Próximo verão pode ser um dos mais quentes da história, diz Inpe

 A previsão é de Gilvan Sampaio, coordenador-geral do órgão


 21 de dezembro de 2023 



O próximo verão, que se inicia às 00h27 da próxima sexta-feira (22), pode ser um dos três mais quentes da história. O ano de 2024, que se avizinha, também pode bater recordes de temperatura. A previsão é de Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Não dá para dizer que vai ser o mais quente, mas estará, certamente, entre os três mais quentes da história. Temos, neste momento, um El Niño de intensidade forte. Uma resposta do El Niño de intensidade forte, na região Sudeste, são temperaturas acima da média”, afirmou Gilva, em entrevista ao site Uol.

“O que esperamos para o verão: temperaturas muito acima da média ao longo dos próximos meses durante todo o verão”, completou.

O especialista compara a estação com verões anteriores, especialmente os de 1997-1998, 2013-2014 e 2015-2016, marcados por fortes El Niños. Apesar de uma possível diminuição no volume total de chuva durante a estação, espera-se que as precipitações ocorram de forma intensa, podendo concentrar-se em poucos dias.

O especialista do Inpe aletou, ainda, para o Nordeste, com seus três regimes climáticos distintos, enfrentará situações diversas, prevendo chuvas intensas no Sul da Bahia, algumas precipitações no litoral e condições de seca no Semiárido. Para Gilvan Sampaio,  as cidades devem se preparar para fenômenos extremos.

“É possível [se preparar para a onda de calor]. Infelizmente, isso para nós não é nenhuma novidade, nós não vemos ações efetivas associadas à preparação das cidades. No mínimo, cada Plano Diretor das cidades deveria ter um mapeamento das áreas suscetíveis a enchentes, alagamentos e escorregamento de encostas. Isso não é contemplado nos planos diretores”.

“Vamos pegar, por exemplo, o estado de São Paulo. Na região da Serra do Mar, tem diversas moradias ocupadas de maneira desordenada, sem nenhum tipo de planejamento e que estão em áreas de encostas. Como a tendência é que os eventos extremos fiquem cada vez mais frequentes, aquelas populações que estão ali deveriam ser retiradas imediatamente, porque a cada ano elas se tornam mais vulneráveis a chuvas intensas que vão provocar escorregamento de encostas. Pessoas vão morrer”, ressaltou.


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