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sábado, 12 de novembro de 2022

Brasil sofre com desmonte na Educação

 


Do Einstein ao SUS: internações por covid-19 disparam em São Paulo


Internações por covid-19 aumentam tanto na rede pública quanto na privada  - iStock
Internações por covid-19 aumentam tanto na rede pública quanto na privada Imagem: iStock

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

O surgimento de uma nova subvariante do coronavírus, a pouca adesão às doses de reforço das vacinas e as aglomerações na campanha eleitoral voltaram a aumentar a transmissão do vírus. Em São Paulo, a retomada da pandemia de covid-19 aumentou rapidamente os diagnósticos e as internações pela doença no SUS (Sistema Único de Saúde) e em hospitais da rede privada, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês.

"Os dados apontam um crescimento acelerado nas admissões hospitalares em leitos covid no estado nas duas últimas semanas", afirmou ao UOL o coordenador da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais paulistas USP e Unesp.

Pasternak: Covid nunca foi embora, e governo não preparou os brasileiros

Como o Ministério da Saúde não consolidou os dados nacionais de internação, a Info Tracker colheu as informações no estado de São Paulo, capital, Grande São Paulo e interior.

O pesquisador e professor da Unesp diz que a preocupação é maior na capital e Região Metropolitana, em "uma escalada que se iniciou há duas semanas".

"A capital tem concentrado atualmente 60% das novas admissões hospitalares de todo o estado", calcula. "Esse aumento começa a reverberar, ainda que em menor grau, nas regiões adjacentes à Região Metropolitana, como Sorocaba, Campinas e São José dos Campos."

Está previsto para as próximas semanas um aumento generalizado em todo o estado."
Wallace Casaca, da Info Tracker

Einstein, Sírio, São Camilo: e a rede privada?

O aumento de casos e internações também foi notado pela rede privada de saúde. Veja o que disseram ao UOL seis hospitais particulares com unidade em São Paulo:

Hospital Albert Einstein. "O Einstein vem notando um aumento da taxa de positividade de covid-19 nos testes realizados nas últimas semanas", confirmou o hospital. Na unidade Morumbi, uma pequena alta foi notada na semana de 18 de setembro a 24 de setembro, quando a positividade saltou de 1,9% para 2,1% dos testes.

Já de 30 de outubro a 5 de novembro, a positividade saltou para 28,5%. Assim, o número de pacientes internados também cresceu: passou de 16 para 51 de 18 de setembro a 11 de novembro.

Apesar do aumento de 218% no número de internados, o Einstein diz ter "flexibilidade para atender o aumento de demanda, não sendo necessário destinar, previamente, áreas específicas para a doença".

Hospital Sírio Libanês. Com média de sete a dez casos por dia, o Sírio Libanês percebeu aumento para 12 casos diários a partir do dia 31 de outubro. Desde então, esse número não parou de crescer, com pico nesta semana.

Em 8 de novembro, "tivemos um aumento para 22 casos de pacientes internados, confirmados ou com suspeita, sendo quatro em UTI", diz em nota a unidade de saúde.

No dia 11 de novembro, eram 26 pacientes internados."
Hospital Sírio Libanês, em nota

Internações por covid-19 aumentaram no último mês - Daniel Marenco/Folhapress - Daniel Marenco/Folhapress
Internações por covid-19 aumentaram no último mês Imagem: Daniel Marenco/Folhapress

Hospital Oswaldo Cruz. Em nota, o Oswaldo Cruz afirma que o número de testes de covid na primeira semana de outubro é semelhante ao da primeira semana de novembro, "260 e 263, respectivamente".

"Entretanto, a positividade, que era de 1%, subiu para 50%" nesse período, afirma.

"Registramos aumento de 57% na média de atendimento por dia: de 54 na primeira semana de outubro para 85 atendimentos por dia na primeira semana de novembro", diz.

Já o número de internações saltou de quatro para 14 pacientes por dia em leitos de internação e de um para três em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Hospital São Luiz. A Rede D'Or São Luiz não informou o número de internados apenas na capital. Em suas 65 unidades distribuídas pelo Brasil, afirma contar com "250 pacientes internados com covid-19".

Em 22 dias, o aumento nas internações foi de 90%. Veja a evolução das últimas quatro semanas:

  • 20/10: 132 pacientes internados
  • 27/10: 131 pacientes internados
  • 03/11: 176 pacientes internados
  • 11/11: 250 pacientes internados

Hospital Vila Nova Star. A unidade de saúde da Rede D'or, na zona sul da capital, registrou aumento "de mais de 10 vezes nos casos de covid-19 detectados em pacientes que deram entrada no serviço ao longo do último mês".

"A positividade dos pacientes testados passou de 4% na primeira semana de outubro para 47% nesta semana", afirma em nota. "O hospital começou a identificar um aumento de casos a partir da segunda quinzena de outubro, com 33% de testes positivos na semana de 16/10 a 22/10, 32% na semana seguinte e 41% no período entre 30 de outubro e 5 de novembro."

O número de atendimentos a pessoas com quadro de síndrome gripal cresceu 23% no período: de 70 pacientes por semana para 91 na primeira semana de novembro.

"A grande maioria dos casos são de pacientes com quadros leves, sem necessidade de internação, cenário bem distinto em relação aos momentos mais críticos da pandemia", afirma Pedro Loretti, diretor-geral do hospital.

Hospital São Camilo. "A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo informa que, nesta sexta-feira (11), conta com 22 pacientes internados para tratamento da covid-19 em suas Unidades, sendo, desse total, 4 nas UTIs", diz em nota. "O número representa uma oscilação em relação ao mesmo período do mês anterior, em que três pacientes estavam internados com a doença."

Subvariante chega ao Brasil

Uma das razões para o aumento de casos foi a chegada ao Brasil de uma nova subvariante do coronavírus. Diagnosticada com a BQ.1, uma mulher de 72 anos com comorbidades morreu no dia 17 de outubro depois de uma semana internada no Hospital São Paulo.

Derivadas da variante BA.5, da ômicron, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 já respondiam por 27% dos casos nos Estados Unidos em 29 de outubro. Na Alemanha, França, Itália, Coreia do Sul e Nova Zelândia, elas elevaram a média de novos casos acima do alto patamar de 300 por 100 mil habitantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

A principal característica da BQ.1 é um escape muito maior da proteção das vacinas graças a mutações na proteína spike, localizada na superfície do vírus e responsável por ligá-lo às células do corpo.

Aglomeração nas eleições. Se não bastasse a chegada de uma nova versão do vírus, o Brasil abandonou há algum tempo as principais medidas sanitárias, como uso de máscara, em pleno ano eleitoral, quando candidatos reúnem eleitores em passeatas e comícios.

"Houve muita aglomeração antes mesmo do pleito, nas duas semanas que antecederam o voto, o que também acelerou o ritmo de contaminações", diz Casaca.

lula faz caminhada e comício na região metropolitana - Marlene Bergamo/Folhapress - Marlene Bergamo/Folhapress
22.out.2022 | Lula faz caminhada e comício na região metropolitana de Belo Horizonte, ao lado de Janja, Marina Silva e Simone Tebet Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

"Fui contaminada em uma passeata." Foi o que aconteceu com a chefe de cozinha Patrícia D'Ávilla, 46, contaminada pela primeira vez no dia 19 de outubro.

patrícia d'ávilla - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
A chefe de cozinha Patrícia D'Ávilla participou de um ato político, onde acabou contaminada Imagem: Arquivo Pessoal

"Nesse dia teve uma caminhada com o Lula em Porto Alegre, e eu disse: 'vou'. Foi lá que me contaminei, com certeza", diz. "Lá pelo dia 23, num sábado, acordei com uma dor forte de cabeça e nos olhos, não era uma gripezinha. Quando acordei, parecia que estava pregada na cama: uma semana com cansaço e dores no corpo."

Diagnosticada, ficou em isolamento dentro de casa e usou paracetamol para reduzir os sintomas. "Já passou de duas semanas e ainda tenho dor de garganta", diz.

Meu conselho é evitar aglomeração, principalmente quem tem comorbidade. O bichinho ainda está por aí; a gente não está livre disso. Se tomou vacina, como eu, os sintomas vão passar, mas se não se vacinou, evite tumulto, balada.
Patrícia D'Ávilla, chefe de cozinha

Vai ter nova onda?

Casaca prefere chamar o aumento de casos de repique, uma vez que a gravidade dos casos é menor do que no passado, com menos internações e mortes. Já a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, diz que "chamaria de uma nova onda, mesmo que uma marola", em razão do aumento de casos, da chegada das festas de fim de ano e da flexibilização das medidas sanitárias.

"Não quero assustar ninguém porque a gravidade dos casos é mesmo muito menor, mas temos uma tendência", diz Richtmann. "É indiscutível que o número de casos está francamente aumentando."

O que fazer agora? "Os vírus mudam, mas as recomendações são as mesmas: um dos vilões de transmissão são nossas mãos: sempre faça a higienização com álcool em gel ou sabão para diminuir a possibilidade de contaminação do ambiente e de se contaminar", diz a médica.

Recomendo aos mais vulneráveis usar máscara em transporte público, principalmente em horários de pico. Se algum familiar estiver sintomático no fim de ano, tenha o bom senso de respeitar os mais vulneráveis e evitar as festas.
Rosana Richtmann, infectologista 

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2022/11/12/covid-19-internacoes-casos-hospitais-privados-sus-einstein-sirio-libanes.htm 

       

Cidade de SP inicia vacinação contra Covid-19 de crianças entre 6 meses e 3 anos com comorbidades na quinta


Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, capital recebeu do Ministério da Saúde 34,8 mil doses do imunizante da Pfizer voltado para este público. Cidade teria mais de 367 mil nessa faixa etária.

Por TV Globo e g1 SP — São Paulo

Capital anuncia que vacinação contra a Covid-19 começa na 5ª feira para bebês com comorbidades

Capital anuncia que vacinação contra a Covid-19 começa na 5ª feira para bebês com comorbidades

A cidade de São Paulo começa a imunizar na quinta-feira (17) bebês e crianças de seis meses a dois anos e 11 meses com comorbidades e/ou indígenas contra a Covid-19. A vacinação será realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta, das 7h às 19h, e nas UBSs Integradasaos sábados, também das 7h às 19h.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a capital paulista recebeu do Ministério da Saúde 34.840 doses do imunizante da Pfizer voltado para este público, mas cidade teria 367.439 crianças na faixa etária em questão.

Doses pediátricas da Pfizer — Foto: Divulgação/SESPB

Nessa primeira fase da vacinação, os responsáveis pelas crianças terão que apresentar um comprovante de comorbidade. O documento deve conter a identificação da criança, carimbo e CRM do médico, e ter sido emitido nos últimos dois anos.

O esquema vacinal de crianças a partir de seis meses e menores de 3 anos de idade é realizado apenas com o imunizante da Pfizer de tampa vinho, o único liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este público. Ele prevê a aplicação de três doses, com um intervalo de quatro semanas (28 dias) entre a primeira e a segunda e de oito semanas (56 dias) entre a segunda e a terceira.

No final de outubro, o Ministério da Saúde (MS) recebeu um lote de cerca de 1 milhão de doses da vacina pediátrica da Pfizer contra Covid-19 voltada para a imunização de bebês a partir de 6 meses e crianças menores de 3 anos de idade.

O uso do imunizante em território nacional foi aprovado pela Anvisa em 16 de setembro, mais de um mês antes da chegada das primeiras doses.

Paulo Pimenta: “Bolsonaro tem que ser investigado e responder pelos crimes que cometeu”


“O núcleo duro do bolsonarismo tem que ser investigado”, defendeu o parlamentar

Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro
Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro

247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, a investigação dos crimes cometidos pelo bolsonarismo.

“Bolsonaro tem que ser investigado. O núcleo duro do bolsonarismo tem que ser investigado e responder pelos crimes que cometeu”, afirmou o parlamentar.

Sobre o debate em torno da PEC da Transição, articulada pelo novo governo eleito para abrir espaço no Orçamento para o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 e reajuste do salário mínimo acima da inflação, Pimenta afirmou que ainda não há votos no Senado e na Câmara para acabar com o teto de gastos.


“A política é a mediação entre o que a gente quer e o que a gente pode. Se não consigo derrubar o teto de gastos como um todo, o que me parece razoável, que se possa dialogar com a sociedade no sentido de excepcionalizar algumas coisas”, salientou.

De acordo com ele, “não vamos acabar com o teto de gastos para tudo”, mas o esforço é para ter uma folga fiscal para garantir a política de combate à fome.

https://www.brasil247.com/entrevistas/paulo-pimenta-bolsonaro-tem-que-ser-investigado-e-responder-pelos-crimes-que-cometeu?amp

Exames de Lula mostram inflamação na laringe, “por esforço vocal”

 

Apesar da inflamação na laringe, o presidente eleito embarcará segunda-feira para a COP27, no Egito, informou sua assessoria de imprensa.

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva

Agenda do Poder - O Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, emitiu no meio desta tarde uma nota sobre a “avaliação clínica multidisciplinar de rotina” a que se submeteu o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o boletim médico, Lula foi diagnosticado com inflamação na laringe, na altura das cordas vocais, em razão de ter falado bastante. Ele teve “alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe”.

O doutor Roberto Kalil Filho, que assina a nota, informou que leucoplasia é uma mancha ou placa branca da mucosa da corda vocal, geralmente benigna.


Outro exame confirmou que Lula teve remissão do tumor diagnosticado no próprio Hospital Sírio Libanês em 2011. Ele fez tratamento contra câncer na laringe. Agora, os testes não indicaram mais células cancerígenas no organismo.

Leia, abaixo, a íntegra do boletim médico:

Nota do Hospital Sírio Libanês

“O Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para avaliação clínica multidisciplinar de rotina.

Foram realizados exames de imagens: ecocardiograma, angiotomografias, PET scan e nasofibroscopia, que estão normais e seguem mostrando completa remissão do tumor diagnosticado em 2011.

O exame de nasofibroscopia mostra alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe.

O presidente eleito foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr Roberto Kalil Filho, Dr. Artur Katz e Dr. Rubens Brito.”

Viagem

Apesar da inflamação na laringe, o presidente eleito embarcará segunda-feira para a COP27, no Egito, informou sua assessoria de imprensa.

 https://www.brasil247.com/brasil/exames-de-lula-mostram-inflamacao-na-laringe-por-esforco-vocal?amp

Fatos que nunca aconteceram no Brasil entram no debate: o orçamento público incluindo o povo!

 


Preço da gasolina, etanol e diesel sobem pela quinta semana consecutiva

ECONOMIA 
Bomba de Gasolina. Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Subiu pela quinta semana consecutiva o preço médio do litro de gasolina vendido nos postos do país, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço médio do litro foi de R$ 4,98 para R$ 5,02 na semana de 7 a 12 de novembro, alta de 0,8%. De acordo com a ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos na semana passada foi de R$ 7,54.


Já o litro do etanol hidratado subiu de R$ 3,70 para R$ 3,79, um avanço de 2,43% na semana. Essa é a sexta alta seguida no preço do combustível, após cinco meses de queda. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,10.

diesel, por sua vez, teve a segunda semana seguida de alta na margem. O preço médio do litro subiu de R$ 6,58 para R$ 6,59, alta de 0,15%. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 8,52. 

https://revistaforum.com.br/economia/2022/11/12/preo-da-gasolina-etanol-diesel-sobem-pela-quinta-semana-consecutiva-127285.html 

     

“A expectativa é Lula”, diz Reginaldo Nasser sobre a presença do presidente eleito na COP 27


“Não lembro de nada parecido. Alguém que nem assumiu já é convidado e é a estrela”, afirmou o professor

Luiz Inácio Lula da Silva e COP27
Luiz Inácio Lula da Silva e COP27

247 - O professor e analista geopolítico Reginaldo Nasser destacou em entrevista ao programa Giro da One, da TV 247, que a expectativa gerada pela ida do candidato eleito Lula (PT) à 27ª sessão da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) é inédita e histórica.

Não lembro de nada parecido. Alguém que nem assumiu já é convidado e é a estrela. A expectativa é Lula”, destacou. 

Nasser enfatiza que “Lula aparece como uma grande esperança” no cenário internacional, mas advertiu que essa também é “uma grande responsabilidade”.


“O Biden também tinha uma grande esperança em torno dele [na eleição dos Estados Unidos]”, lembrou o professor sobre a disputa com o então presidente Donald Trump.

Sobre as eleições de meio mandato nos EUA, Reginaldo Nasser afirma que Joe Biden tentou ganhar um eleitorado de direita e do centro, “acabou não conseguindo”.

Ele aponta o envolvimento, o estímulo e a presença dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia com um dos fatores de desgaste. 

“É uma coisa estranha o envolvimento que Biden teve e isso repercutiu na economia”, disse.

Nasser disse que o bolsonarismo adotou as mesmas táticas da extrema direita norte-americana e, assim como nos EUA, as ações representam uma ameaça à democracia.

“A extrema direita brasileira adotou o receituário da extrema direita norte-americana, então é uma ameaça sim. A invasão do Capitólio é algo inédito nos Estados Unidos. Se ultrapassou todas as linhas possíveis”, enfatizou.

O professor salientou, no entanto, que o trumpismo “tem apoio, inclusive dentro do partido Republicano”.

“Liz Chaney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney, ousou enfrentar Trump e se deu mal dentro do partido Republicano. Trump tem o domínio do partido e vai voltar com a pauta que tinham antes”, frisou o professor, se referindo ao fato de Liz Cheney exercer o cargo de segunda liderança do comitê criado pela Câmara dos Representantes para investigar a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro. Membro do Partido Republicano, assumiu uma postura de oposição a Donald Trump. Liz Cheney recebeu várias ameaças de morte e saiu derrotada nas primárias republicanas em Wyoming, seu estado natal, para Harriet Hageman, aliada de Trump, o que impediu que ela disputasse novo mandato no Congresso, nas eleições legislativas. 

“A questão diferente aqui no Brasil é que lá, desde a eleição do Trump, a ênfase era na economia, coisa que a gente não ouve muito por aqui. Trump está sendo investigado, vem com a sua família, não só pelos atos como presidente, mas também enquanto empresário. Por enquanto não tem outra liderança que faça sombra a ele dentro do partido republicano”, destacou.

https://www.brasil247.com/entrevistas/a-expectativa-e-lula-diz-reginaldo-nasser-sobre-a-presenca-do-presidente-eleito-na-cop-27-4o93en6g?amp

Computadores do Planalto são apagados


Bandeira do Brasil sobre a fachada do Palácio do Planalto.
Planalto. Bandeira do Brasil sobre a fachada do Palácio do Planalto. Créditos: José Cruz/Agência Brasil
POLITICA 11/11/2022· 10:25 hs

Os funcionários da área de informática do Palácio do Planalto estranharam a mensagem que dizia para chegarem mais cedo no dia 03 de novembro,  quinta-feira pós-segundo turno das eleições presidenciais, para formatar todos os computadores. A ação teria por objetivo "amenizar" a situação provocada por uma ameaça que teria sido detectada pelo sistema antivírus da rede da Presidência da República.

A mensagem orientava a formatar todas as máquinas e reinstalar o sistema operacional, como forma de combater o suposto malware detectado e ainda dizia que alguns arquivos haviam sido criptografados. De acordo com o aviso, outras áreas do Planalto já haviam sido avisadas do problema.

Queima de arquivo?

O que há de estranho nessa história é o fato de uma suposta ameaça mobilizar uma força-tarefa para formatar as máquinas do Palácio do Planalto, onque implica em apagar os arquivos dos computadores, poucos dias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Conforme informações do portal Metrópoles,  a Secretaria de Comunicação afirmou que aguarda informações da área técnica e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) remeteu a questão à Secretaria-Geral da Presidência da República, que não respondeu à reportagem.

Apagão precisa ser explicado

Para Bruna Martins, pesquisadora visitante no Berlim Social Science Center, "a medida desperta alertas, especialmente pela sua aplicação no exato momento do início dos trabalhos do governo de transição". Ela explica que a justificativa de "ameaça cibernética ou malware" pode ser pertinente, mas "a principal preocupação aqui é com a preservação de informações de interesse público e necessárias para o monitoramento e implementação de políticas publicas e que, acima de tudo, devem ser preservadas". 

Martins, que é também ativista da Coalizão Direitos na Rede, avalia que  "a gestão Bolsonaro marcou um período preocupante na história recente do país,  onde políticas de transparência e acesso a informação não foram priorizadas, o governo tornou o acesso a dados deliberadamente mais complicado e suas insitutições menos transparentes". Para a especialista, a sociedade civil e o gabinete de transição devem exigir da Presidência da República garantias que as informações contidas nas máquinas formatadas foram preservadas, bem como uma explicação sobre a real motivação do pedido, com fundamentação na política de segurança da informação da Presidência da República.

"A ausência de apresentação dessas garantias poderá acabar indicando que a atual gestão está agindo de má-fé e pode, inclusive, ter feito o ato para dificultar a transição de governo ou para apagar evidências ou provas da má gestão de Bolsonaro", conclui Bruna Martins. 

https://revistaforum.com.br/politica/2022/11/11/computadores-do-planalto-so-apagados-127247.html

BQ.1: saiba quais são os sintomas da nova subvariante do coronavírus

A BQ.1 é a subvariante do coronavírus que pode causar uma nova onda de casos nas próximas semanas. Conheça os sintomas

Eline Sandes

12/11/2022 2:00, atualizado 12/11/2022 8:26

 Metrópoles


De acordo com o infectologista André Bon, do Hospital Brasília, da rede Dasa, a preocupação e as precauções devem ser as mesmas das variantes anteriores. “Os sintomas são exatamente iguais aos das outras cepas. Em nenhuma delas houve mudança, então a sintomatologia é exatamente igual”, aponta.

Ele relembra quais são os principais sintomas causados pela variante Ômicron:

  • Dificuldade respiratória;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo;
  • Dores musculares;
  • Garganta inflamada;
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Obstrução nasal.

No Reino Unido, dados do aplicativo Zoe Covid Study, que monitora os sintomas mais comuns da infecção nas últimas semanas, mostra que os sinais mais frequentes em pessoas vacinadas são dor de garganta, coriza, nariz entupido, tosse persistente e dor de cabeça. Ainda não há confirmação sobre qual cepa está causando a alta de casos no país, mas os especialistas britânicos acreditam que a BQ.1 seja a responsável.

Na imagem colorida, uma pessoa está posicionada no centro. Ela usa camiseta clara e está com as mãos sobre a barriga

Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir. Apesar de menos comuns na Ômicron, esses sintomas podem aparecer quando acompanhados por outros sinais da infecção viral, como complicações gastrointestinais, dor de garganta ou perda de paladar e olfatoboonchai wedmakawand/ Getty Images

Na ilustração colorida, vários vírus são representado

Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundoGetty Images

Na ilustração colorida, vários vírus são representado

Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúdeAndriy Onufriyenko/ Getty Images


Na ilustração colorida, vários vírus são representado

Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você amaPixabay

Na imagem colorida, um homem está deitado em uma cama com as mãos na cabeça

Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron


Na imagem colorida, uma mulher está posicionada à direita. Ela está cabisbaixa, usa blusa azul e calça preta

Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condiçõesHinterhaus Productions/ Getty Images

Na imagem colorida, um homem está sentado em uma cama com as mãos na cabeça

Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírusPaul Bradbury/Getty Images


Na imagem colorida, uma pessoa está posicionada no centro. Ele está sentado em uma cadeira em frente a uma mesa com comida. Está com uma das mãos na cabeça enquanto olha para um prato com comida

Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e ÔmicronDjelicS/ Getty Images

Na imagem colorida, uma pessoa está posicionada no centro. Ela usa camiseta clara e está com as mãos sobre a barriga

Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

 Apesar de menos comuns na Ômicron, esses sintomas podem aparecer quando acompanhados por outros sinais da infecção viral, como complicações gastrointestinais, dor de garganta ou perda de paladar e olfatoboonchai wedmakawand/ Getty Images

Na ilustração colorida, vários vírus são representado

Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundoGetty Images


Vacinados têm sintomas leves

O infectologista ressalta a importância da vacinação, e afirma que pacientes já vacinados geralmente apresentam quadros mais leves.

“A grande diferença da nova subvariante é que pode haver algum grau de escape da imunização prévia. Isso significa que mesmo pessoas vacinadas ou que contraíram uma cepa anterior à Ômicron podem ter sintomas mais acentuados”, diz Bon.

Importância da testagem

Especialistas de saúde recomendam que na primeira suspeita de infecção pelo vírus, ou quando houve contato com alguém contaminado, o indivíduo faça um teste e permaneça isolado para evitar a propagação da doença. A testagem é uma ferramenta importante para rastrear de forma mais rápida o desenvolvimento e o aumento de casos.

A nova sublinhagem é resultante de mutações da cepa BA.5. Apesar de ela se alastrar rapidamente, infectologistas garantem que não há motivo para pânico. O mais importante agora é continuar com as medidas já adotadas para a prevenção e reforçar a vacinação contra o vírus.

.https://www.metropoles.com/saude/bq-1-saiba-quais-sao-os-sintomas-da-nova-subvariante-do-coronavirus 

     

R$ 400 bi? Entenda o cálculo do rombo fiscal que Bolsonaro deixa

 

Mariana Londres - 

O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia Paulo Guedes - Clauber Cleber Caetano/PR
O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia Paulo Guedes Imagem: Clauber Cleber Caetano/PR
Mariana Londres

Do UOL, em Brasília

11/11/2022 


Pela primeira vez em quase uma década, o Brasil deverá fechar as contas no azul. De acordo com projeções, Bolsonaro e Guedes entregarão um superávit primário (tudo o que o governo arrecada menos tudo o que gasta, sem contar os juros da dívida) de algo entre R$ 64 bilhões e R$ 13,5 bilhões ao final de 2022 (projeções de novembro da XP, e de outubro do Ministério da Economia). Se os números se confirmarem, será a primeira vez desde 2013 que o Brasil terá um resultado positivo das contas do governo central.

Mas por que instituições do mercado, e portanto independentes do governo, como a XP, assim como o ex-ministro Henrique Meirelles, falam em um buraco aberto de cerca de R$ 400 bi para o próximo ano?


Primeiro é preciso separar (1) as promessas de campanha (algumas eram de ambos os candidatos, outras só de Lula), que somam R$ 250 bilhões em um cenário de Orçamento para 2023 que não previu nem o Auxílio de R$ 600; (2) dos buracos efetivamente deixados pela atual gestão, que somam R$ 173 bilhões. Dentro desses R$ 173 bilhões, há R$ 17 bilhões de reajuste de servidores que Bolsonaro conseguiu empurrar para frente e acabou prometendo para 2023 durante a campanha).

Antes de chegarmos ao rombo para 2023, é importante entendermos por que o resultado das contas em 2022 será positivo. Apesar dos aumentos de despesas (algumas delas devem ser permanentes) com Auxílio Brasil, Auxílio Gás, Auxílio a caminhoneiros, recursos para empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil, entre outros, as contas públicas do país neste ano se beneficiaram pelo parcelamento de parte das despesas (precatórios, jogados para frente pela PEC dos Precatórios, que chegou a ser chamada do calote do calote) e pelos recordes sucessivos de receitas (arrecadação de impostos).

Esses recordes de dinheiro entrando nos caixas do governo se deram por vários fatores: os preço alto dos produtos agrícolas no mercado internacional, que aumentaram a arrecadação de impostos do agronegócio, pelo aumento dos juros para conter a inflação, que impulsionou a arrecadação do Imposto de Renda da pessoa física, pela retomada do crescimento econômico, que elevou o pagamento de impostos pelas empresas (IRPJ e CSLL) e pelo aumento da massa salarial, que gerou aumento nas receitas previdenciárias. A alta de combustíveis no início do ano também resultou em maior arrecadação (ao longo do ano a alta tende a ser neutralizada pela posterior desoneração desses produtos).

Mas tudo indica que esse cenário, especialmente com a permanência da Guerra da Ucrânia e a estimada recessão mundial no pós-covid, não irá se manter em 2023. O Brasil deve terminar 2022 com um excelente crescimento de 2,7% (PIB), segundo o Focus, mas com previsões bem mais modestas para 2023, de crescimento de 1%, jogando para baixo o dinheiro que entra nos cofres do governo com a arrecadação de impostos.

As contas a pagar, no entanto, não terão redução. As contas de precatórios e desonerações que irão acabar no final do ano vão chegar para o próximo governo. É aí que entram as estimativas de rombo de R$ 400 bilhões, somadas às promessas de campanha feitas pelos candidatos para 2023. O governo Bolsonaro se aproveitou do excesso de arrecadação transitório e criou despesas permanentes, politicamente falando. Desonerou produtos de forma provisória, e empurrou para frente a conta dos precatórios.

Nos cálculos da XP, do lado das despesas, os gastos que devem crescer no ano que vem decorrentes de promessas de campanha ou políticas públicas implementadas provisoriamente são:

  • Correção da tabela do Imposto de Renda com isenção para salários de até R$ 5 mil (R$ 122 bi). Proposta tanto de Lula quanto de Bolsonaro na campanha;
  • Bolsa Família de R$ 600 (+ R$ 52 bi além do já previsto no Orçamento para pagamento de R$ 405). Proposta tanto de Lula quanto de Bolsonaro na campanha;
  • Adicional de R$ 150 por criança menor de 6 anos no Bolsa Família (R$ 16,2 bi). Proposta de Lula na campanha;
  • Elevação do salário mínimo acima da inflação (R$ 9,7 bi para o caso de dois pontos percentuais de ganho real). Proposta de Lula na campanha;
  • Retomada dos investimentos em infraestrutura (R$ 50,3 bi). Proposta de Lula na campanha.
  • O total dessas despesas é de R$ 250 bi.

A XP também estimou os buracos deixados pela atual gestão, que são:

  • Reoneração de PIS/Cofins de combustíveis (R$ 54 bi);
  • Piso nacional de enfermagem aprovado pelo Congresso (R$ 16,3 bi);
  • Precatórios postergados (R$ 54,4 bi);
  • Reajuste dos servidores (R$ 17,1 bi), lembrando que o governo Bolsonaro não concedeu nenhum reajuste em quatro anos;
  • Compensação (parcial) de ICMS dos estados (R$ 20 bi);
  • Recomposição de despesas correntes (R$ 11,5 bi);
  • O total é de R$ 173 bilhões, mas na visão da XP o reajuste deveria entrar na conta das promessas e não nesta.

Somando as necessidades de novos gastos governo eleito com os buracos deixados para atual gestão chegamos aos mais de R$ 400 bi, ou mais precisamente R$ 423 bilhões.

Uma das propostas que o PT estuda para ter uma "licença para gastar" em 2023 é abrir espaço de cerca de R$ 175 bi fora do teto de gastos para pagar benefícios sociais e remanejar os R$ 105 bilhões previstos no Orçamento para benefícios sociais, para outras despesas que a gestão de Bolsonaro não previu para 2023, como a Farmácia Popular. Isso seria feito por meio da PEC da Transição, mas o desenho exato ainda está em discussão. Apenas após essa licença, o governo eleito irá discutir o novo modelo do teto de gastos.

https://economia.uol.com.br/colunas/mariana-londres/2022/11/11/fiscal-bolsonaro.htm

Governistas do centrão aceitam articular PEC da Transição com PT

Camila Turtelli e Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

11/11/2022

O presidente eleito, Lula, e seu vice eleito, Alckmin, se encontram com o presidente da Câmara, Arthur Lira - Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente eleito, Lula, e seu vice eleito, Alckmin, se encontram com o presidente da Câmara, Arthur Lira Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress


Parte da base do governo Jair Bolsonaro (PL) já está articulando a aprovação da chamada "PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Transição" com o PT. Com minoria no Congresso, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisa de uma fatia do centrão para aprovar o texto, e já recebeu um aceno do deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, entre outros.

A equipe de transição de Lula busca espaço fiscal para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e outros projetos sociais que não foram contemplados na proposta de orçamento apresentada por Bolsonaro. Parte da futura oposição, hoje governista, indicou que, a depender do texto, não devem criar problemas —única exceção deverão ser os chamados "bolsonaristas raiz".


O Orçamento de 2023 é considerado, ao mesmo tempo, prioridade e principal desafio pela equipe de transição comandada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

O que está na proposta de Bolsonaro? A proposta orçamentária enviada ao Congresso por Bolsonaro assegura um valor médio de R$ 405,21 no Auxílio Brasil e impõe cortes em programas sociais, habitacionais e no Farmácia Popular —o que inviabilizaria outras promessas feitas por Lula durante campanha.

Após debates, a proposta enviada ao Senado ficará em um valor de R$ 175 bilhões. O relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), deverá receber até o texto ainda nesta manhã.

Jogando com a base. Desde que começou o governo de transição, na semana passada, membros da aliança que elegeu Lula têm procurado parlamentares da atual situação para resolver esta questão orçamentária e propor uma "união em prol da nação".

Segundo os petistas, até então não está havendo resistência por parte da futura oposição —só pedem para dar uma lida no texto antes.

"Não estou vendo nenhuma resistência até então. Está tudo no início ainda, mas eu vejo que há um consenso entre os colegas de que este aumento é muito importante. Estamos com um orçamento de guerra, o país precisa ser reconstruído", afirma o deputado federal Marcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha de Lula.

Alckmin e Castro em reunião sobre o Orçamento, em Brasília - Pedro França/Agência Senado - Pedro França/Agência Senado
Alckmin e Castro em reunião sobre o Orçamento, em Brasília Imagem: Pedro França/Agência Senado

Combinando com os russos. Essa articulação inclui diretamente a base bolsonarista vigente. O PL tem atualmente 76 deputados e o PP, 56. Para aprovar uma mudança na Constituição —que é o que uma PEC faz— é necessário o voto favorável de no mínimo 308 deputados (três quintos do total) em dois turnos.

O mesmo deve acontecer no Senado, onde três quintos da Casa é igual a 49 senadores. No próximo ano, a bancada desses partidos será ainda maior na Câmara. PL terá 99 deputados e PP, 47.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse ao UOL Notícias que aguarda a definição do texto para se posicionar. Porém, indicou que apoia as duas principais frentes da proposta defendida pelo governo eleito.

"[Mais] R$ 200 de auxílio e aumento real salário mínimo", disse Barros. "[Defendo o auxílio] em R$ 600, mas R$ 400 já estão previstos no Orçamento de 2023.

"Ainda estamos aguardando o texto antes de analisarmos o posicionamento", indica André Fufuca, líder do PP na Câmara. "Não apoiaremos a redução de qualquer benefício social já conquistado."

Nas cabeças. Na última quarta (9), Lula se encontrou com Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), incluindo a presidente da Corte, Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moares, que comanda o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O orçamento foi o principal assunto de todas as reuniões.

Segundo fontes petistas, a conversa entre Lula e Lira foi "protocolar", entre "lideranças do país", mas o presidente da Câmara tem indicado que não pretende colocar entraves para a circulação da PEC.

Interlocutores do governo dizem que o presidente do Congresso, próximo de Bolsonaro durante todo o mandato, deve criar uma "situação de equilíbrio muito grande". Afinal, está em busca da reeleição e não quer perder votos de "nenhum dos lados".

Com Pacheco, a situação está ainda mais pacificada. Embora não tenha se envolvido nas eleições, o presidente do Senado tem estreitado a relação com Lula, e o PSD foi oficialmente convidado a compor o grupo de transição petista. O partido deverá participar ainda da reunião de coordenação com os partidos aliados hoje.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente eleito Lula (PT) em encontro durante transição, em Brasília - Sergio Lima / AFP - Sergio Lima / AFP
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente eleito Lula (PT) em encontro durante transição, em Brasília Imagem: Sergio Lima / AFP

Resistência bolsonarista. Apesar da demonstração de boa vontade de Lira, nem todo o centrão está na mesma página. Um grupo de parlamentares do PP e do PL deve dificultar a aprovação da medida.

Os dois partidos abrigam seguidores fiéis do bolsonarismo, que discordam da tentativa da equipe de transição de furar o teto para garantir o pagamento do programa social. "Bolsonaro ia pagar R$ 600 reais sem PEC. Lula que cumpra a promessa sem PEC também", afirma deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Nos bastidores, parlamentares acreditam que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, deve se manter fiel a Bolsonaro e isso pode influenciar na votação do partido.

"Já entram no governo querendo uma PEC, e estão chamando-a de PEC da Transição. Acho que isso deveria ter outro nome: talvez PEC da Mentira ou PEC da Corrupção, porque isso é a cara do governo deles", disse o deputado General Girão (PL-RN) no plenário da Câmara ontem (10).

Apesar de relevante, este grupo, avaliam parlamentares, não deve ser o bastante para impedir a tramitação da PEC. 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/11/11/centrao-governista-lula-pt-pec-transicao.htm

Memes do Pato arrependido

 


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