Combate à barbárie - Junji Abe
Num período conturbado como o que vive o Brasil, com a multiplicação e intensificação de manifestações públicas contra e a favor do governo, fica a apreensão quanto aos efeitos diretos e colaterais dos protestos. Sempre defendi a livre expressão porque é o mais sublime espelho do regime democrático. Contudo, o direito de ir às ruas expor suas convicções não significa vandalizar bens públicos ou privados, ferir e até matar quem pensa diferente. Já tivemos dolorosas demonstrações do que a violência e a intolerância podem fazer. Viram instrumentos de terror que nada trazem de positivo para a sociedade. Pinçando um caso, retorno a 2014. Na cobertura de um protesto no Rio de Janeiro, o cinegrafista Santiago Idílio Andrade foi atingido por um rojão e morreu. Não estava protestando, não estava assistindo, não estava tumultuando. Estava apenas trabalhando. São transparentes os indícios de que as ações violentas e quebra-quebras vêm sendo ...