Professora morre e 5 ficam feridos após ataque a facadas em escola de SP


Lorena Barros, Thaís Augusto, Giovanna Galvani e Herculano Barreto Filho

Do UOL, em São Paulo

27/03/2023 08h28


Uma professora morreu e outras cinco pessoas foram feridas após um ataque a facadas dentro de uma escola estadual na cidade de São Paulo na manhã de hoje. Um adolescente suspeito do crime foi apreendido.
O que aconteceu?

O ataque foi cometido por um aluno de 13 anos, estudante do 8º ano, que foi apreendido e encaminhado ao 34º DP; O caso foi registrado por volta das 7h20 na E.E. Thomazia Montoro, no bairro da Vila Sônia, zona oeste


No celular do adolescente, foram encontradas informações de ataques em outras escolas no país, o que indica que o crime foi planejado. Colegas afirmam que o aluno tinha participado de uma briga na semana passada com outros estudantes. Os pais do adolescente prestam depoimento na delegacia;


O estudante foi imobilizado por uma professora com um mata-leão antes da chegada da polícia, segundo testemunhas ouvidas pela PM;
A professora Elisabeth Tenreiro, 71, socorrida em estado grave, morreu, segundo a Secretaria Estadual de Educação; Elisabeth teria apartado uma briga entre o estudante apreendido e outro colega na semana passada;
São Paulo decretou luto de três dias pela morte da professora. A escola permanecerá fechada amanhã.Imagem: Arte/UOL

Foi um ato heroico de uma professora de educação física, professora Cíntia. Ela que imobilizou o agressor, que fez com que a arma branca fosse retirada dele. Se não fosse essa ação heroica da professora, certamente a tragédia teria sido muito maior.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo

Além da professora que morreu, outras três docentes e dois alunos se feriram e foram encaminhados a hospitais, sem risco de morte. Duas professoras foram identificadas como Rita de Cássia Reis e Ana Célia Rosa. A terceira foi identificada somente como "Jane".

Em nota, a Secretaria de Educação de São Paulo lamentou o ocorrido e informou que o secretário de Educação, Renato Feder, e o de Segurança, Guilherme Derrite, estão no local. Uma nova entrevista será dada às 15h. Nas redes sociais, o. governador Tarcísio de Freitas se manifestou.

O ataque foi registrado por câmeras de segurança da sala de aula. Nas imagens, é possível ver o momento em que a professora é esfaqueada nas costas e na cabeça, caindo no chão em seguida. Uma correria é registrada e outro estudante chega a ser foco do ataque, conseguindo fugir. https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/03/27/ataque-facadas-feridos-escola-sao-paulo.htm

Tarcísio lamenta ataque em escola de SP: “Não tenho palavras para expressar minha tristeza”


Governador de São Paulo manifestou pesar após a morte de uma professora esfaqueada por aluno em escola estadual na Zona Oeste da capital paulistaGovernador de São Paulo, Tarcisio Gomes de Freitas Adriano Machado/Reuters


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou pesar em publicação no Twitter após a morte de uma professora esfaqueada por aluno em uma escola estadual na Zona Oeste da capital paulista.

A vítima era Elisabete Tenreiro, de 71 anos. De acordo com o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, outras três professoras e dois alunos foram vítimas deste episódio.

“Não tenho palavras para expressar a minha tristeza”, disse o governador.

Entenda o caso

O caso aconteceu por volta das 07h20 na Escola Estadual Thomazia Montoro, uma escola de ensino fundamental II, no bairro Vila Sônia.

O autor do ataque é um jovem de 13 anos, que era estudante do 8º ano nesta escola, que foi detido pela polícia.

O secretário de Educação, Renato Feder, afirmou que o agressor era aluno da escola, pediu transferência, e retornou no dia 15 de março.

“Durante o período de permanência dele aqui, a diretora não teve aviso de nada que chamasse atenção. Escola não abre amanhã e a gente vai decretar luto de três dias no estado. Todas não estão em estado de risco. As professora Rita de Cássia Reis, Ana Célia Rosa e Jane, que foram atingidas, não estão em risco de vida”, declarou Feder.

As vítimas foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas e os hospitais Bandeirantes, Universitário e São Luís.

“A Polícia Militar foi acionada e a Civil investiga os fatos. O jovem de 13 anos de idade foi apreendido”, afirmou o governo de São Paulo, em nota.

(Publicado por Lucas Rocha, com informações de Carolina Figueiredo, Bruno Laforé, Jairo Nascimento, Lucas Schroeder e Manoela Carlucci)https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/tarcisio-lamenta-ataque-em-escola-de-sp-nao-tenho-palavras-para-expressar-minha-tristeza/


Escola alertou polícia sobre “comportamento suspeito” de aluno um mês antes do ataque | Metrópoles


Fabio Vieira/Metrópoles


Bruno Ribeiro
Renan Porto

27/03/2023 15:33, atualizado 27/03/2023 16:42

São Paulo – A direção da antiga escola do adolescente que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em um ataque a faca na manhã desta segunda-feira (27/3), em um colégio estadual na zona oeste de São Paulo, alertou a polícia sobre o “comportamento suspeito” do estudante um mês antes do atentado.

O Metrópoles teve acesso ao boletim de ocorrência de “ameaça” registrado no dia 28 de fevereiro pela Escola Estadual José Roberto Pacheco, de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no 1º Distrito Policial (DP) da cidade.

No documento, a escola afirma que o adolescente de 13 anos vinha “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

O estudante foi apreendido pela Polícia Militar e levado para o 34º DP (Vila Sônia). O delegado Marcus Vinícius Reis já colheu mais de 30 depoimentos nesta segunda-feira, incluindo os de alunos que testemunharam o ataque. Alguns deixaram a delegacia acompanhados dos pais (foto em destaque).

Fábio Vieira/Metrópoles

Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia MontoroFábio Vieira/Metrópoles

Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoasFábio Vieira/Metrópoles



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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataqueFábio Vieira/Metrópoles

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Testemunhas contam o terror que viveramFábio Vieira/Metrópoles



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Maria do Livramento, mãe de alunoFábio Vieira/Metrópoles



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Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, durante entrevista para a imprensaFábio Vieira/Metrópoles



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Renato Feder, secretário de Educação, durante entrevista para a imprensa Fábio Vieira/Metrópoles



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Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia MontoroFábio Vieira/Metrópoles
https://www.metropoles.com/sao-paulo/escola-alertou-policia-sobre-comportamento-suspeito-de-aluno-um-mes-antes-do-ataque


Conheça a simbologia e referências da máscara usada por menor que matou professora em SP


Adereço de criminoso de 13 anos de idade é igual ao usado no caso de Suzano, em 2019, e de Aracruz, em 2022, e inspirado nas vestimentas da Divisão Atomwaffen, grupo supremacista norte-americano
Imagens mostram momento do ataque à professora em escola de SP | LIVE CNN


O estudante de 13 anos que matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro nesta segunda-feira (27) em uma escola em São Paulo vestia uma máscara com estampa de caveira, semelhante à usada em outros ataques em escolas no histórico brasileiro.

A vestimenta de caveira foi utilizada em ao menos outros dois atentados recentes: nos atentados contra escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e em Suzano, na Grande São Paulo.

A máscara de caveira é marca registrada da Divisão Atomwaffen, grupo neonazista criado nos Estados Unidos, com simpatizantes espalhados por vários países, como a Alemanha.

Essa rede de extrema-direita costuma recrutar jovens, muitos deles usuários de games, o que teria contribuído para a difusão do adereço entre jogadores atraídos por discursos nazistas.

A plataforma de jogos online Steam, por exemplo, até alguns anos atrás, hospedava um grupo que também se chamava Atomwaffen Division, lembra o VOX-Pol, grupo acadêmico dedicados aos estudos sobre a extrema-direita.
Aracruz e Suzano

Em novembro do ano passado, um atirador invadiu duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, matando quatro pessoas e ferindo outras dez. Ele utilizava um uniforme militar e uma máscara de caveira.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, o atirador conseguiu entrar na primeira escola após quebrar o cadeado do portão. Ele abriu fogo na sala dos professores, deixando três professoras mortas e oito feridos.

O atirador prosseguiu para a segunda escola de carro, onde matou uma criança de 12 anos, e deixou duas pessoas feridas.

O governador Renato Casagrande disse, à época, que o autor dos ataques confessou ter cometido o crime em conversa com os pais e com a polícia. Ele não falou sobre sua motivação, mas disse ter planejado o ataque por cerca de dois anos.

Além disso, em 13 de março de 2019, dois ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil, de Suzano, no interior de São Paulo, invadiram a escola naquela manhã de quarta-feira e abriram fogo durante o horário de intervalo.

Entre as vestimentas dos atiradores estavam máscaras cobrindo o rosto com estampa de caveira.

O massacre deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e outros 11 feridos.

(Publicado por Leo Lopes)


https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/conheca-a-simbologia-e-referencias-da-mascara-usada-por-menor-que-matou-professora-em-sp/.


Aluno diz à polícia que planejava ataque havia 2 anos, inspirado em Massacre de Suzano | Metrópoles


Fabio Vieira/Metrópoles



Alfredo Henrique


27/03/2023 18:43, atualizado 27/03/2023 20:09

São Paulo – O estudante de 13 anos que matou uma professora esfaqueada e feriu outras quatro pessoas em um ataque a uma escola estadual de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27/3), afirmou em depoimento à polícia ter planejado o atentado por dois anos, inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu após ser atingida por dez golpes de faca pelo estudante. Outras três professores e um aluno ficaram feridos — três já tiveram alta e uma segue internada. O aluno foi contido por uma professora de Educação Física dentro da sala de aula e depois apreendido pela Polícia Militar e levado para a delegacia.

Em depoimento prestado na tarde desta segunda-feira, na presença dos pais, o estudante afirmou que sentia tristeza “há muitos anos” e que há aproximadamente dois anos ele passou a ter ideias “de se vingar” com o intuito de “acabar com toda a angústia que sentia.”.

Fábio Vieira/Metrópoles

Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia MontoroFábio Vieira/Metrópoles

Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoasFábio Vieira/Metrópoles


O adolescente disse que sofria bullying por causa de sua aparência física na Escola Estadual Thomázia Montoro, onde o crime ocorreu, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, e em outras unidades de ensino onde ele estudou anteriormente.

Relatou que era chamado de “rato de esgoto” e, por isso, brigou e xingou um colega de escola de “macaco” na semana passada. O estudante disse ainda que a professora assassinada por ele nesta segunda-feira foi quem apartou a briga na ocasião.

Ao ser questionado sobre o que seria a “vingança”, o aluno de 13 anos respondeu que sua “vontade era matar pessoas, aproximadamente umas duas, e depois se matar”, segundo trecho do depoimento ao qual o Metrópoles teve acesso.

No depoimento, ele contou ao delegado que se inspirou em outros massacres ocorridos em escolas, principalmente no Massacre de Suzano, em março de 2019, no qual dois estudantes mataram sete pessoas e depois se suicidaram. No ataque desta segunda ele usava uma máscara de caveira semelhante à utilizada pelos assassinos naquele atentado.
Arma de fogo

Ainda em seu depoimento, o aluno de 13 anos afirmou que “sua vontade” era realizar o atentado “com uma arma de fogo.” Ele diz que tentou adquirir uma pela internet durante os últimos dois anos, mas acrescentou que “seus planos sempre falharam.”

Como ele não conseguiu a arma de fogo, o aluno decidiu colocar seu plano em ação com uma faca.


“Há uma semana, [o adolescente] estava muito ansioso para agir logo e acabar o mais rápido [possível] com tudo. Ontem, domingo, pensou ‘de amanhã não passa'”, diz trecho do depoimento.

Ainda no domingo (26/3), afirma o estudante, ele pegou a maior faca encontrada na cozinha de casa e guardou-a junto com a máscara e roupa que seria usada no ataque.

Quando acordou, nesta segunda-feira, o jovem tirou e postou fotos segurando a faca usada no crime, em um perfil no qual ele usa o sobrenome de um dos envolvidos no Massacre de Suzano.

As imagens eram legendadas com a afirmação de que ele iria fazer “uma baguncinha na escola.”

Ele acrescentou ao delegado que ecolheu as vítimas aleatoriamente. “Apenas queria atingir a vários e se matar em seguida”, diz trecho do depoimento.
Suspensão

O adolescente apreendido disse ter sido suspenso da Escola Estadual José Roberto Pacheco, porque estava trocando videos sobre massacres em escolas com outro aluno.

O Metrópoles revelou que a direção da unidade de ensino alertou a polícia sobre o “comportamento suspeito” do estudante, um mês antes do atentado desta segunda-feira, por meio de boletim de ocorrência.

No documento, a escola afirma que o adolescente de 13 anos vinha “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

https://www.metropoles.com/sao-paulo/aluno-diz-a-policia-que-planejava-ataque-havia-2-anos-inspirado-em-massacre-de-suzano

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