Incra aguarda decisão do TCU para retomar plano de reforma agrária
Impedido de cadastrar e selecionar novas famílias para o Plano Nacional de Reforma Agrária e atingido por cortes orçamentários nos últimos anos, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi críticado durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, realizada nesta segunda-feira (12), para discutir as mortes de dez trabalhadores rurais sem-terra em Pau D´Arco, no Pará. A crítica mais dura foi feita pela procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, que sugeriu que a “paralisia” do instituto contribui para o acirramento da tensão no campo. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2016 foram registradas 61 mortes em função de conflitos no campo – o pior resultado dos últimos 13 anos. “O Incra é hoje um factoide, pois não cumpre nenhuma das funções que lhe foram designadas. Não faz a reforma agrária, não faz demarcação de terras quilombolas, não tem orçamento e não executa...