Governo Lula aponta falha na gestão Bolsonaro por “sumiço” de móveis no Alvorada


Atualizado em 20 de março de 2024 às 23:10

Na noite desta quarta-feira (20), a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula (PT) emitiu uma nota atribuindo à gestão Bolsonaro a responsabilidade pelo sumiço dos móveis da Presidência.

De acordo com o comunicado, um relatório divulgado pelo governo Bolsonaro em 4 de janeiro indicava que 261 itens estavam perdidos. “Isso significa que a administração anterior não sabia onde estavam os móveis, muitos deles deixados em depósitos sem controle”, destaca o texto.

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A busca pelos móveis desaparecidos foi finalizada no segundo semestre de 2023, afirma a Secom. Segundo a pasta, os itens foram localizados em “diversas dependências diferentes da Presidência da República, não se restringindo apenas ao Palácio da Alvorada”.

A Secom justifica ainda a aquisição de novos móveis enquanto os antigos estavam desaparecidos, ressaltando que foram adquiridos para recompor o ambiente do Palácio conforme seu projeto arquitetônico, não sendo os mesmos da lista de patrimônio perdido. O comunicado também menciona que nem todos os itens encontrados estavam em condições de uso.

Michelle Bolsonaro anunciou que deve processar Lula e Janja por conta da polêmica dos móveis. Reprodução

Em resposta, o PL Mulher, liderado por Michelle Bolsonaro, emitiu uma nota anunciando que “medidas judiciais serão adotadas”. O comunicado também destaca que a Comissão de Inventário Anual da Presidência, ainda em 2022 durante o governo Bolsonaro, apontou a falta de 261 móveis.

Além disso, o texto sugere que o caso é uma tentativa de criar uma distração e esconder as acusações de compra de móveis luxuosos sem licitação. O contexto para essa troca de acusações se dá após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelar que todos os 261 bens desaparecidos haviam sido encontrados pela Presidência.

A disputa em torno dos móveis iniciou durante a transição de governo, quando Lula e sua esposa, Janja, expressaram insatisfação com as condições da residência oficial e apontaram a ausência de alguns móveis do patrimônio durante a mudança de Jair Bolsonaro e Michelle.

Uma avaliação inicial da Comissão de Inventário Anual, realizada no Palácio da Alvorada, indicou que 261 bens não foram localizados.

No entanto, no início do governo Lula, em 2023, foi realizada uma nova conferência que reduziu o número de itens desaparecidos para 83. O relatório final da comissão confirmou a localização de todos os itens em setembro do mesmo ano, segundo a Folha.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/governo-lula-aponta-falha-na-gestao-bolsonaro-por-sumico-de-moveis-no-alvorada/

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