Ato na USP exige punição aos golpistas: "não haverá anistia"


Evento reuniu comunidade do Direito na sede da universidade em resposta à tentativa de golpe em Brasília

www.brasil247.com - Ato pela democracia lotou o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP)
Ato pela democracia lotou o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) (Foto: Igor Carvalho)

Igor Carvalho, do Brasil de Fato - O ato pela democracia, que lotou o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), nesta segunda-feira (9), foi interrompido diversas vezes pela força dos gritos que podiam "sem anistia".

O ato público foi aberto pelo reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, que enfatizou que "não há e nem haverá anistia" aos golpistas que depredaram as sedes dos três Poderes, no último domingo (8), em Brasília.

"Venho aqui para reforçar que a democracia não cai do céu, é resultado da nossa luta cotidiana. Foi por isso que marcamos esse ato aqui, estamos neste lugar para defender o Estado Democrático de Direito e rechaçar os atos de ontem em Brasília, que cobriram nossa pátria de vergonha. Todos os envolvidos, diretamente ou indiretamente, devem ser investigados e punidos no rigor da lei", pediu Júnior.

O pedido por punição foi repetido em todos os discursos, inclusive do Procurador Geral de Justiça, Mario Sarrubbo, que representou o Ministério Público do Estado (MPE) no encontro.

"É ruim que 30 anos depois ainda tenhamos que discutir democracia, algo que tivemos que conquistar. Mas vejam, a maioria, a imensa maioria do nosso povo não concorda com o que vimos ontem. Para o MP-SP, eles são organizações criminosos que tentaram dar um golpe de Estado. Nosso compromisso é com a punição desses criminosos", afirmou o procurador.

Presidente da Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP), Patrícia Vanzolini pediu que "as coisas sejam chamadas pelos seus nomes, neste caso é crime e é golpe".

"Durante muito tempo, aliás, tempo longo demais, algumas pessoas achavam que a palavra 'golpe' era forte demais. Para nós, sempre foi apropriada. Se havia alguma suspeita que o Supremo estava indo longe demais. Mas, as medidas sempre foram necessárias, pois era com isso que estávamos lidando. Com erros e acertos, o Supremo tem sido o guardião da nossa liberdade democrática", encerrou. 

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