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sábado, 18 de janeiro de 2025

Conar investiga anúncio de jornais que apoiaram ditadura

 

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) informou que instaurou uma representação ética, no dia 9 de janeiro, a fim de averiguar potencial irregularidade em anúncio publicado no Jornal O Globo.

 Trata-se da peça publicitária “Ainda Estamos Aqui”, divulgada no jornal e denunciada pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL) no início do mês. A denúncia foi publicada pelo ICL Notícias.

O deputado chamou atenção para a publicidade veiculada pelo jornal utilizando o título do filme e do livro “Ainda estou aqui”, que narram a história de Rubens Paiva, vítima da ditadura militar, na celebração dos 150 anos do jornal O Estado de S. Paulo (“Estadão”).

O Globo escreveu no anúncio: “Duas instituições jornalísticas centenárias. Nas bancas, concorrentes. Nas trincheiras pela democracia, aliadas. Estilos diferentes. Valores em comum, que estão aqui até hoje”.

Ao ICL Notícias, o deputado Ivan Valente disse que, ao acionar o Conar, pretende “destacar o escárnio com que o Globo usa o filme para uma publicidade enganosa, ao dizer ‘Ainda estamos aqui’. Ou seja, sempre fomos defensores da democracia… da liberdade no nosso país.” O deputado argumenta que isso não é verdade. “Eles apoiaram a ditadura escancaradamente. Estão sendo hipócritas e cínicos para surfar na onda do momento. Todo mundo sabe que o Grupo Globo não só apoiou o golpe, como participou das benesses do golpe e foi um dos maiores beneficiários do regime militar da ditadura”, relatou.

Em documento enviado ao deputado, o Conar registrou: “Vimos informar que, em razão da representação enviada em 07/01/2025, o Conselho Superior do Conar instaurou, em 09/01/2025, representação ética nº 003/2025 a fim de averiguar potencial irregularidade do anúncio ‘AINDA ESTAMOS AQUI’, divulgado em jornal, sob responsabilidade do Anunciante EDITORA GLOBO S.A. Manteremos V. Exa. a par da citada tramitação, encaminhando o teor da decisão deste caso, tão logo exarada”.

Conar investiga potencial irregularidade em anúncio de jornais que apoiaram ditadura

Eunice e Rubens Paiva (Reprodução Arquivo Pessoal)

Deputado aciona Conar contra jornais: ‘manipulação’

Na década de 1960, Ivan se tornou líder comunitário e estudantil e militante de movimento sindical. Ele foi preso e torturado pela ditadura. Segundo o deputado, a campanha “manipula a percepção pública ao construir uma narrativa falsa de compromisso histórico com a democracia e os direitos humanos, em contradição com o apoio dado por ambos os veículos ao regime ditatorial responsável por graves violações”.

“O que a grande mídia deveria fazer era reescrever a história. Nunca houve uma retratação pública de modo a impedir que o cenário lá de trás se repita hoje. Não se pode continuar manipulando a verdade. O Globo e o Estadão apoiaram o regime que matou o Rubens Paiva. São 150 anos de defesa da elite, da exploração econômica, e não da democracia de fato. O Conar é o órgão que deve ficar de olho nisso, porque precisamos lutar pelo compromisso com a verdade”, disse.

https://iclnoticias.com.br/conar-investiga-irregularidade-jornais-ditadura/

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

China escolhe soja mais barata do Brasil antes do retorno de Trump nos EUA


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China escolhe soja mais barata do Brasil antes do retorno de Trump nos EUA

O segundo governo trumpista já têm impactos nos fluxos comerciais entre os Estados Unidos e o país asiático

Por Naveen Thukral e Ella Cao e Mei Mei Chu

CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - Processadores chineses de soja têm procurado cargas brasileiras com preços competitivos em vez da oleaginosa dos EUA, em meio a temores de que Washington imponha tarifas de importação após a posse do presidente eleito Donald Trump, em 20 de janeiro.

As preocupações com o recrudescimento das tensões comerciais durante o segundo governo de Trump já desestabilizaram os fluxos comerciais para a China, o maior importador de produtos agrícolas do mundo, levando os compradores a fazer estoques e buscar fornecedores alternativos.

Processadores chineses garantiram quase todas as suas cargas do Brasil para embarque no primeiro trimestre, de acordo com três fontes comerciais.

No ano passado, o Brasil foi responsável por 54% das importações chinesas de soja no primeiro trimestre, enquanto os EUA forneceram 38%. A China consome mais de 60% da soja embarcada em todo o mundo.

"Esmagadoras chinesas já estão reservando cargas brasileiras para embarque em fevereiro e março", disse um trader em Cingapura. "Tanto as esmagadoras estatais quanto as privadas, todas elas estão adquirindo grãos brasileiros. É uma mudança de 100% para o Brasil."

Trump ameaçou impor tarifas de 10% a 60% sobre os produtos da China, o que provavelmente levaria a tarifas chinesas retaliatórias sobre os produtos agrícolas dos EUA.

A participação das importações chinesas de soja dos Estados Unidos caiu para 18% nos primeiros 11 meses de 2024, de 40% em todo o ano de 2016, enquanto a participação do Brasil cresceu de 46% para 74%, de acordo com dados da alfândega chinesa.

A soja sul-americana, que é colhida no início do ano, domina o comércio global até que os suprimentos dos EUA entrem no mercado a partir de agosto.

No entanto, este ano, os importadores chineses de sementes oleaginosas se voltaram para os grãos brasileiros mais rapidamente e em massa, atingindo os fornecedores dos EUA no final de sua temporada de pico de comercialização em janeiro.

É provável que isso deixe os EUA, o segundo maior exportador de soja depois do Brasil, com 10,34 milhões de toneladas de grãos até o final do ano comercial de 2024/25 em agosto, o maior volume em cinco anos, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA.

Xi Jinping - Trump
Presidentes Xi Jinping, da China (à esq.), e Donald Trump (EUA). Foto: Reuters

GRÃOS MAIS BARATOS

O preço competitivo da soja brasileira é um dos principais atrativos para os importadores chineses, segundo os traders.

"As preocupações com possíveis tensões comerciais, especialmente após a reeleição de Trump, levaram ao aumento das compras de soja no quarto trimestre de 2024, com os embarques chegando no final de 2024 e no primeiro trimestre de 2025", disse Lin Guofa, analista sênior da consultoria Bric Agriculture Group.

"O clima favorável no Brasil e a desvalorização do real reduziram os custos de produção, incentivando mais importações de soja", acrescentou Lin.

A diferença entre a soja dos EUA e a do Brasil aumentou em meio às expectativas de uma safra recorde no país sul-americano.

A soja do Brasil está sendo cotada a 420 dólares por tonelada, incluindo custo e frete, para a China em fevereiro, enquanto as cargas do noroeste do Pacífico dos EUA estão em torno de 451 dólares por tonelada.

No entanto, a ampla oferta doméstica provavelmente limitará a demanda de soja, disseram os traders.

As importações de soja da China no primeiro trimestre devem cair para 17,3 a 18,0 milhões de toneladas, em comparação com 18,58 milhões de toneladas há um ano, de acordo com a média das estimativas de quatro analistas.

"O principal motivo foi o excesso de oferta de soja importada em 2024, e agora todos estão esperando a chegada das novas safras brasileiras", disse um analista baseado em Xangai, que não quis se identificar por não estar autorizado a falar com a imprensa.

A China importou um recorde de 105,03 milhões de toneladas de soja em 2024.

Enquanto os compradores privados se voltam para os suprimentos brasileiros, comerciantes disseram que a Sinograin, empresa estatal de estoques, ainda está no mercado para a soja dos EUA, que é preferida para estocagem devido ao maior teor de óleo.

(Reportagem de Naveen Thukral, Ella Cao e Mei Mei Chu)

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

✅ https://www.brasil247.com/agro/china-escolhe-soja-mais-barata-do-brasil-antes-do-retorno-de-trump-nos-eua


ICMBio reabre inscrições para concurso de até R$ 8,8 mil



O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reabriu, nesta sexta-feira (17), as inscrições para o concurso público com 350 vagas de nível superior e remuneração inicial de até R$ 8,8 mil. Os interessados terão até as 18h do dia 27 de janeiro para se inscrever.

As provas objetivas e discursiva, que seriam aplicadas no dia 23 de fevereiro, foram adiadas para o dia 30 de março. As vagas são para os cargos de analista administrativo (120 vagas) e analista ambiental (230 vagas), distribuídas por várias regiões do país e na sede da empresa, em Brasília (DF).

Os aprovados farão jornada de 40 horas semanais. 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência.

Inscrições para o concurso do ICMBio

Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), banca organizadora do processo seletivo. A taxa de inscrição é de R$ 93 para analista administrativo e R$ 99 para analista ambiental.

Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa.

Provas objetivas e discursiva, que seriam aplicadas no dia 23 de fevereiro, foram adiadas para o dia 30 de março.

As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em todas as capitais do país no período da tarde, impedindo que os candidatos possam concorrer aos dois cargos.

https://iclnoticias.com.br/icmbio-reabre-inscricoes-para-concurso/

Confira os destaques do Jornal da Cultura desta sexta-feira (17): FMI eleva de 3% para 3,7% projeção para crescimento da economia do Brasil; Reforma tributária terá período de transição a partir de 2026; Crescimento de internações por ansiedade acende o alerta do Ministério da Saúde; Cessar-fogo entre Israel e Hamas começa a valer no domingo com libertação de reféns; Tiktok pode ser banida a partir de domingo nos Estados Unidos.


 

Chinesas começam a produzir carros elétricos no Brasil esse ano – preços devem baixar?

 


Quaquá está certo: os Brazão são bode expiatório de Carlos Bolsonaro, por Luís Nassif





Quaquá está certo: os Brazão são bode expiatório de Carlos Bolsonaro, por Luís Nassif


É possível que, quando Jair Bolsonaro finalmente for preso, desfaça-se a trama que, até agora, o poupou das suspeitas pelo envolvimento com a morte de Marielle Franco, e a Polícia Federal finalmente desvende o mistério mais óbvio desses tempos de violência.

O deputado Quaquá está correto. Não há nenhuma lógica nessa versão de um crime praticado pelos irmãos Brazão – ligados à pequena delinquência do Rio de Janeiro, não ao Escritório da Morte, como os Bolsonaro.

Desde 2019, o Jornal GGN vem mostrando evidências do envolvimento dos Bolsonaro com o assassinato de Marielle.  

Os assassinos se reuniram no condomínio Vivendas da Barra.. no dia 14 de março de 2018 O matador Ronnie Lessa e o motorista Élcio de Queiroz chegaram às 17:10 e saíram logo depois. 

Tempos depois, surgiu a primeira evidência do envolvimento dos Bolsonaro. O porteiro do condomínio informou à Polícia Civil que o motorista pediu, primeiro, a casa do “seu Jair”. 

O Jornal Nacional deu a nota. De madrugada, Bolsonaro divulgou uma live com ataques à Globo e informando que, no momento indicado pelo porteiro, ele estava em Brasília. Logo, não poderia ter recebido a ligação.

Em duas oportunidades, mostramos que era um álibi falso: o sistema da portaria permitia transferência de ligações para celulares.  


No mesmo dia do crime, a jornalista Thais Bilenky, de Brasília soltou em seu Twitter que Bolsonaro planejava voltar para o Rio, por conta de uma intoxicação alimentar. Quem está indisposto procura hospital, não ponte aérea. No dia seguinte, apareceu em publicação no Facebook almoçando na casa de um colega deputado, sem nenhum sinal de indisposição estomacal. 

Aliás, o primeiro ridículo da cobertura jornalística foi não ter levantado ligações dos Bolsonaro com Ronnie Lessa: ambas as famílias ligadas ao crime organizado, com Flávio e Carlos Bolsonaro empregando familiares de matadores e homenageando-os na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa; e ambas as famílias morando a poucos metros uma da outra.

Em julho passado, a Folha levantou que Bolsonaro auxiliou Ronnie Lessa em tratamento médico. Nem isso foi capaz de despertar a letargia da Polícia Federal, da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público Estadual sobre o envolvimento dos Bolsonaro com o crime.

A segunda evidência – mais forte ainda – foi um vídeo gravado por Carlos Bolsonaro no mesmo dia. Ele retirou o equipamento da cabine, em um caso claro de mexer nas provas, ignorado totalmente pelos promotores estaduais que investigavam o caso. Depois, gravou um vídeo onde ele próprio mostrava o visor do equipamento.

Mostrava que, de manhã, não havia nenhuma ligação para a casa do pai. Quando começou a analisar as ligações de tarde, deu-se conta de uma ligação para sua casa. Teclou o gravador e apareceu a voz do porteiro avisando “seu Carlos”, que havia chegado “o seu Uber” Era 17 horas.

Ora, o álibi de Carlos Bolsonaro era de que passou a tarde do crime na Câmara Municipal. E, agora, ele próprio comprovava que estava no condomínio no mesmo momento em que se reuniam os assassinos. E saía de lá no mesmo momento em que os assassinos partiam para sua empreitada.

Segundo as primeiras investigações, Élcio de Queiroz chegou às 17:10 no condomínio e saiu, junto com Ronnie Lessa, pouco depois. O Uber para pegar Carlos Bolsonaro chegou às 17:58.

Não ficou nisso.

Na época, delegados críticos da operação me disseram que, internamente, trabalhava-se com a motivação política – não a disputa de terras, que acabou sendo aceita pelas investigações. Análises do Google de Ronnie Lessa comprovaram que ele procurava personalidades contrárias à operação GLO (Garantia de Lei e Ordem).

Recortes de jornais da época mostravam que os maiores críticos da GLO eram justamente Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, supondo que fizesse parte de um acordo entre Michel Temer e General Villas Boas, visando apoiar a candidatura de Temer em 2018.

Segundo o Congresso em Foco:

Réu por incitação ao crime de estupro e injúria, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse nesta sexta-feira (16) que o modelo de intervenção federal determinada por Michel Temer na segurança pública do Rio de Janeiro, formalizada em decreto no início da tarde, se presta a “servir esse bando de vagabundos” – ou seja, aos membros do governo. Pré-candidato à Presidência da República, o parlamentar reclamou do fato de que a decisão foi tomada “dentro de um gabinete” e não consultou as Forças Armadas”.

No final do ano, com Bolsonaro disparando nas pesquisas, o general Villas Boas patrocinou um acordo entre Bolsonaro e Braga Neto, que assumiu cargo relevante no governo. 

Nos meses seguintes, a verdade foi aparecendo aos poucos, como o envolvimento do delegado Rivaldo Barbosa com o crime. Em depoimento à polícia, Rivaldo afirmou que recebeu ordens do general Richard Nunes para apagar as mensagens de WhatsApp que trocava com Marielle.

Mas o caso Marielle caiu nas costas dos irmãos Brazão, ligados ao pequeno crime do Rio de Janeiro.

No início de 2019, o interventor General Braga Neto, afirmou saber quem foi o mandante, mas não queria se antecipar às investigações.

– Nós fizemos todo um trabalho. Não procuramos um protagonismo. Eu poderia ter anunciado quem a gente acha que foi, ou dito ao (general) Richard (Nunes, secretário de Segurança Pública durante a intervenção, para que o fizesse), mas quisemos fazer um trabalho realmente profissional – afirmou o ex-interventor nesta sexta-feira, no evento de transmissão de cargo do comando do Exército, em Brasília.

No início do inquérito, foi apontado o ex-capitão Adriano da Nóbrega – estreitamente ligado aos Bolsonaro – como responsável pela contratação de Ronnie Lessa. Adriano foi executado na Bahia, não se soube de seu celular e abandonou-se completamente as investigações sobre a conexão entre ele e Ronnie Lessa.

Agora, com Braga Neto preso, Rivaldo Barbosa afastado e com a próxima prisão de Bolsonaro, espera-se que o caso, finalmente, possa ser esclarecido, e Marielle possa descansar em paz. 


Comentário ao post: “Quaquá está certo: os Brazão são bode expiatório de Carlos Bolsonaro, por Luís Nassif

Vivendas da Barra é a grande ponta solta no caso Marielle, por jsfilho

Desde o início das investigações dois movimentos ficaram nítidos. O primeiro foi a ocultação de provas, incluindo aí a queima de arquivos (os vivos, principalmente). O segundo movimento foi o de achar um bode expiatório para levar a culpa. A série da Globoplay, baseada exclusivamente nos documentos da investigação, deixa esses fatos bem evidentes. 

Foi um crime muito bem planejado, sofisticado, com apoio de agentes públicos. O que os mandantes do crime não contavam foi a imensa comoção nacional e internacional que se deu em torno do caso. 

A prisão dos executores só foi possível graças a isso. 

Os executores negaram o crime até o momento da derrota eleitoral do Bolsonaro, de quem certamente esperavam um indulto. Talvez até soubessem que havia um golpe sendo articulado. Fechada essa porta de saída, resolveram colaborar fazendo a delação que incrimina o Brazão.

Brazão nunca foi santo. Miliciano de conhecida atuação em Jacarepaguá. Acusá-lo de ser o mandante seria algo bem factível.

Os executores sabem que terão uma longa temporada na cadeia. Podem apodrecer lá dentro. Quiça “eliminados”. Porém, com uma condenação de um mandante, podem sonhar com o indulto se o neofascimo retornar ao poder (o retorno de Trump lhes dá esperanças).

Pode ser que o Brazão seja realmente o culpado. Seria capaz disso, sem dúvida. Mas a grande ponta solta estão nos acontecimentos do dia do crime no Vivendas da Barra. As relações promíscuas da família Bolsonaro com o crime organizado das milícias são mais do que conhecidas.

O capitão Adriano foi executado. O porteiro sumiu. Salvo apareça algum fato novo daquele fatídico dia, o Brazão vai pagar o pato. Exceto se ele ou ex-delegado Rivaldo abrirem a boca (que poderá amanhecer cheia de formiga). Ou ainda uma confissão daquele general de quatro estrelas, que de tudo sabe, neste momento numa prisão VIP.

O fato do prefeito de Maricá levantar a defesa de um miliciano não deveria causar estranheza, pelo histórico do político. Tem um cálculo político aí (como teve o apoio à Daniela do Waguinho. Que me perdoem as freiras de bordel). Teorias da conspiração à parte, pode haver um grande acordo político nas sombras desse caso. O tempo dirá. Ou não.

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para dicasdepautaggn@gmail.com. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “ 

https://jornalggn.com.br/justica/vivendas-da-barra-e-a-ponta-solta-no-caso-marielle-por-jsfilho/

MORAES DETONA DE VEZ!

 




BRASILEIROS ACREDITAM NA TAXAÇÃO DO PIX - ICL NOTÍCIAS 2

 



AGU vê ação coordenada e financiada para ataque a agentes econômicos Integrante do órgão que concentra pedidos de apuração diz que "linha de investigação é de estrutura profissional e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024".



Por Daniela Lima

Apresentadora do Conexão GloboNews.

GloboNews — São Paulo

  




Órgão que vem sendo sistematicamente acionado desde o fim do ano passado para pedir investigações e levantar dados sobre mentiras disseminadas em redes sociais sobre diversos agentes e programas econômicos, a Advocacia-Geral da União trata os casos como ação de "estrutura profissional, financiada e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024".

"Há, sim, há uma estrutura profissional, financiada e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024. Nada é orgânico. Desde a discussão da questão fiscal, passando pelo dólar, etc… Ganhou impulso após a eleição de Donald Trump", afirma um integrante do órgão que acompanha de perto todas as iniciativas solicitadas.

A AGU está orientada a analisar os casos até aqui como parte de um ataque orientado em bloco. "Tudo está conectado. Vamos olhar como um bloco só", informa a fonte.

O órgão foi instado a atuar de maneira mais incisiva quando um perfil que simulava uma agência de investimentos nas redes sociais publicou falas falsas e as atribuiu a Gabriel Galipolo, que estava prestes a assumir a presidência do Banco Central.

A mentira foi replicada por perfis de investimentos ou coachs de investimento com centenas de milhares de seguidores e chegou até a cúpula do governo e do Banco Central, por meio de agentes sérios que questionavam a veracidade das aspas.

O caso foi revelado pelo blog e repercutiu amplamente em veículos como Brazil Journal e UOL. Depois, no dia 25 de dezembro, Natal, o Google exibiu durante todo o dia uma cotação falsa do dólar. O mercado estava fechado dado o feriado e o valor correto seria R$6,18.

O Google admitiu que foi levado a erro pelo serviço terceirizado que paga para monitorar o mercado. A suspeita é de que um site "trash" tenha impulsionado fake news com a cotação falsa, manipulando o algoritmo.

A AGU informou o Google do erro e foi ela própria alvo de fake news, como se tivesse "censurado" o órgão.

Além desses casos, houve vídeo falso com deep fake simulando uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e uma onda de desinformação sobre taxação do PIX, distorcendo medida que o governo acabou abandonando, de combate à sonegação fiscal por meio de maior fiscalização da Receita.

Mesmo após o recuo do governo, Haddad foi novamente alvo de ataque digital, tendo seu CPF vazado com instruções para inserção de compras em seu registro pessoal, para estimular a tese de que o ministro tem movimentação financeira atípica.

"Essa é a nossa hipótese e linha de investigação que será desdobrada com a PF. Tem vários núcleos. O político, o dos executores e o dos financiadores".

No caso do PIX, houve uma opção da oposição de, em meio à avalanche de desinformação, trabalhar uma mensagem de forte conteúdo político, porém sem incorrer em mentira sobre o tema, para ampliar o alcance da crítica e alavancar a desconfiança sobre os atos do governo.

No fim, o Planalto recuou tanto da medida como da disputa no campo da comunicação e da política, o que cristalizou uma sensação de dupla derrota e abatimento, inclusive entre aliados do presidente Lula.

Haddad culpa Bolsonaro por "fake news" contra Pix

 












Em entrevista à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que, no entendimento dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está por trás do vídeo publicado por Nikolas Ferreira (PL-MG), no mesmo dia em que o governo federal decidiu revogar a medida de fiscalização do Pix.




'Bolsonaro continua tramando um golpe contra a democracia no Brasil'

'Bolsonaro continua tramando um golpe contra a democracia no Brasil', alerta Gleisi

"É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça", afirma

Conteúdo postado por:

247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), acusou Jair Bolsonaro (PL) de continuar articulando ameaças contra a democracia brasileira. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi reagiu à entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal norte-americano The New York Times, classificando as declarações de Bolsonaro como evidência de suas intenções golpistas.

“A inacreditável entrevista de Jair Bolsonaro ao New York Times mostra que o inelegível é capaz de espalhar mentiras em qualquer idioma, mas também comprova que ele continua tramando um golpe contra a democracia no Brasil. É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça e da política em nosso país”, afirmou Gleisi. 

A declaração da parlamentar se refere às falas de Bolsonaro durante a entrevista em que expressou esperança de que figuras como o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os bilionários Elon Musk e Mark Zuckerberg possam influenciar o cenário político brasileiro. Para Gleisi, esse apelo evidencia uma tentativa de interferência externa nas instituições democráticas do Brasil.

Durante a entrevista, Bolsonaro negou ter planejado um golpe após as eleições de 2022, mas admitiu ter discutido a edição de um decreto golpista: “não vou negar para você, mas na segunda conversa foi descartado”. Ele também minimizou investigações sobre planos de assassinato contra autoridades como o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. 

Gleisi Hoffmann destacou ainda a exposição de ministros do STF indicados por Bolsonaro, como André Mendonça e Nunes Marques, sugerindo que o ex-presidente confia que esses magistrados possam favorecer seu retorno à política. "Felizmente não é para o New York Times que Bolsonaro precisa se explicar, mas para a Justiça brasileira, que é soberana e não se guia pelos algoritmos, mas pela Constituição e o Código Penal", reforçou a presidente do PT.

Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-continua-tramando-um-golpe-contra-a-democracia-no-brasil-alerta-gleisi

Operação Overclean,

Onze anos depois da Lava Jato, uma nova investigação aterroriza políticos em Brasília

A Operação Overclean, que acaba de ser remetida ao STF, mira esquema bilionário comandado por um empreiteiro que coleciona relações íntimas com figuras proeminentes da República
























Brasília está de novo em pânico com uma investigação da Polícia Federal. Quase onze anos depois da deflagração da primeira etapa da Lava Jato, que varreria a elite política e econômica do país antes de ser enterrada, é a Operação Overclean, que prendeu um empreiteiro conhecido pelo sugestivo apelido de “Rei do Lixo”, que faz autoridades graúdas temerem o pior. O medo aumentou nas últimas horas, com o envio da investigação para o Supremo Tribunal Federal em razão do que já era óbvio: o envolvimento de gente com foro privilegiado no esquema, que mistura dinheiro público – inclusive de emendas, tema na moda – e suspeitas de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Até então, o caso estava na Justiça Federal da Bahia. Já era sabido que uma hora a apuração subiria de alçada. O motivo: as ligações estreitas do alvo principal, o empresário baiano José Marcos de Moura, o generoso e alegre dono da alcunha de “Rei do Lixo”, com figurões da política não apenas da Bahia, mas também da cena nacional – onde se dá com personagens, por exemplo, do topo da estrutura do Congresso Nacional. Nesta semana, depois de levar ao juiz original do caso, em Salvador, elementos que apontam para ligações de autoridades detentoras de foro privilegiado com a quadrilha investigada, a Polícia Federal fez com que as investigações fossem transferidas para o STF.

Como a remessa de um processo de uma vara de primeira instância para a mais alta corte do país é um procedimento que precisa passar por alguns ritos burocráticos, até a noite desta quinta-feira, 16, o caso ainda não havia chegado a Brasília. Espera-se que isso aconteça em breve. Mas, de antemão, mesmo não tendo aterrissado ainda nos escaninhos do Supremo, lado a lado com a preocupação entre os políticos conectados ao empresário rondava uma especulação que para eles é também aterradora: a de que, no STF, o caso possa cair nas mãos de Flávio Dino, já que na origem do inquérito há dinheiro de emendas e, hoje, o ministro é o xerife do que há de mais importante sobre esse assunto na corte.

O “Rei do Lixo” é muito próximo ao chamado Centrão. Ocupa, inclusive, um posto de dirigente no União Brasil, atualmente um dos maiores partidos do Congresso, e é amigo do peito de seu presidente, Antonio Rueda, agora autodenominado Tony Rueda, personagem de ascensão meteórica nos céus da política nacional.

As conexões do empreiteiro não param, porém, nas fileiras da legenda: embora tenha a carteirinha do União, pode-se dizer que suas conexões são bem ecléticas – e até perpassam os poderes da República. Autoridades a par do caso ouvidas pelo PlatôBR dizem que ele construiu, nos últimos anos, amizades muito sólidas não apenas com excelências do Legislativo, mas também com outras que ocupam cargos relevantes no Executivo e no Judiciário.

Até agora, a investigação quebrou sigilos, revolveu transações bancárias, teve acesso a mensagens privadas e planilhas, mas ainda há muito por fazer. Se, a partir do momento em que o caso chegar ao Supremo, houver disposição para avançar, será possível desdobrar e ampliar sensivelmente o mapa da mina que começou a ser descoberto na Bahia, nas fases iniciais da apuração. Por limitação legal, na primeira instância não era possível examinar as conexões mais graúdas, especialmente aquelas que levam ao topo do poder. Agora será. Mas, repita-se, é preciso querer.

Há dois caminhos. No próprio Judiciário e no front das investigações, em posições destacadas, há quem acredite que a operação tomará o mesmo caminho da Lava Jato em suas derradeiras fases porque o país vive hoje outro momento, em que não há muito interesse em desmontar estruturas graúdas de corrupção. A aposta entre esses é que haverá um esforço para enterrar o caso e não se falar mais nisso.

Na política, porém, há uma segunda leitura, igualmente pertinente: a de que a investigação pode ser transformada em um instrumento para contenção de poderes do Centrão e de alguns de seus principais líderes no Congresso, cada vez mais empoderados na relação com o Executivo. Seria, assim, uma espécie de espada de Dâmocles sobre as cabeças coroadas que, aqui e acolá, tentam submeter o governo às suas vontades e fazer exigências diversas - de cargos menores para aliados a ministérios inteiros. A se considerar essa hipótese, os desdobramentos do escândalo dependerão de como essas relações irão se desenvolver daqui por diante.

A Overclean já teve duas etapas ostensivas. A operação começou mapeando suspeitas de fraude em licitações na unidade baiana do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), órgão federal controlado em suas diferentes instâncias por apadrinhados de políticos que se tornou um dos principais sumidouros de verbas de emendas.

Foi espalmando esses primeiros indícios que os policiais acabaram por chegar a um esquema muito maior, na casa do bilhão, com uma rede de empresas que fraudavam licitações para ganhar contratos em diferentes regiões do país, abocanhavam recursos e, indicam as investigações, devolviam parte deles aos políticos que facilitavam todo o processo. No andar de cima dessa cadeia estaria o tal “Rei do Lixo”, preso em dezembro, que ficou conhecido assim por ter feito fortuna – e, claro, networking político – no mercado de prestação de serviços de limpeza urbana ao poder público.

O caso tem lances fantásticos, dignos daqueles a que a tevê e o cinema costumam recorrer para retratar a corrupção. Na primeira fase da operação, um vereador de Campo Formoso, no interior da Bahia, jogou uma sacola com R$ 220 mil em dinheiro vivo pela janela quando percebeu que seria preso pela Polícia Federal. O vereador é primo do deputado federal baiano Elmar Nascimento, do União Brasil, que até meses atrás era o favorito de Arthur Lira para sucedê-lo como presidente da Câmara. Campo Formoso é o berço político de Elmar.

Em outro lance cinematográfico, também no final do ano passado, os policiais monitoraram dois dos investigados que haviam embarcado em Salvador num jatinho particular com destino a... Brasília. Assim que o avião pousou na capital federal, os policiais deram o bote e encontram com a dupla nada menos que R$ 1,5 milhão em espécie. Os investigadores acreditam que o dinheiro seria entregue a políticos – seria um delivery de propina. Com eles havia ainda uma planilha com uma relação de contratos públicos. A viagem, sustentam os policiais, foi feita a mando do “Rei do Lixo”. Por tudo que já se sabe sobre o esquema, e pelo que ainda há para ser destrinchado, é possível entender perfeitamente por que há muitas excelências com medo. 

https://platobr.com.br/onze-anos-depois-da-lava-jato-uma-nova-investigacao-aterroriza-politicos-em-brasilia/

Memes do Pato arrependido

 


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