Junji busca apoio do governo federal Deputado pretende ajudar na concretização das obras que revitalizarão área da Praça Sacadura Cabral e vão eliminar três passagens de nível em Mogi das Cruzes

Projetos são detalhados por representantes da CPTM em reunião na Prefeitura de Mogi

A demolição da atual e construção de uma nova estação ferroviária na área da Praça Sacadura Cabral, em Mogi das Cruzes, dotada de interligação com o Terminal de Ônibus Urbanos, associadas à implantação de uma passagem subterrânea no cruzamento da linha férrea com a Rua Cabo Diogo Oliver e de um shopping center conectado ao sistema de transporte, compõem o projeto que promete revitalizar a região central e eliminar três passagens de nível na Cidade. Parte dos investimentos será custeada pelo Estado. O deputado federal Junji Abe (PSD-SP) colocou-se à disposição da Prefeitura para buscar, junto ao governo federal, o montante necessário para completar as obras que a administração municipal não conseguir viabilizar por meio de PPP – Parceria Público-Privada . O esboço do projeto foi apresentado nesta segunda-feira (30/01/2012), durante reunião na Prefeitura, com a participação do presidente da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Mário Bandeira, e do diretor de Planejamento da estatal, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro. O encontro focou a reformulação das estações da CPTM nas paradas da Praça Sacadura Cabral e Estudantes. As intervenções na Sacadura Cabral demandarão o maior aporte de recursos. Envolvem a nova estação, a ser erguida em mezanino e mais próxima ao Terminal de Ônibus Urbanos para facilitar a interligação entre os dois modais e destes com os acessos existentes no entorno. As conexões ocorrerão por meio de corredores e escadas rolantes instalados em edificação fechada para segurança e conforto dos usuários. Estas fases do projeto estarão a cargo da CPTM que estima custos da ordem de R$ 40 milhões. Ainda sem estimativa de valores, o projeto completo de reformulação da área inclui a construção de uma passagem subterrânea, com mão dupla de direção, desapropriações de áreas em uma das margens da Rua Cabo Diogo Oliver para instalação de um complexo de lojas diretamente conectado ao terminal ferroviário, expansão da Praça Sacadura Cabral e revitalização de todo o entorno da estação. A execução dessas obras depende da administração municipal que espera formalizar uma PPP, como anunciou o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) na reunião . A ideia do prefeito é transferir os custos de construção da passagem subterrânea ao empreendedor privado que explorará o futuro complexo comercial. “Caso a administração municipal não consiga viabilizar a PPP ou, mesmo com ela, tenha dificuldades para bancar toda parte do projeto sob sua responsabilidade, posso tentar obter recursos junto aos Ministérios das Cidades ou dos Transportes, e ainda trabalhar na liberação de uma emenda de bancada ao Orçamento da União”, manifestou-se Junji. De acordo com o deputado, a execução desse projeto é de “fundamental importância” para a população mogiana. “De cara, acabará com os monstruosos congestionamentos causados pela passagem de nível na Cabo Diogo Oliver, ponto nevrálgico do problema das cancelas na área central Cidade”, apontou Junji, acrescentando que a planejada passagem subterrânea permitirá a desativação de outros dois cruzamentos com a via férrea – nas Ruas Dr. Deodato Wertheimer e Campos Salles. Associada à construção dos viadutos, na Avenida Cavalheiro Nami Jafet e em Jundiapeba, “que batalhamos para que seja retomada”, a obra na Sacadura Cabral será a redenção para o trânsito em Mogi, como avaliou Junji. Ele ponderou que o conjunto de intervenções facilitará a melhoria do transporte ferroviário, como a oferta de composições do Expresso Leste em mais horários . Ao expor o plano de modernização do sistema ferroviário, o diretor da CPTM explicou que o governo estadual planeja concluir, até 2015, as melhorias ainda pendentes em 42 estações, incluindo as quatro existentes em Mogi das Cruzes, assim como a renovação da frota e padronização dos trens. Os representantes da estatal também confirmaram que os usuários do Expresso Leste ficarão livres das transferências – chamadas de baldeações – em Guaianazes até o final de 2014. Contudo, não significa a garantia do serviço em todos os horários, em trajeto contínuo, entre São Paulo e a Estação Estudantes, em Mogi. Ribeiro disse que, depois de remodelada, a estação de Suzano concentrará as transferências para outros ramais, como a linha 8 da CPTM, que trafega pela região de Calmon Viana, e também de passageiros do Expresso Leste nos horários em que o reduzido número de usuários inviabilizar operacionalmente a ligação direta entre São Paulo e Estudantes. Não é possível estabelecer prazo para as obras no terminal suzanense porque a área envolvida no projeto é objeto de disputa judicial. Estudantes Em fase de execução, o projeto executivo de reforma da Estação Estudantes deverá ter as obras licitadas a partir de setembro próximo. A reformulação segue o conceito de conexão entre os modais ferroviário e rodoviário, assim como acessos às vias no entorno do terminal. Prevê a instalação de edificações fechadas, dotadas de corredores e escadas rolantes para a locomoção segura dos pedestres, com acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. “É um modelo padrão da CPTM, já existente no Itaim Paulista”, exemplificou o deputado federal Junji Abe. Além da maior funcionalidade e segurança na estação, o projeto da CPTM visa a revitalização do entorno de cada parada. No caso da Estudantes, pontuou Junji, a proposta inclui a implantação de uma praça no estacionamento de veículos, situado ao lado do Terminal Rodoviário. “É um meio de valorizar as áreas contíguas, evitando a depreciação de patrimônio público que afeta todos os equipamentos subutilizados por não atenderem às necessidades da população”, analisou Junji, referindo-se à revitalização do entorno dos terminais ferroviários que inclui até um centro de compras, como o pretendido para a estação da Sacadura Cabral. Ele observou que o modelo já é comum na Europa e em países do continente asiático, “mas chega com atraso ao Brasil por conta da lamentável falta de investimentos públicos” no sistema ferroviário. A conexão funcional e segura entre os terminais rodoviários e ferroviários tem, na opinião de Junji, um fator positivo extra: facilitar a operacionalização do reivindicado “Bilhete Único” para as viagens de trem, metrô e ônibus. O deputado expressou os agradecimentos ao Estado pelos benefícios para Mogi e Região, apontando que, ao longo de suas duas gestões como prefeito (2001 a 2008), também contou com especial atenção do governo estadual. Como exemplo, citou os projetos dos dois viadutos, na Avenida Cavalheiro Nami Jafet e em Jundiapeba, elaborados pela CPTM como contribuição à Cidade. Extensão Alvo de sucessivas reivindicações da população, a extensão da Linha 11 - Coral da CPTM, que tem parada final na Estação Estudantes, até o Distrito de César de Souza, ficou fora dos assuntos discutidos na reunião com representantes da estatal. Organizado pelo prefeito Marco Bertaiolli, o encontro focou a remodelação das estações Estudantes e Sacadura Cabral. O prolongamento do serviço ferroviário até César, segundo o prefeito, voltará a ser reivindicado pela administração municipal após a chegada em definitivo do Expresso Leste até a estação Estudantes, a reforma das quatro estações de trem e a extinção das cancelas nas passagens de nível da Cidade. Também participaram da reunião na Prefeitura o vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira (PSDB), os secretários municipais João Francisco Chavedar, de Planejamento e Urbanismo, e Carlos Nakaharada, de Transportes; o presidente da Câmara Rubens Benedito Fernandes, o Bibo (PR), e os vereadores Carlos Evaristo (PSD), Expedito Ubiratan Tobias (PR), Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), Jean Lopes (PCdoB), Mauro Araújo (PMDB), Olimpio Tomiyama (PSC), Osvaldo Ferreira dos Santos (PP) e Protássio Nogueira (PSD).

Mais informações: Mel Tominaga Jornalista – MTB 21.286 Tels: (11) 9266-7924 e (11) 4721-2001 E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com