Condemat quer criar Plano de Resíduos Sólidos regional para melhorar destinação do lixo no Alto Tietê

O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) está buscando recursos para a criação de um estudo que trará alternativas para a destinação dos resíduos sólidos.
A intenção é que o projeto possa atender as especificidades de cada cidade da região e de Guarulhos também.
O Plano de Resíduos irá traçar um caminho, desde a geração do lixo, até a destinação e logística do serviço. 

“A ideia é construir um plano regional que consiga dar uma solução personalizada. O Plano dá alternativas do que fazer, por exemplo, com os resíduos da construção civil, do lixo domiciliar e hospitalar”, detalha o coordenador da câmara técnica de gestão ambiental do Condemat, Daniel Lima.
Apesar das grandes expectativas com o plano, os estudos ainda não começaram e dependem de recursos do governo estadual.
G1 questionou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de como está a liberação de verbas para o Plano, porém, a pasta respondeu apenas que "apoia com informações técnicas o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) na elaboração do Plano Regional de Resíduos Sólidos, por meio de Termo de Cooperação Técnica."
Até o momento não há uma previsão de quando o estudo será iniciado. Em um segundo momento, quando houver verba, será preciso ainda fazer uma licitação para definir a empresa que irá seguir com o estudo.

Mesmo assim, o Condemat afirma que já conseguiu implantar reciclagem em Guararema e Salesópolis, além de melhorar a coleta dos recicláveis em Mogi das Cruzes.
"Temos que pensar regionalmente para as futuras gerações. Isso inclui vários fatores, como o transporte de resíduo. Outro exemplo é o descarte de lâmpada. Pela política nacional de resíduos sólidos, o produtor tem que ter logística reversa. Ou seja, dar destinação do que ele produziu. Demos destinação a lata, plástico, etc. Há dificuldade na questão das lâmpadas. As prefeituras assumem um ônus que é das empresas. Hoje tem posto de descarte em alguns supermercados em Suzano, Biritiba Mirim e Guararema, por exemplo, com ação do Condemat”, analisa Daniel.
A expectativa é que os apontamentos do Plano sejam válidos para 30 anos, mas vai prever uma atualização a cada cinco anos. 

"É preciso criar uma política viável e sustentável para cada cidade. Por isso, o plano não pode dar uma alternativa, mas sim apresentar um leque de opções para as cidades aderirem conforme sua realidade. Cada cidade tem um perfil e uma arrecadação diferente. Cada cidade tem um fator sanitário, logístico e realidade diferentes."
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano

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