Folha de São Paulo - Editorial - Opinião - 21/07/2016 A derrocada do crédito para a compra da casa própria é uma das facetas mais visíveis da atual recessão, tanto quanto a expansão dos financiamentos esteve entre as marcas principais do ufanismo econômico dos governos petistas. De R$ 12,4 bilhões, em dezembro de 2014, a concessão de empréstimos habitacionais para pessoas físicas havia minguado para R$ 7,2 bilhões em maio deste ano, conforme os dados mais atualizados do Banco Central. Há mais de um motivo, decerto, para tamanha queda. Famílias atormentadas pelas incertezas do presente tornaram-se menos propensas a assumir dívidas de longo prazo; a piora do emprego e da renda minou os depósitos nas cadernetas de poupança, principais fontes do crédito direcionado à classe média. Do lado do governo, o encolhimento da arrecadação de impostos forçou cortes bruscos nos subsídios reservados aos programas de casas populares. Nesse contexto, compreende-se a lógica de ...