Catar admite morte de cerca de 500 trabalhadores durante as obras da Copa


O secretário do Comitê da Copa do Mundo do Catar calcula três mortes relacionadas a trabalho nos estádios, 37 não relacionadas a trabalho, e pelo menos 400 nas construções

Copa 2022: Catar enfrenta denúncias de corrupção e trabalho escravo
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247 - Em entrevista à emissora britânica Talk TV, o secretário do Comitê da Copa do Mundo do Catar,Hassan Al-Thawadi, admitiu - pela primeira vez - que entre 400 e 500 trabalhadores imigrantes morreram durante as obras realizadas no Catar para o Mundial. Os números são drasticamente superiores aos que vinham sendo divulgados pelo país-sede até o momento - antes em torno de 40 pessoas. As informações são da CNN.

Questionado sobre o número verdadeiro de mortes de trabalhadores como resultado do trabalho realizado no torneio, Al-Thawadi disse que “não tenho o número exato, isso é algo que tem sido discutido. Uma morte é muitas mortes, pura e simplesmente”.

Na entrevista, Al-Thawadi disse que houve três mortes relacionadas a trabalho nas construções - especificamente - dos estádios do Catar, além de outras 37 no mesmo setor, mas que foram "não relacionadas a trabalho".


Além das mortes durante a construção dos estádios, obras de novos hotéis, pontes e infra-estrutura também vitimaram  trabalhadores, chegando em torno de 400 a 500 pessoas.

Al-Thawadi também foi questionado se o número de mortos não foi um preço muito alto a pagar:  

“Eu diria que uma morte são pessoas demais. Muito simples. Acho que todos os anos as normas de saúde e segurança estão evoluindo, pelo menos sob nossa vista”, respondeu.

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