Uma lei aprovada pelo parlamento russo na última semana prevê pena de até 15 anos de prisão aos jornalistas que utilizarem os termos “guerra” e “invasão” ao se referirem aos eventos que acontecem no território ucraniano.
Samuel Nunes samuel.nunes@obastidor.com.br Os veículos jornalísticos na Rússia estão tentando se adaptar para evitar as sanções que sofrem do governo local desde o início da guerra na Ucrânia. Uma lei aprovada pelo parlamento russo na última semana prevê pena de até 15 anos de prisão aos jornalistas que utilizarem os termos “guerra” e “invasão” ao se referirem aos eventos que acontecem no território ucraniano. Em vez desses termos, os veículos devem se referir à guerra usando o termo “operações especiais”, além de garantir que a versão do Kremlin seja difundida, mesmo que absurda. O jornal Novaya Gazeta, dirigido pelo ganhador do Nobel, Dmitri Muvarov, afirmou na semana passada que apagaria conteúdos que pudessem gerar punição e tentaria cobrir os eventos de outra forma. A decisão foi tomada depois de consultar os leitores, que pediram a manutenção das atividades, ainda que seja sob censura. Ao noticiar um protesto em 65 cidades no último domingo, o jornal referiu-se à guerra como “