CNJ racha sobre afastamento de Gabriela Hardt

Carolina Brígido O maior defensor da revogação da medida foi o presidente, Luís Roberto Barroso, que pediu a palavra logo depois do voto do corregedor, ministro Luís Felipe Salomão. Normalmente, o presidente vota por último. Com tom de voz enfático, Barroso fez duras críticas ao colega. O clima da sessão pesou. Para Salomão, há "fortes indícios de faltas disciplinares e violações a deveres funcionais da magistrada". Barroso considerou as imputações exageradas. "Na minha visão, não foi nem infração, muito menos crimes", afirmou. "Essa moça não tinha absolutamente nenhuma mácula na carreira dela para ser sumariamente afastada", concluiu. Para o ministro, o afastamento foi "sumário, prematuro e desnecessário". O presidente também criticou o fato de Salomão ter afastado monocraticamente os magistrados de suas atividades 24 horas antes da sessão do CNJ. Segundo Barroso, esse tipo de decisão só poderia ser deliberada em plenário. Além de Hardt, foram...