Lula é aconselhado a terceirizar respostas às provocações de Bolsonaro

 

Josias de Souza - 

Levando-se a sério o penúltimo anúncio, Bolsonaro estará de volta ao Brasil na quinta-feira. 

A expectativa do Partido Liberal é a de que ele assuma, com três meses de atraso, o papel de líder da oposição.

Antevendo o que está por vir, auxiliares de Lula receiam que a raiva o transforme em refém das provocações do antecessor. O presidente foi aconselhado a ignorar Bolsonaro, terceirizando ao PT e aos líderes governistas no Congresso as respostas a eventuais insultos do rival.


Prevalece no staff político do governo a avaliação de que Lula não pode repetir o erro que cometeu com Sergio Moro. O ex-juiz perambulava pelos corredores do Congresso como um senador apagado. Convertido em alvo do PCC, ganhou 15 segundos de ribalta. Graças à verborragia de Lula, Moro prolongou sua estadia nas manchetes.

Para evitar a reincidência do tropeço, Lula precisaria tratar Bolsonaro como candidato à inelegibilidade, não como principal antagonista do governo. Daí o aconselhamento dos auxiliares para que o presidente se abstenha de produzir rompantes que sirvam de matéria-prima para o adversário.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/03/27/lula-e-aconselhado-a-terceirizar-respostas-as-provocacoes-de-bolsonaro.htm

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