Na anatomia do golpe, militares oscilam entre as leis e o abismo
Josias de Souza Colunista do UOL 17/03/2024 16h53 Almir Garnier Santos, líder da Marinha; Marco Antônio Freire Gomes, líder do Exército; Almeida Baptista Junior, líder da Aeronáutica. Imagem: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL- Breno Laprovitera/ALEPE- VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL O golpe militar de 1964 fará aniversário de 60 anos daqui a duas semanas. Quando João Goulart foi deposto, o general Marco Antonio Freire Gomes estava na bica de completar sete anos de idade. O brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior e o almirante Almir Garnier Santos eram duas crianças com quatro anos incompletos. Em 2022, o trio comandava o Exército, a Aeronáutica e a Marinha quando Bolsonaro tramou arrastar as "minhas Forças Armadas" para fora do quadrado constitucional. Freire e Baptista refugaram. Garnier colocou-se à disposição. O golpe falhou. Mas o país nunca chegara tão perto da ruptura desde a redemocratização. Os depoimentos colecionados pela Polícia Federal dão à história do ocaso d...