Mogi das Cruzes - Nos oito primeiros meses de 2019, Mogi fecha 50% dos postos de trabalho criados em 2018

De janeiro a agosto deste ano, Mogi das Cruzes fechou exatamente 50% dos postos de trabalho criados em 2018.

No ano passado o saldo de vagas com carteira assinada abertas e fechadas ficou positivo em 1,8 mil durante os 12 meses, enquanto o acumulado está negativo em 943, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e desempregados (Caged).

Nos oito primeiros meses do ano, a cidade fechou apenas fevereiro, julho e agosto com saldo positivo, e os demais negativos.
Desempenho de Mogi das Cruzes por mês entre janeiro e agosto de 2019
Resultado é saldo de admissões e demissões
-419-419128128-154-154-146-146-393-393-297-29762621411412019JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgosto-500-400-300-200-1000100200

Janeiro
 2019: -419
Fonte: Caged 
Ainda assim, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Clodoaldo de Moraes, avalia que o cenário é de crise no país e que Mogi das Cruzes tem feito a lição de casa, ao criar incentivos fiscais para as empresas se instalarem na cidade ou para aquelas que desejam ampliar.
Os benefícios são a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a redução do Imposto Sobre Serviço (ISS) e do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) de construção.
O período de isenção ou redução dos impostos é calculado de acordo com o investimento da empresa e a quantidade de vagas de emprego geradas.
"Essa isenção tem incentivado startups de São Paulo a virem para cá, mas também grandes nomes a ampliarem as plantas aqui na cidade. Até uma rede de supermercado que nasceu e cresceu aqui já divulgou a construção de uma loja na Vila Moraes, às margens da rodovia Mogi-Bertioga. Todos devem ficar prontos no ano que vem, então a gente já espera uma melhora para o cenário em 2020", detalhou.
O saldo negativo de Mogi nos oito primeiros meses é reflexo, sobretudo, do desempenho ruim do comércio e do setor de serviços.
Saldo de Mogi das Cruzes por setor pesquisado pelo Caged
-30-30-103-103-24-24304304-471-471-605-6053232-46-46Extrativa MineralIndústria de TransformaçãoSer. Indus. de Utilidade PúblicaConstrução CivilComércioServiçosAdministração PúblicaAgropecuária0-750-500-250250500

Ser. Indus. de Utilidade Pública
-24
Fonte: Caged
Para o secretário, a instabilidade na economia também é a explicação para o fechamento de postos de trabalho no comércio e no setor de serviços. "Com o comércio vendendo menos, as empresas fazem corte de funcionários. Consequentemente, o setor de serviços deixa de receber novos clientes e também precisa demitir", disse.

Moraes divulgou ainda que está em "constante conversa" com os comerciantes, que reivindicam a flexibilização da lei Mogi+Viva, que regulamentou e restringiu alguns tipos de publicidade e propaganda na cidade.
"A ideia não é acabar com a lei, é dar uma flexibilidade em algumas situações, como colocar uma propaganda na vitrine, poder aumentar a propaganda visual, esses seriam os pontos principais. A gente está pleiteando uma nova reunião para formalizar a proposta e discutir o que pode ser feito", destacou.

Microempreendedor

Uma alternativa para o desemprego diante das demissões que acompanham as empresas desde o início da crise político-econômica no país é a atividade de microempreendedor.
"A gente percebe que muita gente vai para a informalidade e logo vem se cadastrar como microempreendedor. A expectativa é que esse número aumente, porque o Banco do Povo ampliou as linhas de crédito, o que motiva muita gente a empreender", detalha.
Por fim, o secretário destacou a criação da Sala do Empreendedor, que permite a abertura de uma empresa em até 24 horas. 
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/09/27/nos-oito-primeiros-meses-de-2019-mogi-fecha-50percent-dos-postos-de-trabalho-criados-em-2018.ghtml

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