A escolha do delegado Fernando Segóvia para substituir Leandro Daiello no comando da Polícia Federal (PF) é a última mudança que o governo Michel Temer aplica na tentativa de arrefecer a Operação Lava Jato. Segóvia foi indicado pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com relatos publicados, a indicação foi feita depois da operação que desbaratou o bunker com R$ 51 milhões de reais vinculado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Também recebeu apoio do grupo político ligado ao ex-presidente José Sarney. Cinco associações de funcionários da PF aprovaram o nome de Segóvia, visto como “agregador” e popular entre as carreiras de menor visibilidade na corporação. Apenas a Associação dos Delegados da PF informou em comunicado ser contra o método de escolha. Defendeu eleição com lista tríplice, nos moldes da realizada pelo Ministério Público. Segóvia não deverá frear investigações. Ele é um policial, e elas são a razão de ser da PF. Por lei, delegados gozam de independência ...