Setor de serviços cresce 0,9% em maio e acumula alta de 4,8% ao longo de 2023, diz IBGE


Alta no acumulado dos últimos doze meses foi de 6,4%, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (12)

Serviços
Serviços (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

Roberto de Lira, Infomoney 

O volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% em maio ante abril na série com ajuste sazonal, após ter registrado queda de 1,5% no mês anterior. Em relação a maio de 2022, o setor mostrou crescimento de 4,7%, na 27ª alta seguida, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho do setor em abril foi bem acima do projetado pelo consenso Refinitiv de analistas, que previa alta de 0,3% na comparação mensal e crescimento de 3,8% na leitura anual.

No indicador acumulado nos primeiros cinco meses do ano, o volume de serviços teve expansão de 4,8% ante igual período de 2022. Já no acumulado dos últimos doze meses, a alta foi de 6,4%.

Segundo o IBGE, o avanço no mês foi puxado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (2,2%), que recuperou parte da queda (-4,3%) verificada em abril.

Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias, com alta de 1,1% na comparação mensal, de outros serviços (+0,6%), e de informação e comunicação (+0,2%). A única retração do mês ficou com os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%), que emplacaram o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,5%.

O índice de média móvel trimestral apontou variação positiva (0,2%) no trimestre encerrado em maio de 2023 frente ao nível do mês anterior, alcançando, assim, o segundo resultado positivo seguido.

Entre os setores, quatro das cinco atividades avançaram frente ao trimestre terminado em abril: profissionais, administrativos e complementares (0,7%); transportes (0,6%); serviços prestados às famílias (0,4%); e informação e comunicação (0,2%). A única taxa negativa foi de outros serviços (-0,4%).

Comparação anual - Na comparação com maio de 2022, o volume do setor de serviços cresceu 4,7% em maio, com expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,1%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, navegação de apoio marítimo e portuário, armazenamento e transporte por navegação interior de carga.

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Os demais avanços vieram de informação e comunicação (4,0%); profissionais, administrativos e complementares (3,4%); serviços prestados às famílias (2,8%) e dos outros serviços (0,3%).

Estados - Houve altas em 24 das 27 unidades da federação em maio de 2023 frente a abril. 

Entre os locais com taxas positivas, os impactos mais importantes vieram de Mato Grosso (22,5%) e do Rio de Janeiro (3,4%), seguidos por Minas Gerais (2,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Goiás (5,0%). A principal contribuição negativa veio de São Paulo (-1,5%).

Na comparação com maio de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com Rio de Janeiro (7,7%), seguido por Minas Gerais (9,3%), Paraná (13,3%), Mato Grosso (29,4%), e Rio Grande do Sul (10,4%). Em sentido oposto, São Paulo (-0,9%) assinalou o resultado negativo mais relevante do mês.

Turismo - O índice de atividades turísticas subiu 4,0% em maio ante abril, registrando assim o segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 4,7%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 5,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, onze dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional. 

A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (2,8%), seguido por Rio de Janeiro (3,8%), Minas Gerais (3,3%) e Bahia (5,1%). Em sentido oposto, Ceará (-0,6%) assinalou o único recuo em termos regionais.

Na comparação com maio de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 8,6%, na 26ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, locação de automóveis, serviços de bufê, transporte rodoviário coletivo de passageiros e agências de viagens.

Em termos regionais, dez das 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (6,6%), seguido por Rio de Janeiro (15,0%), Minas Gerais (17,0%) e Bahia (13,6%). Em contrapartida, Ceará (-3,4%) e Distrito Federal (-1,9%) exerceram os únicos impactos negativos do mês.

Transportes - Em maio o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, recuperando parte da perda de 4,5% observada entre março e abril. O segmento se encontra 2,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 21,4% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou crescimento de 3,7% em maio de 2023, suplantando a queda de 2,8% verificada em abril. Esse segmento alcançou no mês o ponto mais alto de sua série. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 41,3% acima de fevereiro de 2020.

Na comparação com maio do ano passado, o transporte de passageiros avançou 4,6% em maio de 2023, após ter recuado 5,3% em abril, quando interrompeu uma sequência de 24 taxas positivas; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 13,0%, assinalando, assim, o 33º resultado positivo consecutivo. 

https://www.brasil247.com/economia/setor-de-servicos-cresce-0-9-em-maio-e-acumula-alta-de-4-8-ao-longo-de-2023-diz-ibge

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