MPF denuncia Silvinei Vasques, a nova investigação do MPF, que envolve a empresa Combat Armor Defense do Brasil Ltda. e Vasques


MPF denuncia Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro

Ele foi preso em 9 de agosto de 2023 durante a Operação Constituição Cidadã, da Polícia Federal  

 Juliana Dal Piva

Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023. 

Com Igor Mello

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de janeiro denunciou na quarta-feira, Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF durante o governo Bolsonaro, por fraude licitatória na compra de veículos blindados. 

Ele foi preso em 9 de agosto de 2023 durante a Operação Constituição Cidadã, da Polícia Federal, que investiga possíveis ações de agentes públicos para interferir no processo eleitoral do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

A nova investigação do MPF, que envolve a empresa Combat Armor Defense do Brasil Ltda. e Vasques, obteve um conjunto substancial de evidências, e desvendou uma complexa rede de atividades ilícitas, incluindo fraudes em licitações, possíveis práticas de: corrupção ativa e passiva; lavagem de dinheiro; e formação de associação criminosa.

O foco primáriodo MPF recaiu sobre as operações da Combat Armor, uma empresa que, embora tenha sua matriz nos EUA, realizou transações significativas e manteve contratos extensos com várias entidades governamentais brasileiras, notadamente a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A Combat foi citada no relatório final da CPMI de 8 de janeiro no Congresso Nacional. O relatório da CPMI aponta que a matriz americana da empresa seria uma empresa de fachada, que se utilizaria da filial brasileira para fazer negócios. “Há fortes indicativos de que se trata de uma empresa ‘de papel’, sem qualquer atuação no ramo de blindados, cujo propósito de reativação e alteração do seu contrato social foi viabilizar negócios no Brasil, por meio do sr. Maurício Junot”, menciona o documento.

A investigação dos parlamentares citou, ainda, o envolvimento do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques. As três unidades gestoras com maior valor despendido à Combat foram a superintendência do Rio de Janeiro, onde ele foi superintendente até abril de 2021, o Departamento de PRF em Brasília (quando Silvinei já era diretor-geral) e a superintendência em Santa Catarina, onde foi superintendente. Vasques chegou a pedir emprego à empresa. Ao todo, segundo reportagem da Agência Pública, as unidades receberam R$ 33,5 milhões durante o governo de Jair Bolsonaro.

No relatório, a CPMI ainda pontua que “a empresa fechou as portas no Brasil no primeiro semestre de 2023”, logo após o fim do governo Bolsonaro. 

https://iclnoticias.com.br/mpf-denuncia-ex-diretor-prf-governo-bolsonaro/

Postagens mais visitadas deste blog