Vera Magalhães se curva ao discurso antológico de Lula na ONU

 

""Que belíssimo discurso de Lula. Em tom soberano e conectado com as urgências atuais", definiu a jornalista


Vera Magalhães e Lula
Vera Magalhães e Lula (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert/PR)

247 - A jornalista Vera Magalhães, que apoiou a Lava Jato, o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e que foi - e ainda é - uma das vozes do antipetismo na imprensa corporativa, se rendeu nesta terça-feira (19) ao “belíssimo” discurso do presidente Lula (PT) na abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). >>> "Neoliberalismo agravou a desigualdade e, em meio a seus escombros, surgem aventureiros de extrema direita", afirma Lula na ONU


"Que belíssimo discurso de Lula na abertura da Assembleia Geral da ONU. Tratando dos pontos importantes, em tom soberano e conectado com as urgências atuais", elogiou. >>> Leia a íntegra do discurso antológico de Lula na ONU

O presidente falou sobre diversos temas, criticou o neoliberalismo, exaltou o BRICS e saiu em defesa do meio ambiente e da democracia. >>> Lula fala pelo Sul Global na ONU e diz que países emergentes não querem repetir modelo poluente de desenvolvimento

https://www.brasil247.com/midia/vera-magalhaes-se-curva-ao-discurso-antologico-de-lula-na-onu 

(19/09/2023): Um quadro para uma análise aprofundada e o contexto dos principais fatos políticos do dia com Vera Magalhães.

Os discursos de Lula e Joe Biden nesta terça-feira (19), na Assembleia-Geral da ONU apresentaram similaridades quanto a reformas, mas quantas essas interseções, de fato, existem na prática? Para a comentarista Vera Magalhães, são bem menos do que pode parecer. Na fala de abertura do evento – tradicionalmente ocupada pelo presidente brasileiro, Lula trouxe à tona, como relembra a jornalista, a necessidade de reformar instituições multilaterais de governança para ‘dar conta de um mundo transformado, que não é mais o da Guerra Fria, que tem novos atores e que tem, nos países emergentes, em desenvolvimento, nações que querem ser ouvidas, querem ser representadas nesses organismos’. Na teoria, essa vontade de mudança é compartilhada pelo presidente dos Estados Unidos. Só que, para a comentarista, os objetivos nesse sentido entre Brasil e Estados Unidos são distintos: ‘Me parece que, sim, retoricamente eles [Lula e Biden] se aproximam, mas estão a milhas e quilômetros de distância em relação a como fazer essa reforma dessas instituições.’ ‘Os Estados Unidos, a gente bem sabe, só tiram proveito da forma como essa divisão de poder é feita hoje em dia’, enfatiza Vera. ‘Ele, a China, a Rússia, essas grandes potências, não têm interesse nem em reformar os organismos de financiamento, como o FMI e o Banco Mundial, nem mesmo o Conselho de Segurança. Então, acho que, no caso do Biden, é mais uma retórica para inglês, russo e chinês verem do que uma coisa efetiva.’ Um exemplo de reforma defendido pelo Brasil é a entrada de novos membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU. Atualmente, as cadeiras permanentes são apenas cinco: Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia – todos com poder de veto. E é justamente nesse ponto que a entrada de novos integrantes esbarraria. ‘Potências que têm direito ao veto e que emperram qualquer decisão fazem com que o Conselho de Segurança da ONU esteja hoje paralisado. Eles vão abrir mão desse veto ao admitir novos integrantes, ao abrir pra outros países de fora dos países desenvolvidos a chance de opinar a esse respeito? E eles deveriam ter de fato a chance de opinar? Afinal, a paz mundial é um conceito para além das músicas, algo que interessa a todos, mas, se algumas nações mantêm o poder de veto, isso se torna inócuo, algo pouco relevante.’ Segundo Vera, as interseções e os acordos entre Brasil e Estados Unidos têm mais espaço para acontecer no âmbito ambiental. ‘Acho que a gente pode ter um ganho efetivo, objetivo: fazer ele [Biden] por a mão no bolso e por dinheiro na Amazônia e nos demais biomas.


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