Sucessão de Bolsonaro está virando uma bateção de carteiras

 

As vítimas: Simone Tebet, João Doria, Eduardo Leite e Sérgio Moro.


O MDB é um partido traumatizado. E tem razão para ser. Com candidato próprio, só disputou 3 das 7 eleições presidenciais desde que a democracia foi restabelecida no país com o fim da ditadura militar de 1964. E os resultados foram péssimos. 

Na primeira das três vezes, em 1989, o candidato do MDB, o deputado Ulysses Guimarães, ex-presidente da Câmara, ex-presidente da Assembleia Nacional Constituinte, ficou em 7º lugar no primeiro turno, com míseros 4,73% do total de votos.

Em 1994, Orestes Quércia (MDB), ex-governador de São Paulo, ficou em 4º lugar com 4,38% dos votos, atrás do professor de português Enéas Carneiro (PRONA). Com tempo escasso de televisão, Carneiro repetia o bordão: “Meu nome é Enéas”

.Nas eleições de 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, o MDB não teve candidato. Teve a vice, Michel Temer, em 2010 e 2014, quando Dilma Rousseff (PT) se elegeu e se reelegeu presidente. Voltou a ter em 2018, e Henrique Meirelles só atraiu 1,2% dos votos. 

Este ano, o MDB pôs na mesa das negociações o nome da senadora Simone Tebet (MS) para o papel de candidata nem Lula, nem Bolsonaro à presidência da República. 

Mas pelo que se viu ontem à noite em Brasília, são ralas as chances de Tebet ter vida longa.

O MDB do Nordeste e de parte do Norte está praticamente fechado com Lula, e foi o que ficou demonstrado durante o jantar que reuniu Lula, senadores e governadores do partido na mansão do Lago Sul do ex-senador Eunício Oliveira (CE). 

Mesa farta.

Antes do jantar, Lula reuniu-se com o ex-presidente José Sarney (MDB-MA), que o recebeu em casa junto com a filha Roseana, candidata a deputada federal. 

No Maranhão, o clã Sarney entendeu-se com Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado. 

“Se você somar quem tem 1% com quem tem 2%, não vai alterar a fotografia das pesquisas. É somar nada com pouca coisa”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL) a propósito do sonho de Tebet de virar candidata da natimorta terceira via.

MDB, PSDB, UNIÃO BRASIL e CIDADANIA pretendem lançar o nome da terceira via no próximo dia 18 de maio.

 João Doria, candidato do PSDB, tem 2% nas pesquisas, Tebet 1% ou 2%, e Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, 1%.

Leite é do PSDB, foi derrotado por Doria nas eleições primárias do partido, mas diz que “topa o negócio” de substituí-lo.

 Uma cabeça coroada do MDB, que não é nordestina e gosta de Tebet, comentou com este blog: “Estão batendo a carteira de Simone”.

Quis dizer: enganam a senadora com a conversa de que sua candidatura a presidente poderá de fato emplacar. A carteira de Doria já foi batida pelo PSDB, embora ele se recuse a admitir isso. Metade do UNIÃO BRASIL não quer ter candidato.

Bateram também a carteira do ex-juiz Sérgio Moro quando ele trocou o PODEMOS pelo UNIÃO BRASIL. Moro acreditou que fizera uma coisa boa porque o PODEMOS é um partido pequeno e o UNIÃO BRASIL é grande e tem muito dinheiro para gastar.

Em sua nova casa, negaram a Moro o dinheiro prometido e ainda tomaram seus votos, transferindo-os para Bolsonaro

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/sucessao-de-bolsonaro-esta-virando-uma-batecao-de-carteiras

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