Suplicy pede desculpas em e-mail, mas Mercadante não aceita
Na última terça-feira, o vereador interrompeu o lançamento das diretrizes do programa de governo do PT e acusou o ex-ministro de ter "alguma coisa" contra ele
Na resposta endereçada ao ex-senador, Mercadante demonstrou estar contrariado com atitude de Suplicy.
No texto, o ex-ministro de Lula chamou de desrespeitosa e agressiva manifestação do vereador petista.
No episódio, Eduardo Suplicy reclamou de não ter sido convidado para aquela reunião nem de ter tido contemplada nas diretrizes, proposta de sua autoria, a renda básica e cidadania.
Segundo Aloizio Mercadante, a sugestão consta no documento.
“[Sua atitude] também trouxe duas acusações injustas, que precisam ser reparadas.
A primeira é de que a renda básica de cidadania não estaria contemplada nas diretrizes do programa de governo.
Não é verdade.
O tema está no item 20 do documento para desenvolvimento.
Bastaria você ter lido antes ou perguntado a qualquer membro da coordenação”, disse Mercadante no e-mail.
Mercadante também diz que houve injustiça em outra fala de Suplicy, que na ocasião, deu a entender boicote do ex-ministro ao seu nome.
A explicação de Mercadante no e-mail é de que a equipe do evento não convidou parlamentares para evitar tratamento diferenciado.
“Não foram poucas minhas manifestações públicas, ao longo da vida, de reconhecimento e de afeto para contigo, pessoa que sempre classifiquei como sincero, honesto, generoso, respeitoso e cortês”, seguiu.
A mensagem finaliza com entendimento de Mercadante de que o pedido de desculpas deveria se dar publicamente.
“Esse gesto de grandeza deveria ser dirigido a todos e todas que contribuíram com a construção do programa de governo, aos partidos, à nossa aguerrida e apaixonada militância e às nossas lideranças Lula e Alckmin”, finalizou.
Assista ao vídeo do momento em que Suplicy interrompeu o evento do PT: