Lula em MG: “O mundo do Bolsonaro é ele, seus filhos e suas mentiras”
Petista participou de caminhada em Ribeirão das Neves neste sábado. "Dia 30, o povo terá que escolher entre democracia e fascismo", falou
atualizado 22/10/2022 15:02
A poucos dias do 2º turno das maiores eleições em 90 anos da Justiça Eleitoral, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou sua campanha em Minas Gerais.
Em menos de dois dias, ele esteve nas cidades de Teófilo Otoni e Juiz de Fora e, neste sábado (22/10), realizou uma caminhada entre o bairro de Venda Nova, na capital, e Justinópolis, no distrito de Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A visita ao distrito que integra a sétima região mais populosa do estado, com cerca de 341.415 habitantes, faz parte da ofensiva do candidato às reiteradas idas do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Minas nas últimas semanas.
“No próximo dia 30 o povo vai ter que escolher entre o fascismo e a democracia”, disse Lula.
“A alta dos alimentos, o dinheiro acabou[…]. O mundo do Bolsonaro é ele, seus filhos e suas mentiras”.
Segundo o petista, é a primeira vez na história do país que um presidente estimula o armamento do povo, a violência e o uso de fake news.
“O Brasil não quer ‘guerra santa’. O país clama por paz”.
Ao lado da senadora Simone Tebet (MDB) e da deputada federal eleita Marina Silva (Rede), Lula busca manter a preferência em MG e conquistar os votos dos indecisos, já que com 48,43% dos votos válidos no estado, foi o primeiro colocado no 1° turno. Ele também aproveitou para fazer críticas ao governador mineiro, Romeu Zema (Novo). “No primeiro turno ele não declarou apoio a ninguém para ganhar votos dos dois lados. Após ganhar as eleições se declarou bolsonarista”.
O ex-presidente também se posicionou contra a medida do atual ministro da economia, Paulo Guedes, que pretende desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação.
“O ministro anunciou que quer mexer no salário mínimo. Há 4 anos não tem aumento real nem na merenda escolar, nem no salário mínimo. Queremos que o salário volte a ter poder real de compra”, pontuou.
Em seu discurso, Tebet se manifestou contra a violência às mulheres que, segundo ela, é estimulada no governo atual, citando o ataque feito pelo ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB-RJ), à ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia, e também ofensa recebida por Marina Silva, no dia anterior, em restaurante.
“Em legítima defesa das mulheres, das famílias, de nossas crianças, nós mulheres precisamos nos unir. O bolsonarismo não passará”, disse.
No próximo dia 30, cerca de 156,5 milhões de eleitores votarão para presidente da República em todos os 5.570 municípios do país e em 181 localidades no exterior.
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