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sábado, 22 de abril de 2017

Confiança na economia voltou, diz Temer

O presidente Michel Temer afirmou hoje (22), em artigo publicado no jornal espanhol El País, que a confiança na economia brasileira voltou. Ele pediu ainda que os empresários espanhóis aproveitem oportunidades de investimento no Brasil.

O artigo foi publicado às vésperas da visita do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, ao Brasil. Rajoy estará em Brasília na segunda-feira (24) “A confiança [na economia] voltou. 

Queremos, como em outras ocasiões, que a Espanha se una ao Brasil nesse momento de recuperação e aproveite as muitas oportunidades que se apresentam”, escreveu Temer.

Temer destacou a grande presença de investidores espanhóis no Brasil e afirmou que a visita de Rajoy ajudará a estreitar as relações entre os dois países.“Este é o momento de renovar essa colaboração. 

É o que faremos na próxima segunda-feira.O primeiro-ministro Rajoy irá encontrar um Brasil em transformação. Um Brasil que enfrenta seus desafios com seriedade e com energia”, acrescentou o presidente.

Durante a visita de Estado também estão previstos encontros com empresários espanhóis, nos quais o governo apresentará oportunidades de investimento no Brasil. Segundo informações do Blog do Planalto, em 2016 o fluxo de comércio do Brasil com a Espanha somou US$ 5,2 bilhões.

Reformular o país
Já em entrevista a agência EFE, Temer disse que quer ser lembrado como "alguém que reformulou o país" após a crise e "permitiu que os novos governos encontrem um país mais tranquilizado".
O presidente disse ainda que seu principal objetivo é tirar a economia brasileira do grave quadro de recessão em que se encontra há dois anos, com medidas que exigem "duras", "profundas" e impopulares reformas.
Da Agência Brasil*
*Com informações da EFE
Edição: Aécio Amado

Lobby é diferente de compra de projeto de leis - Época em Destaque - Diego Escosteguy


Delações da Odebrecht mostraram como executivos subverteram o papel do Legislativo para benefício próprio e de grupo político no Congresso. E agora, a discussão se vira para o projeto que criminaliza o abuso de autoridade, que é no fundo uma ofensiva contra a Lava-jato.

Temer diz que Lava-jato não afeta recuperação da economia do Brasil O presidente deu entrevista a veículos de comunicação da Espanha, antes da visita que o primeiro-ministro do país fará na semana que vem. Segundo ele, é triste o envolvimento de políticos nas investigações, mas caberá à Justiça condenar ou absolver.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Delaçâo da Odebrecht - Os políticos citados, os pontos-chave das delações, os inquéritos e as petições, os vídeos e o raio X completo da empresa - por: G1.co,

http://especiais.g1.globo.com/politica/2017/lava-jato/delacao-da-odebrecht/#!/politicos-citados

Dia 28 de abril, greve geral - Cresce mobilização entre os professores das escolas privadas






Dia 28 de abril, greve geral em defesa dos 

nossos direitos

Está claro para toda a sociedade que o governo Temer quer acabar com os direitos e garantias dos trabalhadores de todas as categorias. 

Reforma da Previdência, desmonte da CLT, terceirização irrestrita são propostas que demonstram a disposição selvagem em entregar o Estado a interesses privados, a qualquer preço.

Exemplo dessa determinação está na forma com que Temer tem tentado aprovar as reformas no Congresso Nacional. Da distribuição de cargos à liberação de emendas e ao controle dos votos pelo cabresto, vale tudo. O resultado é o que importa: impor à sociedade mudanças de altíssimo custo que, se aprovadas, dificilmente poderão ser revertidas.

A sociedade brasileira não pode permitir a violação de seus direitos. O único caminho é o da retomada do Brasil pelas mãos do povo na greve geral do próximo dia 28.


Cresce mobilização entre os professores das escolas privadas
A cada dia, a decisão de parar ganha corpo entre os professores.

 Esse crescimento é percebido nas ligações que o SinproSP recebe na linha exclusiva e nos pedidos de materiais, de informações gerais e de visitas às escolas.

Discussões internas ocorrem nos intervalo de aulas, nas reuniões pedagógicas ou mesmo no final das atividade, em escolas de diferentes perfis e tamanhos, confessionais ou não, e espalhadas por toda as zonas da cidade – norte, sul, leste e também oeste.

Nem sempre é uma discussão fácil, mas muito necessária e que está surtindo efeito. Levantamento preliminar indica que já está confirmada a paralisação em cerca de 100 escolas. Esse número vai aumentar até o dia 28.

O trabalho de mobilização e de orientação será intensificado, com visitas às escolas e distribuição do boletim, adesivos e camisetas aos professores. 

Nesta última semana, quatro carros de som vão percorrer todas as zonas de cidade.

A greve é um direito constitucional e um ato legítimo de uma categoria que é muito diversificada, mas encontrou unidade na luta em defesa das aposentadorias e dos direitos trabalhistas.

Meirelles minimiza possibilidade de adiamento da votação da reforma da Previdência Para o ministro, o importante é que a proposta seja aprovada. Ele disse que uma ou duas semanas não vão fazer muita diferença, já que a reforma é estrutural, de longo prazo. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admitiu que a votação da reforma previdenciária, marcada para a segunda semana de maio, pode ser adiada.

Meirelles minimiza possibilidade de adiamento da votação da reforma da Previdência

http://cbn.globoradio.globo.com

Para o ministro, o importante é que a proposta seja aprovada. Ele disse que uma ou duas semanas não vão fazer muita diferença, já que a reforma é estrutural, de longo prazo. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admitiu que a votação da reforma previdenciária, marcada para a segunda semana de maio, pode ser adiada.

Confira as regras das companhias aéreas para viajar com crianças

http://www.aerosp.org.br
Viajar de avião com crianças, em especial as menores de dois anos, pode ser uma aventura para muitos pais. 
Mas, seguindo as regras das companhias aéreas para evitar transtornos e não deixando de levar os itens necessários para os pequenos, a viagem pode ser agradável e prazerosa.
As regras variam pouco de uma companhia para outra. 
Em geral, todas deixam claro sobre a divisão do assento, os documentos necessários, oferecimento de cadeirinhas, alimentação entre outras informações importantes e que podem tranquilizar e preparar os pais.
Vale lembrar que crianças entre 2 e 4 anos devem sempre viajar acompanhadas de uma pessoa maior de 18 anos.
 Crianças entre 5 e 11 anos podem viajar sozinhas apenas no programa Menor Desacompanhado e adolescentes entre 12 e 17 anos podem viajar sozinhos.

REGRAS
A Latam Airlines informa que para viajar com um bebê recém-nascido (entre 1 e 7 dias de idade), é preciso apresentar autorização médica para o bebê e para a mãe que viaja. A companhia ainda coloca à disposição refeições especiais, serviço de menor desacompanhado e opções de entretenimento para amenizar as horas de voo.

Pela Latam, os pais têm a opção de dividir o assento com uma criança, que paga uma porcentagem da tarifa do adulto, além de taxas de embarque e impostos. 

Se o voo é dentro do Brasil ou do Chile (exceto Ilha de Páscoa), a criança paga apenas as taxas de embarque e os impostos.

No entanto, se a viagem for com dois bebês, até dois anos, é preciso reservar um assento adicional, pagando tarifa de criança.

 No caso de compra em áreas executivas e de primeira classe, é preciso pagar a tarifa completa e sem desconto, já que o menor acompanhante viajará em assento próprio, de acordo com as regras da Latam.

Já para a companhia aérea Azul, as crianças de colo, até dois anos, embarcam gratuitamente, desde que viajem no colo do responsável. A empresa também não cobra taxa para carrinhos de bebês.

A Gol, Linhas Aéreas Inteligentes, disponibiliza uma cadeirinha especial, a qual pode ser utilizada a bordo dos aviões, por um valor extra. Segundo informações divulgadas pela Gol, a cadeirinha acomoda uma criança de até 2 anos e deve ser solicitada com antecedência mínima de 48 horas. 

Por questões de segurança, a instalação da cadeirinha precisa seguir algumas regras, como não impedir a circulação dos passageiros e as saídas de emergência. 

Os pais também podem levar a cadeirinha que costumam usar no dia a dia, desde que ela tenha um selo que identifique o produto como apto para ser utilizado em aviões. 

Em ambos os casos, é cobrado um novo assento.
Para mais informações, vale consultar a companhia aérea pela qual irá adquirir as passagens e tirar outras dúvidas.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Para viagens nacionais, crianças de até 11 anos podem viajar acompanhadas de um adulto ou menor de idade emancipado sem parentesco desde que com uma autorização de viagem, além da certidão de nascimento ou documento de identificação. A partir dos 12 anos, essa autorização de viagem não é mais necessária, mas é imprescindível o documento de identificação com foto.

No caso de viagens internacionais, crianças e adolescentes de até 17 anos podem viajar apresentando o passaporte válido e o visto, caso o País de destino exija. 

Para viagens a países da América do Sul, é necessário apenas o documento de identidade. A autorização é exigida caso a viagem seja realizada com apenas um dos pais, parente de até 3.º grau ou de um adulto ou menor de idade emancipado sem parentesco.

Após 20 meses, aviação doméstica tem alta; inter alavanca

http://www.aerosp.org.br
A aviação doméstica brasileira finalmente apresentou sinais de recuperação. Após um período nebuloso de 20 meses de retração, a demanda por viagens teve alta de 5,90% em março, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A quebra de quase dois anos na redução do doméstico foi seguida por aumento de 3,98% na oferta. A diferença de quase dois pontos percentuais entre procura e assentos disponíveis elevou a ocupação em 1,44%, com esse índice chegando a 79,07% no terceiro mês do ano. O volume de passageiros transportados foi de 7,4 milhões, alta de 5,72%.

“Os números desse mês trazem alento. O pior momento dos últimos dois anos passou. Mas é cedo para falar em crescimento. Mesmo melhores do que os de 2016, um ponto fora da curva, nossos números ainda são piores do que os de 2014, 2013 e até 2011, dependendo do indicador”, analisou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

No setor doméstico, a Gol ainda lidera o share, com 35,22% dos voos distribuídos pelo Brasil. Na sequência figuram Latam Airlines (33,16%), Azul (18,84%) e Avianca (12,78%).

E O INTER?
As viagens internacionais apresentaram performance ainda mais animadora. Em março, as quatro associadas registram aumento de 18,43% em demanda. A retomada de voos para fora fez a oferta subir 9,33%. Com isso, o aproveitamento subiu 6,49%, fazendo a ocupação chegar a 84,46% das operações. Ao todo, 676 mil passageiros (+16,78%) viajaram ao Exterior.

Os índices de oferta, demanda, volume de passageiros e fator de aproveitamento atingiram recorde para março na série histórica. O share de voos internacionais tem a Latam com folga na primeira posição, com 77,65% do total dos voos. Em seguida, Gol (11,69%), Azul (10,57%) e Avianca (0,10%) complementam a lista.

COMO ESTÁ O ANO
No acumulado do ano, a aviação doméstica fechou o primeiro trimestre com queda de 1,61% comparado com o mesmo período do ano passado. A demanda contou com uma leve redução de 0,24%, a ocupação chegou a 81,10 (+1,11%). Já os passageiros totalizaram 22,6 milhões (-0,98%).

Em âmbito internacional, as companhias aéreas brasileiras calcularam 3,81% no aumento de oferta. A demanda e a ocupação cresceram, com apontadores de 9,53% e 4,48%, respectivamente. Os assentos ocupados nas aeronaves totalizaram 85,80% nesse primeiro trimestre. Ao todo, 2,1 milhões de viajantes se deslocaram para o Exterior.

O transporte de cargas no mercado doméstico teve movimentação (+9,60%) de 28,6 mil toneladas em março deste ano. Já o internacional subiu dois dígitos, chegando a um volume 31,41% maior, ou 19,4 mil toneladas. As estatísticas incluem Avianca, Azul, Gol, Latam e Latam Cargo.


Eduardo Sanovicz.
Emerson Souza

Eduardo Sanovicz, da Abear

Todos os indícios mostram que Lula é o dono do triplex no Guarujá (SP) Dessa acusação, o ex-presidente não escapa. É preciso agora que outros documentos corroborem com a delação do ex-presidente da OAS.

Itaquaquecetuba - Ônibus que vão para o Garden Shopping são apresentados Objetivo é facilitar o acesso dos moradores de Itaquá para o novo centro de compras que fica no bairro do Mandi

A empresa concessionária do transporte coletivo na cidade, CS Brasil, apresentou ontem o modelo dos ônibus que irão fazer a nova linha circular Centro/Shopping/Centro que passa a operar a partir deste sábado.
Foto: Osvaldo Birke/AIPMI                                                                                                                                                                     
Os veículos possuem duas catracas para integração, uma novidade, já que os usuários com destino ao Itaquá Garden Shopping poderão trocar de ônibus pagando apenas uma passagem, além disso, os coletivos possuem acessibilidade para cadeirantes e pessoas portadoras de necessidades especiais.
A linha terá uma extensão aproximada de 8 km e um percurso de 20 minutos, passando por vias importantes da cidade, como a praça Padre João Alvares, rua Sebastião Ferreira dos Santos, rua da Liberdade, estrada de Santa Isabel e estrada Mário Covas.
Por dia serão 40 viagens programadas e a vantagem será a integração dos passageiros com outras linhas pagando uma só passagem. Essa foi uma determinação do prefeito Mamoru Nakashima (PSDB) à empresa CS Brasil.
"As famílias que forem passear no shopping poderão descer do ônibus que vem do seu bairro e pegar este circular pagando apenas uma passagem, na volta para casa a mesma coisa", disse Mamoru.
A prefeitura apresentou a administração do shopping um projeto para fazer um terminal que está em processo de estudo de viabilidade, atualmente 7 linhas municipais passam no local através da estrada do Mandi.
A administração também oficiou a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) no sentido de implementar novas linhas com destino ao centro de compras e foi pedido que algumas linhas que passam no município fossem estendidas até o Itaquá Garden Shopping.
Mamoru também disse que Itaquaquecetuba terá um transporte melhor no próximo ano.
"Já começamos os estudos para a nova licitação do transporte da cidade a partir do ano que vem. A população será ouvida e nos ajudará a definir as regras, se serão duas empresas, se haverá cobrador, mais linhas, ônibus com ar condicionado, mais veículos com acessibilidade, passe livre estudantil, enfim, tudo isso será feito numa grande parceria entre a administração e o povo", disse o prefeito.
http://www.portalnews.com.br/

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Descoberto novo planeta parecido com a Terra 'Super-Terra' tem diâmetro 1,4 vezes maior do que o nosso planeta e está a 39 anos-luz de distância.

Astrônomos encontraram um novo planeta que têm características bem semelhantes às da Terra. E que, por isso, poderia abrigar vida.
A chamada "Super-Terra" é conhecida no meio científico por um conjunto de letras e números: LHS 1140B. O novo planeta tem um diâmetro 1,4 vezes maior do que o da Terra e foi encontrado orbitando uma estrela vermelha anã da constelação de Cetus, a 39 anos-luz de distância.
Esse tipo de estrela é bem menor e mais fria do que o Sol, mas ainda assim, pesquisadores acreditam que possa existir água no planeta.
Pesquisadores do Observatório do Sul Europeu estão confiantes de que podem estar bem perto de encontrar vida fora da Terra.

Palocci diz a Moro que pode revelar 'nomes e operações' para mais 1 ano de Lava Jato Ex-ministro foi interrogado nesta quinta-feira (20), em Curitiba. Preso na 35ª fase da Lava Jato, ele é acusado de agir para beneficiar o Grupo Odebrecht.

Por G1 PR, Curitiba                                                     
 O ex-ministro Antonio Palocci disse que se coloca à disposição do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, para apresentar "fatos com nomes, endereços e operações realizadas" que, de acordo com o ex-ministro, devem render mais um ano de trabalho. Assista ao depoimento de Palocci na íntegra.
Palocci foi interrogado por Moro, nesta quinta-feira (20), na ação em que é acusado de agir no governo federal em favor da Odebrecht entre 2006 e o final de 2013. A oitiva durou mais de duas horas.
Veja os principais pontos da fala de Palocci:
  • Ex-ministro se colocou à disposição para revelar nomes e operações de interesse da Lava Jato.
  • Negou ter operado dinheiro de caixa 2, mas confirmou que sabia da existência da prática "em todas as campanhas".
  • Confirmou que falou sobre contribuição à campanha de Dilma antes das eleições de 2010.
  • Negou ter pedido dinheiro a empresas quando era ministro.
  • Disse que ninguém na Odebrecht nunca o chamou de "italiano".
  • Confirmou ter tido conhecimento das planilhas de propina da Odebrecht, mas disse que ficou surpreso com as "provisões de campanha".
  • Disse não se lembrar de reunião com Dilma, Marcelo Odebrecht e o ex-presidente do BNDES.
  • Negou ter ampliado crédito no BNDES à Angola para favorecer a Odebrecht.
  • Negou ter pedido, interferido ou defendido interesses da Odebrecht ou da Sete Brasil.
  • Fez elogios ao juiz Sérgio Moro e à atuação dele na Lava Jato.
Segundo o ex-ministro, ele optou por não apresentar tudo o que sabe durante o interrogatório "por sensibilidade da informação".
"O dia que o senhor quiser, se o senhor tiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente, apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser, certamente, do interesse da Lava Jato.”
O ex-ministro ainda elogiou a operação e chamou de "uma investigação de importância". "Acredito que posso dar um caminho, talvez, que vá lhe dar mais um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil", disse.
Antonio Palocci foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, deflagrada em setembro de 2016. Atualmente, ele está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Palocci também é réu em outro processo que apura se a Odebrecht pagou propina por meio da compra do terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e do apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo, no ABC Paulista. Entre os réus desta ação, estão o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e Roberto Teixeira, um dos advogados de Lula.
Palocci foi deputado federal pelo PT, ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, no governo Lula, e ministro da Casa Civil no governo Dilma, em 2011.

Doações eleitorais

Palocci confirmou a Moro que tratou de contribuições eleitorais para a campanha presidencial com o Grupo Odebrecht. “Acredito que a última vez que eu tratei esse assunto com o senhor Marcelo [Odebrecht, herdeiro da empresa], ou com o grupo, foi na passagem de 2009 para 2010. Onde estavam começando os preparativos da campanha da presidente Dilma. Eu estive com ele por outro motivo e ele foi ativo, assim, na questão e falou: pode dizer à presidente que nós vamos ter uma participação importante na campanha dela”, contou.
Questionado se o "maior opositor" de Dilma na campanha presidencial de 2010 também recebeu doações da Odebrecht, Palocci disse que sim. "Tenho certeza disso. Por ler no jornal, porque eu não tenho... mas o próprio adversário não nega. Em algumas ocasiões, eu vi que com o adversário do candidato do PT a contribuição era maior. Agora, recentemente, eu soube que também a empresa financiava adversários para fazer um trabalho específico, contrário ao PT."

Caixa 2

No entanto, Palocci negou de ter tratado de contribuições não contabilizadas. “Eu nunca operei contribuições, até porque não era minha função”, afirmou. Ele disse, ainda, que pedia recursos para as empresas acreditando que elas iam tratar isso da melhor maneira possível.
Ele também afirmou que não interferiu, negociou ou administrou qualquer pagamento a fornecedores de campanhas eleitorais de 2010 no exterior. “ [A negativa] se aplica a João Santana, a Mônica Moura ou qualquer fornecedor de qualquer campanha”.
Palocci voltou a dizer que não pediu pagamento de caixa 2 e citou o depoimento de Marcelo Odebrecht.
"Ele falou a verdade, eu nunca pedi caixa 2. Ele disse que eu sabia, eu ouvi falar mesmo de caixa 2, isso eu não vou negar. Em todo lado e toda campanha. Mas, que eu não pedi, eu nunca pedi. Pagamento no exterior, jamais.”
Sobre a questão do caixa 2, Palocci disse também que não se sente à vontade para negar a existência da prática. "Que nada existiu, tudo foi aprovado nos tribunais, não. Todo mundo sabe que teve caixa 2 em todas as campanhas."

Planilhas da Odebrecht

Palocci afirmou que nunca pediu dinheiro a empresas como ministro. "Jamais pedi um centavo para qualquer empresa como ministro. Em 2002, eu devo ter falado com algumas, eu não era ministro. Em 2006, eu não era ministro. Já tinha deixado o ministério".
O ex-ministro disse desconhecer a "planilha de propinas" do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, a qual afirmou nunca ter visto. No entanto, disse ter "tomado conhecimento" dela em uma conversa com o ex-presidente Lula, com citação de "provisão" de R$ 200 milhões de reais, além do que foi comprometido em campanha, no fim de 2010.
"O presidente [Lula] me procurou, surpreso, estranhando e disse: 'Olha, nunca tive conversa desse tipo. Não uma conversa foi direta, ela chegou a mim, e eu queria entender o que é isso, do que se trata'. Achei ele um pouco irritado com a coisa. E eu também fiquei muito surpreso com 'provisão'."
Palocci contou que procurou Marcelo Odebrecht para esclarecer do que se tratava a "provisão". "Fui ao Marcelo e falei: 'Marcelo, aconteceu isso. Eu conheço a empresa há mais de dez anos e jamais tratamos a relação do governo com a empresa a partir de provisões (...) Eu falei: "Ficou muito ruim para mim essa situação, porque, primeiro foi falado que tinha uma provisão, segundo foi falado que eu conhecia. Aí eu disse ao Marcelo que eu gostaria que se reestabelecesse uma postura diferente em relação a isso. Fui ao presidente Lula, e disse a ele que foi um mal-entendido".
Dois meses depois, afirmou Palocci, um banqueiro lhe procurou, novamente para falar sobre "provisões" da Odebrecht.
"(...) um banqueiro me procurou e disse: 'Olha, eu estou aqui, mandatado por uma pessoa do governo e eu quero dizer que eu vou cuidar das coisas, do financiamento de campanha, as reservas, as provisões. Então queria saber se você pode me ajudar. Eu perguntei: 'a presidente Dilma sabe que você tá aqui?' Ele falou 'não, mas estou aqui em nome de uma autoridade do primeiro escalão do governo'. Essa pessoa disse que ia cuidar desses recursos. Até aí, era muito estranho, mas eu falei: 'Tudo bem, cuide dos recursos, se você tem essa autorização. Eu não sei como funciona isso'. Ele estranhou, achou que eu daria a ele um monte de dados e situações. Eu falei: 'não tenho nada para lhe informar'. Aí ele entrou no assunto 'provisões da Odebrecht'."

Relacionamento com a Odebrecht

Durante o interrogatório, Palocci falou ainda sobre o relacionamento com a Odebrecht. “Meu relacionamento com a empresa é antigo, desde o fim da década de 90, principalmente com Emílio Odebrecht [dono do grupo] e Pedro Novis [presidente da empreiteira entre 2002 e 2009]”, relatou. Emilio e Novis assinaram acordo de delação premiada. Os depoimentos deles estão entre os que embasaram a "lista de Fachin" – os novos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ministro disse também que costumava conversar com eles. “Eram conversas sobre o Brasil. Eles tinham interesse em conhecer o PT, a relação que o PT poderia ter com o governo. Queriam conhecer experiências concretas do PT”, afirmou.
Para Palocci, quando Marcelo Odebrecht assumiu o grupo, houve uma grande mudança de estilo, na gestão da empresa, especialmente com relação ao detalhamento de suas agendas, à flexibilidade ou não das posições. “Mudou bastante. Marcelo era um guerrilheiro das causas da empresa. Era muito ativo em relação às metas”, afirmou.
O ex-ministro também disse que na época que era deputado federal tinha contato frequente com Marcelo Odebrecht. “As empresas estão presentes o dia inteiro nos salões do Congresso”. Segundo ele, o cargo exige essa disponibilidade para diálogos com diferentes setores da sociedade.
Ele afirmou que não se lembra de ter tido nenhuma reunião com Marcelo Odebrecht enquanto foi ministro da Fazenda. Segundo ele, no período em que ocupou o cargo de ministro chefe da Casa Civil, provavelmente, houve encontros. “Não frequente porque a minha atividade não permitia, era uma atividade muito intensa, mas, provavelmente, sim”.
Palocci negou ter solicitado, interferido ou defendido interesses da Odebrecht ou da Sete Brasil na questão das sondas. “Absolutamente não”, garantiu.

Reunião na Presidência

Moro questionou Palocci sobre uma reunião na Presidência da República, em maio de 2011, na qual, estariam a então presidente Dilma Rousseff, Marcelo Odebrecht, Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e “Itália”, que seria o ex-ministro, segundo a acusação.
Palocci respondeu que não se lembra dessa reunião e que, inclusive, procurou informações sobre a reunião na agenda. “Não me lembro de reuniões com o Marcelo e a presidente juntos”, explicou.
Em seguida, Palocci mencionou uma troca de-mails entre Marcelo Odebrecht e Alexandrino de Alencar, ex-executivo da empreiteira. Marcelo pergunta se Alexandrino falou com Palocci, ao que o ex-executivo responde: “Sim, falei com Palocci e ele disse que GM (que acho que é Guido Mantega) e Itália estiveram ontem com o presidente”, disse Palocci, reproduzindo conteúdo do processo.
Palocci voltou a alegar que não lembra da reunião e que não sabe quem é “Itália”.
“Italiano lá naquele Congresso, como no Brasil inteiro, tem milhares. Então não sei de quem se trata aqui, não me lembro dessa reunião”, afirmou.
Palocci ainda explicou que ninguém da Odebrecht nunca o chamou de “Italiano”. “Italiano pode ser eu como 40 milhões de brasileiros”, afirmou.

BNDES

O ex-ministro Antonio Palocci negou que tivesse negociado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliação de linhas de crédito para a Angola que favorecesse a Odebrecht.
“(...) Eu sempre disse isso, não só para ele [Marcelo Odebrecht], mas para todas as empresas, que eu jamais iria discutir com o BNDES qualquer crédito. Não era meu papel, nem como deputado, nem como ministro discutir crédito do BNDES”.
De acordo com Palocci, Marcelo Odebrecht provavelmente tocou nesse assunto como ele. Entretanto, o ex-ministro negou que tivesse negociado em prol da empresa. A negativa veio após Moro mencionar que Marcelo Odebrecht disse, salvo engano de interpretação do juiz, que havia negociado com Palocci a ampliação de crédito.
Palocci afirmou que discutiu créditos com o BNDES em casos de empresas de grande porte que iriam entrar em falência. “(...) cuja falência poderia significar uma fila de falências de muita repercussão”, afirmou Palocci.
O ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, também foi interrogado e falou por cerca de 30 minutos nesta quinta-feira. Kontic foi preso no mesmo dia que Palocci, mas deixou a cadeia em 15 de dezembro de 2016, depois de uma decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que trocou a prisão preventiva por medidas cautelares alternativas.
Além dos dois, que são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ainda são réus neste processo ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-presidente da Odebrecht S.A. Marcelo Odebrecht.
O advogado que representa Palocci, José Roberto Batochio, não quis comentar o depoimento.

Elogios

Ao fim do depoimento, o juiz Sérgio Moro deu alguns minutos para que Antonio Palocci pudesse falar. O ex-ministro falou por aproximadamente 15 minutos e começou sua declaração elogiando o juiz federal e a atuação dele na Lava Jato.
“Eu sei que você é um juiz extremamente rígido, mas é um juiz justo e eu queria muito ter meu julgamento com bases na lei e com base em critérios absolutamente justos e eu sei que o senhor faz isso com maestria, o senhor tem dado uma contribuição ao país na medida em que acelera processos, decide com celeridade e acho que isso é digno de nota”, disse Palocci.

Depoimento do Branislav Kontic

Branislav Kontic falou por aproximadamente 15 minutos e explicou sua atuação como assessor de Palocci e, depois, como funcionário na empresa do ex-ministro que prestava consultoria financeira.
O réu disse desconhecer o recebimento de contribuições financeiras da Odebrecht por Palocci.
Kontic também foi questionado sobre sua relação com Fernando Migliaccio, ex-executivo da Odebrecht. Ele disse que conheceu Migliaccio na vizinhança do bairro onde mora. O ex-assessor negou ter tratado com Migliaccio de pagamentos de fornecedores de campanha, assim como o envio de dinheiro pela Odebrecht por solicitação de Palocci.

Suspeitas

O processo apura se Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.
A denúncia trata de pagamentos feitos para beneficiar a empresa SeteBrasil, que fechou contratos com a Petrobras para a construção de 21 sondas de perfuração no pré-sal. O caso foi delatado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
As investigações mostram que o valor pago pela Odebrecht a título de propina pela intermediação do negócio chegou a R$ 252.586.466,55. Esse valor foi dividido entre as pessoas que aparecem na denúncia. Em troca disso, a empresa firmou contratos que, somados, chegaram a R$ 28 bilhões.

Memes do Pato arrependido

 


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