De 'nunca vi' a 'paguei com dinheiro': o que Wassef já disse sobre o Rolex
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Em nota, domingo (13), Wassef disse: "Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda".
Ainda no domingo, o blog conversou com Wassef após a divulgação da nota. Wassef não é acusado de vender nada mas, sim, comprar o Rolex.
O blog perguntou ao advogado a respeito do relógio. Ele disse: Nunca vi esse relógio. Nunca vi joia nenhuma".
Sobre o que teria ido fazer nos EUA, ele confirmou ao blog a viagem, mas disse que nem confirmava nem negava a compra do relógio e que falaria sobre a viagem em uma entrevista coletiva.
Foi o que ele fez ontem, terça-feira (15).
Na segunda-feira (14), o blog de Valdo Cruz revelou que o nome de Wassef estava no recibo de compra do Rolex.
Nesta terça-feira, Wassef assumiu ter comprado o Rolex. "Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo, quando comprei o relógio, era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse em entrevista coletiva.
Entenda o caso
Na última sexta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações de outros países. O esquema teria sido capitaneado por militares e advogados ligados ao então presidente Jair Bolsonaro.
Wassef estava entre os alvos da operação. Segundo a PF, ele e outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, além de amigos e aliados do presidente, são suspeitos de participar do esquema.
De acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Bolsonaro teria usado a estrutura do governo brasileiro para se beneficiar da venda de itens recebidos como presentes para a União.
Um dos itens que foi vendido ilegalmente é um relógio Rolex em ouro branco cravejado em diamantes e com mostrador em madrepérola branca, também cravejado em diamantes.
A suspeita dos investigadores é de que Wassef vendeu o item de luxo em 2022 e depois o recomprou em 2023 em uma operação dos suspeitos de envolvimento no esquema para recuperar a peça e outras joias.
O relógio foi vendido para uma loja chamada Precision Watches, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O item de luxo deixou o Brasil, segundo a investigação, em um avião da Força Aérea Brasileira junto com uma comitiva do ex-presidente.