"Conjunto de medidas não acabou", diz Paulo Teixeira sobre ações do governo para conter a alta nos preços dos alimentos
"A inflação corrói a renda, então vamos fazer sempre um combate sem trégua ao aumento de preços para que cheguem preços adequados à mesa do povo", disse
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Paulo Emilio
247 - O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo federal ainda não esgotou as iniciativas para conter a alta dos preços dos alimentos. Em entrevista à CNN Brasil, Teixeira destacou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no combate à inflação, alertando que medidas mais rígidas podem ser adotadas caso as ações já implementadas não surtam efeito.
“O conjunto de medidas não acabou. O presidente Lula, ele é um dirigente político, mas ele vem da liderança sindical e sempre defendeu o salário dos trabalhadores. Ele sabe que a inflação corrói a renda, então nós vamos fazer sempre um combate sem trégua ao aumento de preços para que cheguem preços adequados à mesa do povo brasileiro”, declarou o ministro.
No último dia 6 de março, o governo federal anunciou um pacote de medidas para frear a escalada dos preços. Entre as ações, está a redução a zero da alíquota de importação de produtos essenciais, como carne, café, açúcar e milho.
Durante cerimônia do programa Terra da Gente, realizada na sexta-feira (7) em Campo do Meio (MG), Lula reforçou a necessidade de garantir alimentos acessíveis à população e avisou que, caso as medidas atuais não sejam suficientes, “tomará uma atitude mais drástica” para segurar os preços.
Além da isenção de tarifas de importação, Paulo Teixeira ressaltou que os estados precisam colaborar na redução dos preços dos alimentos e defendeu a isenção de impostos sobre produtos da cesta básica.
“Vamos ter estoque, flexibilizamos a legislação sanitária e, em terceiro lugar, pedimos aos governadores para tirar impostos da cesta básica. Isso é fundamental para diminuir o preço dos alimentos”, afirmou o ministro.
Na semana passada, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), detalhou os produtos que terão a tarifa zerada:
Carne: antes tributada em 10,8%
Café: 9%
Açúcar: 14%
Milho: 7,2%
Óleo de girassol: 9%
Azeite de oliva: 9%
Sardinha: 32%
Biscoitos: 16,2%
Massas alimentícias: 14,4%
Além da isenção tarifária, o governo pretende direcionar o novo Plano Safra para o financiamento de produtos da cesta básica, reforçar os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e acelerar a implementação do sistema sanitário municipalizado.
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