Ricardo Noblat 17/12/2023 05:30, atualizado 17/12/2023 05:30 Vinícius Schmidt/Metrópoles Na era das redes sociais, o compromisso com o que se diz ou se escreve é nenhum em quase toda parte. Donald Trump, candidato à Casa Branca pela terceira vez (ganhou a primeira e perdeu a segunda), anuncia que se eleito governará como ditador pelo menos por um dia. Não diz o que fará nesse dia, e se lhe perguntam, responde apenas que vestirá a fantasia de vingador. Seus fiéis seguidores vão ao êxtase quando ele renova a promessa em entrevistas e comícios, e não lhe cobram maiores esclarecimentos. Só faltam gritar, como aqui: “Eu autorizo”. Destilar absurdos é a melhor maneira que populistas como Trump encontraram para testar ideias, mensurar sua aceitação, tocar em frente com elas ou arquivá-las. E se esse for o caso, basta explicar que exagerou para irritar os adversários e provocar a mídia. O anarco e ultrarradical de direita Javier Milei elegeu-se presidente da Argentina carregando uma motosserra...