O Nome de Wassef aparece em recibo de recompra de Rolex entregue ao TCU
Do UOL, em São Paulo
14/08/2023 13h28
Atualizada em14/08/2023 14h06

O nome de Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aparece no recibo de recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos.
O que aconteceu:
A Polícia Federal acredita que o recibo é uma "prova contundente" contra Wassef. A informação foi divulgada pelo colunista Valdo Cruz, da Globo, e confirmada pelo UOL.
A investigação aponta que o advogado foi escalado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para uma "operação resgate" de um kit de joias em ouro branco.
Wassef teria retornado com o Rolex ao Brasil em 29 de março. Em 2 de abril, o relógio foi entregue a Mauro Cid. Para os investigadores, o esquema de venda das joias tinha como objetivo o "enriquecimento ilícito do ex-presidente Jair Bolsonaro".
Identificou-se, em acréscimo, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-Presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores.
Trecho do relatório da PF enviado ao Supremo
Antes da divulgação do recibo, Wassef negou qualquer participação na venda da joia. O UOL entrou novamente em contato com Frederick Wassef. A matéria será atualizado caso haja manifestação.
Rolex vendido por Cid tem recibo de recompra em nome de Wassef. PF vê ‘prova contundente’ contra advogado e Bolsonaro
Investigadores querem descobrir de quem era o dinheiro utilizado para recomprar o item

247 - O nome de Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro (PL), aparece no recibo de recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos, que inicialmente foi um presente recebido por membros do governo Bolsonaro durante viagem internacional. Acredita-se que o objeto foi ilegalmente vendido no exterior. O recibo, segundo agentes da Polícia Federal, é uma "prova contundente" contra Wassef, informa Valdo Cruz, do g1.
Diante da evolução da investigação sobre a venda de joias adquiridas em viagens oficiais, Wassef emitiu um comunicado alegando ser vítima de um julgamento injusto e assegurou que não participou de qualquer operação desse tipo.
Entretanto, no contexto atual, Wassef é alvo de investigação não pela venda, mas sim pela recompra do Rolex. A Polícia Federal pretende convocar Wassef para prestar depoimento e conduzir uma análise sobre a origem do dinheiro utilizado na recompra. Além disso, a PF quer saber como foi feito o pagamento, se em espécie ou por meio de transferência bancária.
A Polícia Federal contará nesse processo com a cooperação das autoridades dos Estados Unidos, onde o relógio foi vendido. A ajuda deverá facilitar a obtenção de informações relacionadas ao valor da venda e da recompra.
Wassef foi designado para realizar a recompra do Rolex nos Estados Unidos após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que o presente fosse restituído ao erário público, já que o item não constituía um bem de natureza estritamente pessoal e não poderia ter sido incorporado ao patrimônio privado de Bolsonaro.
Embora a equipe de Bolsonaro afirmasse que o relógio estava no Brasil e seria devolvido à União, havia uma operação nos bastidores para recuperar o relógio que havia sido vendido. Após o item ter sido recuperado e entregue ao TCU, a 'operação' foi motivo de celebração por parte da equipe bolsonarista.
https://www.brasil247.com/brasil/rolex-vendido-por-cid-tem-recibo-de-recompra-em-nome-de-wassef-pf-ve-prova-contundente-contra-advogado-e-bolsonaro