Nível de atividade da indústria paulista avança 0,8% em fevereiro, diz Fiesp
O nível de atividade da indústria da transformação paulista avançou 0,8% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, já com o ajuste sazonal.
O dado, divulgado hoje (2), faz parte do Indicador de Nível de Atividade (INA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Também variou positivamente a série sem ajuste sazonal, com alta de 1,3% em fevereiro. No acumulado do ano, a variação chega a 6,5%.
O resultado foi impulsionado pela variável de vendas reais, com alta de 1,4%, considerando o ajuste sazonal.
Em seguida, está o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), que teve variação positiva de 0,7 ponto percentual (p.p.), e a variável de horas trabalhadas na produção (0,6%).
Na comparação anual sem tratamento sazonal, o destaque positivo é a variável de vendas reais, com alta de 26,1%.
Teve retração, por outro lado, o componente de salário real médio (0,8%).
Em relação aos setores pesquisados, a Fiesp destaca o de artigos de borracha e plástico, que teve queda de 1% em fevereiro, já com ajuste sazonal.
A variação negativa foi influenciada pelo recuo das horas trabalhadas na produção (-1,3%), o total de vendas reais (-1,1%) e o Nuci (-0,5 p.p.).
O setor de produtos farmacêuticos, por sua vez, subiu 1,5% no mês.
O maior avanço ocorreu na variável de horas trabalhadas (4,7%). O total de vendas reais e o Nuci, por sua vez, recuaram -5,3% e 1,2 p.p., respectivamente.
Expectativa
A Fiesp divulgou também a pesquisa Sensor de março que analisa a expectativa do setor em relação à atividade industrial para o mês.
O indicador ficou relativamente estável ao subir 0,2 ponto, passando de 52 em fevereiro para 52,2 em março. Os resultados acima de 50 pontos indicam expectativa de aumento da atividade.
Dos quatro componentes que compõem o Sensor, dois tiveram variações positivas.
A variável de vendas subiu 1,5 ponto, alcançando a marca de 52,7 pontos em março.
Houve avanço também no indicador emprego, que passou de 51,7 pontos para 52,1 pontos. Os resultados acima de 50 pontos indicam expectativa de contratações.
Houve recuo de 3,3 pontos no indicador de estoques, que em fevereiro marcava 50,7 pontos e agora está em 47,4.
Isso indica que os estoques estão acima do nível desejado.
O componente que avalia as condições de mercado passou de 56,5 pontos em fevereiro para 55,9 em março.
Esta variável, no entanto, por estar acima de 50 pontos, indica sensação de melhora nas condições de mercado.
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira