O pesadelo que deveria assombrar os que defendem a democracia

Ricardo Noblat

26/06/2022

A nova jabuticaba brasileira: um golpe cantado em prosa e verso e com data marcada 

O Brasil já viveu a experiência de presidentes depostos por golpes militares e processos de impeachment, e de conspirações para não dar posse a presidentes legitimamente eleitos. 
Em 1930, derrotado nas eleições, Getúlio Vargas liderou o movimento que o levou ao poder. Em 1945, foi derrubado por um golpe. Eleito em 1950, matou-se em 1954 para não ser derrubado.

Os militares tentaram impedir que o vice João Goulart tomasse posse em 1961 uma vez que o presidente Jânio Quadros renunciara ao cargo. Não conseguiram. Então derrubaram Goulart em 1964. 
Estamos às portas de algo novo desde a redemocratização do país em 1985: um presidente derrotado pelo voto (Bolsonaro) que tudo fará para não dar posse ao seu sucessor (Lula).  
Se de fato perder, como tudo indica, Bolsonaro terá três meses pela frente para convulsionar o Brasil. E contará para isso com o apoio de militares da ativa e da reserva, policiais e milicianos.

O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral preparam-se para o ensaio do golpe previsto para o próximo 7 de setembro. Esquemas de segurança estão sendo montados.

Não basta. Desde já, a Justiça, o Congresso e as demais forças da sociedade que defendem a democracia deveriam preparar-se também para enfrentar os três meses infernais que virão. 
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