurou informações em duas clínicas particulares, mas não há doses disponíveis até março. “Está bem difícil conseguir nas clínicas particulares.

Eu até procurei o pediatra do meu filho que me disse que se eu não for a nenhum lugar onde tenha mata ou se não residir próximo a parques, não é preciso me alarmar”

Ela também procurou os postos públicos próximos ao bairro onde reside, na Vila Matilde, mas disse que as filas estavam imensas. Depois da orientação do pediatra, ela decidiu esperar a pela vacina fracionada, já que não pretende viajar imediatamente.

Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Edição: Amanda Cieglinski

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Especialistas da Fiocruz explicam vacina da febre amarela e circulação do vírus

Diante do avanço da febre amarela no país, com aumento do número de casos confirmados e de mortes, a preocupação com a doença tem aumentado e levado a uma corrida pela vacinaem alguns estados. 


A situação levou inclusive o governo a fracionar a vacina contra a febre amarela em algumas regiões e antecipar a campanha de imunização de 19 de fevereiro para 25 de janeiro nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ouvidos pela Agência Brasil explicam as mudanças no protocolo de vacinação contra a doença e como ocorre a circulação do vírus no país:

Prazo da vacina
O assessor científico sênior de Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-manguinhos)/Fiocruz, Akira Homma, destaca que em 2013 a Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou a recomendação de tomar a vacina da febre amarela a cada dez anos para uma única dose na vida. A decisão foi anunciada após uma reunião do grupo específico de vacinas da organização.

“Analisando os dados de duração de imunidade que dispunham de todo o mundo, especialmente na África, chegaram à conclusão que uma dose é o suficiente para imunizar a pessoa para a vida inteira. E essa recomendação também foi endossada pela OMS e pela Organização Pan-Americana de Saúde [Opas]. Depois, o Ministério da Saúde também adotou esse critério. 

É resultado de uma análise e inúmeros estudos no mundo que mostram que uma dose é o suficiente para a vida inteira”, explicou.

Na época da decisão, segundo Homma, também havia um desabastecimento da vacina contra a febre amarela no continente africano, como ocorre atualmente em algumas regiões do Brasil. 

“Então, em vez de imunizar uma pessoa três ou quatro vezes, o grupo [da OMS] decidiu que era melhor imunizar a população inteira uma vez. Agora vem aparecendo a mesma situação aqui no Brasil, então o ministério [da Saúde] resolveu seguir essa recomendação da OMS”.

Após a determinação, a Fiocruz iniciou estudos clínicos para confirmar a imunização plena contra febre amarela com apenas uma dose integral da vacina. Os resultados, no entanto, devem ser conhecidos a partir de 2020.

Fracionamento
Quanto ao fracionamento das doses da vacina contra a febre amarela – medida adotada por estados como São Paulo e Rio Janeiro para ampliar a imunização –, o cientista explica a medida é emergencial, tomada quando é necessário vacinar uma população grande em um curto espaço de tempo. 

No caso do Brasil, o uso da dose fracionada foi decidido diante da expansão de novas áreas de risco da febre amarela nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

“É uma área que tem 20 milhões de habitantes e é preciso vacinar todo mundo num prazo muito curto”, avalia.

Segundo ele, o método já foi usado anteriormente, na África, em 2016, quando houve uma epidemia de febre amarela no continente que deixou os países sem doses suficientes. 

Homma destaca que estudos conduzidos no Brasil pela Fiocruz há oito anos mostraram que a dose reduzida da vacina oferece proteção “no mesmo nível da dose total”.

Cada frasco da vacina contra febre amarela contém cinco doses integrais, com 0,5 mililitro (ml) cada. Na dose fracionada, é aplicado 0,1 mililitro em cada pessoa.

“Quer dizer, com um frasco de cinco doses nós podemos vacinar 25 pessoas. O fracionamento é feito na hora na aplicação, essa é a vantagem. O processo de produção é o mesmo, toda a vacina é igualzinha, você faz a reconstituição da vacina da mesma forma, não muda nada. Todos os operadores já sabem fazer isso há anos. Só que, em vez de usar 0,5 ml, que é a dose plena, usando uma seringa especial vai permitir retirar 0,1ml de uma forma muito precisa”.

Restrições à vacina
De acordo com o especialista da Fiocruz, grávidas só devem se vacinar contra a febre amarela se estiverem em uma zona endêmica, de alta circulação de vírus, e se houver recomendação médica, já que a vacina é feita com vírus vivo atenuado e pode atingir o feto. 

Crianças menores de 9 meses também não devem ser vacinadas, assim como idosos. Entre 9 meses e 2 anos, será aplicada a dose integral, bem em pessoas que viajarão para países que exigem a certificação internacional da vacina.

A imunização também não é recomendada para pessoas com doenças que comprometem o sistema imunológico, como aids, em tratamento quimioterápico, com doença hematológica ou que foi submetida a transplante de células-tronco.

O Laboratório de Bio-Manguinhos é o único produtor de vacina da febre amarela da América Latina e um dos quatro no mundo qualificados pela OMS. 

No ano passado, a produção na unidade foi de 64 milhões de doses, a pedido do Ministério da Saúde. Em anos normais, são feitas de 15 a 20 milhões de doses. Pare este ano, o ministério já solicitou cerca de 50 milhões de doses, segundo Homma.

Ciclos do vírus
O coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, explica que todos os casos registrados no Brasil atualmente são do ciclo silvestre da doença, quando o vírus circula na natureza, entre mosquitos que vivem nas copas das árvores, dos gêneros Sabethes e, principalmente, Haemagogus.

“Nas áreas de mata, o mosquito transita o vírus com primatas não humanos. Acidentalmente o homem pode ser infectado quanto adentra esses ciclos e é picado por um mosquito desses que normalmente se alimenta desses macacos. O que vemos hoje no Brasil é esse ciclo silvestre, são pessoas que acidentalmente são infectadas porque adentraram no ciclo silvestre”.

Na febre amarela urbana, sem registros no Brasil desde 1942, os infectados são os humanos e os vetores são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No mundo, o registro mais recente de grande número de casos de febre amarela urbana ocorreu em Angola, em 2016, quando morreram mais de 350 pessoas.

Segundo Rivaldo Venâncio, por causa da proximidade de algumas cidades com regiões de Mata Atlântica, com zonas de floresta, há risco de reintrodução do vírus da febre amarela em áreas urbanas.

O especialista explica que os macacos não transmitem a doença e que são aliados na detecção da circulação do vírus porque servem de alerta.
“Os macacos que adoecem infectados pelo vírus da febre amarela servem como uma sirene para os epidemiologistas e autoridades sanitárias saberem que naquela região está circulando o vírus. 

Os macacos são nossos amigos, eles, diretamente, não infectam o ser humano em hipótese alguma. 

No ciclo urbano também, o humano não transmite diretamente para outro, é necessário o mosquito transmissor”.

Surtos
Segundo Venâncio, surtos de febre amarela costumam se repetir a cada oito ou dez anos e uma das hipóteses é que os ciclos estejam relacionadas a mudanças no meio ambiente.

 “Alguns pesquisadores apontam a influência da ampliação das fronteiras agrícolas do país, onde passamos a cultivar soja e outras coisas, por exemplo, em Tocantins e no interior do Nordeste, Centro-Oeste, que estaria forçando a movimentação dos primatas e com eles os mosquitos que deles se alimentam. 

Outros falam que, para além da ampliação da fronteira agrícola, o uso do maquinário, presença humana e uso de agrotóxicos também estaria forçando essa movimentação. 

Outros pesquisadores falam nas alterações climáticas, dentre as quais uma certa mudança no padrão das chuvas e de elevação de temperaturas, o chamado aquecimento global”, lista.

Segundo o coordenador da Fiocruz, pesquisas também investigam a ligação entre o avanço atual da febre amarela no país e o rompimento Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em novembro de 2015, em Mariana (MG), que liberou cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeito no Rio Doce.

Sintomas e transmissão
Causada por vírus e transmitida por vetores, a febre amarela é uma doença infecciosa grave. 

Os sintomas aparecem de forma repentina, com febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

Na forma mais grave da doença pode ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragia e cansaço intenso.

De acordo com a OMS, há registros da doença em 47 países das Américas do Sul e Central e da África. 

A transmissão é feita por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. 

Em áreas florestais, o vetor é principalmente o mosquito Haemagogus e no meio urbano a febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

Ao ser picada por um mosquito infectado e contrair o vírus, a pessoa pode se tornar fonte de infecção em locais com a presença dos mosquitos vetores, já que a doença não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. 

O vírus da febre amarela também atinge outros vertebrados, como macacos, que podem desenvolver a forma silvestre da doença sem apresentar sintomas, mas com carga viral suficiente para infectar mosquitos

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
Edição: Luana Lourenço

Um ano após morte de Teori Zavascki, queda do avião ainda é investigada

O ministro Teori Zavascki (direita), morto em janeiro de 2017, era relator dos processos da Lava Jato no SupremoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Um ano depois da queda do avião, no mar em Paraty, no sul do Rio de Janeiro, que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, as causas do acidente ainda estão sob investigação.

Foram abertas três frentes de investigação - da Força Aérea Brasileira (FAB), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF). 

O relatório final de investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), será divulgado na próxima segunda-feira (22), em Brasília.

O documento será apresentado pelo chefe do centro, brigadeiro Frederico Alberto Marcondes Felipe, e pelo investigador encarregado, coronel Marcelo Moreno.

Em geral, as investigações do Cenipa apontam fatores que contribuíram para o acidente e o que fazer para evitar novos casos. “O Cenipa é o órgão da Força Aérea Brasileira que investiga, não julga. Não é um órgão de investigação penal. 

É um órgão técnico, que tem como função encontrar causas do acidente, inclusive para reduzir a possibilidade de acidentes futuros. 

O relatório da Polícia Federal é mais relacionado a aspectos jurídicos penais de investigação”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista à Agência Brasil.

No último dia 10, a Polícia Federal informou que sua principal linha de investigação aponta para falha humana nas manobras de aproximação da aeronave da pista de pouso em Paraty. A investigação ainda não foi concluída.

Raul Jungmann acredita que as informações parciais divulgadas pela PF afastam a tese de atentado.

 “Espero que sim. Em um acidente como este, muita gente fez teses conspiratórias, isso ajuda, mas o relatório técnico definitivo, que não está na esfera policial, sobre as causas de como se deu e porque se deu com excelente nível de profissionalismo da FAB, por meio do Cenipa, teremos enfim um juízo definitivo, não que eu esteja colocando em dúvida a Polícia Federal, longe disso”, disse.

Teori Zavascki era relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo e iria homologar a delação premiada dos executivos da Odebrecht assim que o Judiciário retomasse os trabalhos.

Memória
Mesmo após um ano, as imagens do acidente ainda estão fortes na memória de quem participou dos resgates dos corpos e dos restos do bimotor, que levava Teori e mais quatro pessoas.

O comandante do Grupamento de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Luciano Sarmento, estava na equipe de resgate. 

Ele lembra que por causa das péssimas condições climáticas, que impediam a visibilidade do piloto do helicóptero dos bombeiros, precisou se dirigir com a equipe ao local por terra. 

A equipe de mergulho chegou à noite em Paraty, e, embora não seja comum fazer resgates nesse horário por causa da pouca visibilidade, o trabalho começou no mesmo dia, uma vez que o mar estava mais calmo.

“O corpo do ministro Teori Zavascki e de uma senhora foram os primeiros a serem resgatados. Na condição da aeronave, eles não estavam tão presos às ferragens. Com equipamentos leves, conseguimos retirar os dois e levar à superfície, colocamos na embarcação e nos dirigimos à marina. A gente já tinha localizado os outros corpos, mas havia necessidade do emprego de equipamento mais específico”.

No fim da madrugada começou o trabalho para a retirada das outras vítimas. Foi utilizado um equipamento que é usado em acidentes automobilísticos, para o corte da fuselagem.

 "Esse equipamento nos permite realizar atividades de cortes e foi o que fizemos durante quase toda a manhã para resgatar os outros três corpos", contou.
De acordo com o coronel, o trabalho conjunto com a Marinha para a flutuação dos restos do avião permitiu que as partes fossem preservadas para as investigações sobre as causas do acidente.  “Nós tivemos a preocupação de onde cortar [a fuselagem] e evitar o máximo de dano do que a aeronave já tinha tido. Tivemos sempre este cuidado”.

Apesar de ter atuado em diversos salvamentos e buscas de grande número de vítimas nos mais de 20 anos na corporação, Sarmento conta que o resgate foi um marco em sua carreira e a responsabilidade era grande por causa da posição ocupada por Teori naquele momento no país. “

Como brasileiro e com o objetivo de cumprir a missão, me senti muito honrado em poder participar desta missão e ter tido a oportunidade de dar à família [a condição de] poder enterrar o seu ente querido”.

O jornalista e presidente da Associação Comercial de Paraty, Anderson Terra, foi um dos primeiros a noticiar a queda de um avião na região. 

Assim que soube do acidente, pegou uma embarcação no cais e seguiu para um local próximo da queda. Até então, não sabia quem estava no bimotor.

Terra chegou a publicar um vídeo da chegada da equipe da Capitania dos Portos ao local para a rede de comunicação britânica BBC, uma das mais importantes do mundo.

“Da área em que ocorreu o acidente até o cais leva menos de 10 minutos e a propagação do acidente foi muito rápida. Aí, peguei a embarcação no cais e fui ver. Chegando lá é que fui informado que era o Teori Zavascki, porque até, então, sabia apenas da aeronave que a gente conhecia”, disse. “Fiquei até mais tarde lá e eles [equipes de resgate] começaram a isolar a área e só ficou a minha embarcação no local”, acrescentou.

Anderson Terra relata que a dificuldade inicial de quem se juntou para tentar ajudar no resgate era a falta de um equipamento para romper a escotilha do avião e passar um tubo que permitiria a única passageira, que ainda estava viva após queda, pudesse respirar. 

“Ela morreu provavelmente por asfixia ou por afogamento, porque começou a entrar água na aeronave. Foi um momento de agonia também das pessoas que tentavam resgatar. Muitas pessoas presenciaram”.

O ministro Jungmann, relembra que estava em Dourados, no Mato Grosso do Sul, quando recebeu a notícia, ao lado dos comandantes militares para apresentação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). 

Segundo o ministro, ele fez um telefonema para informar o presidente Michel Temer sobre a queda do avião.

A partir daí, todos voltaram para Brasília e profissionais do Cenipa foram mandados a Paraty para iniciarem a investigação técnica.

O ministro disse que a notícia foi um choque. 

“Choque porque o Teori tinha nas suas mãos algumas das decisões mais importantes da vida política e, obviamente, como relator da Lava Jato era uma peça central em todo esse processo que todo o Brasil acompanha. Além de ser uma pessoa, que comigo, sempre foi muito gentil”, disse.

Jungmann destaca que Teori estava lidando com “serenidade e a imparcialidade" a tarefa. "Ele passava tudo isso, a serenidade tão necessária em um processo que mexia com os nervos não só de políticos como de todo o país”.

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel

Exame de sangue para câncer encontra oito tipos de tumores Teste em estudo detectou cânceres nos ovários, no fígado, no estômago, no pâncreas, no esôfago, no reto, no pulmão e na mama.

Um novo exame de sangue para o câncer se mostrou promissor para detectar oito tipos diferentes de tumores antes de eles se espalharem para outras partes do corpo, oferecendo esperança de detecção precoce, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (18). -  Por France Presse

Mais estudos são necessários antes de que o teste, chamado CancerSEEK, possa se tornar amplamente disponível por um custo projetado de cerca de US$ 500, disse o estudo publicado na revista científica americana Science.

O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, envolveu 1.005 pacientes cujos cânceres - já pré-diagnosticados com base em seus sintomas - foram detectados com uma taxa de precisão de cerca de 70% no total.

Os cânceres foram detectados nos ovários, fígado, estômago, pâncreas, esôfago, cólon ou reto, pulmão e mama.

Para cinco desses tipos de câncer - ovário, fígado, estômago, pâncreas e esôfago - não há exames de rastreio disponíveis para pessoas de risco médio.

O exame foi capaz de detectar esses cinco tipos com uma faixa de sensibilidade de 69% a 98%.

Em 83% dos casos, o exame foi capaz de delimitar onde o câncer estava anatomicamente localizado.

O teste é não invasivo e baseado na análise combinada de mutações de DNA em 16 genes de câncer, bem como dos níveis de 10 biomarcadores de proteínas circulantes.

"O objetivo final do CancerSEEK é detectar o câncer ainda antes - antes de que a doença seja sintomática", afirmou o estudo.
Reação de especialistas: mais estudos são necessários
Especialistas de fora do estudo disseram que é necessário que haja mais pesquisas para descobrir a verdadeira precisão do teste e se este seria capaz de detectar cânceres antes do aparecimento de sintomas.

"Isso parece promissor, mas com várias ressalvas, e uma quantidade significativa de pesquisa adicional é necessária", disse Mangesh Thorat, vice-diretor da Unidade de Ensaios Clínicos Barts da Universidade Queen Mary de Londres.


"A sensibilidade do teste no câncer de estágio I é bastante baixa, cerca de 40%, e mesmo nos estágios I e II combinados parece ser em torno de 60%. Portanto, o exame ainda vai deixar escapar uma grande proporção de cânceres no estágio em que nós queremos diagnosticá-los".

Nicholas Turner, professor de oncologia molecular no Institute of Cancer Research, em Londres, apontou que a taxa de falso positivo de 1% do teste pode parecer baixa, mas "poderia ser uma preocupação significativa para o rastreamento da população. Poderia haver muitas pessoas que são informadas que têm câncer que talvez não tenham".

No entanto, Turner descreveu o artigo como "um passo ao longo do caminho para um possível exame de sangue para detectar câncer, e os dados apresentados são convincentes a partir de uma perspectiva técnica sobre o exame de sangue".

Muitos outros esforços estão em andamento para desenvolver exames de sangue para o câncer.

"Eu não acho que esse novo teste realmente tenha movido o campo da detecção precoce muito para a frente", disse Paul Pharoah, professor de epidemiologia do câncer na Universidade de Cambridge.

"Continua sendo uma tecnologia promissora, mas que ainda deve ser comprovada".

Memes do Pato arrependido

 


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