Em grande derrota para Milei, Congresso da Argentina rejeita pacote neoliberal

Antes da derrota, o ultradireitista argentino foi a Israel simular choro no Muro das Lamentações


Javier Milei no Muro das Lamentações
Javier Milei no Muro das Lamentações (Foto: Ministério de Relações Exteriores da Argentina)

247 - O presidente de ultradireita da Argentina, Javier Milei, enfrentou uma derrota de proporções significativas nesta terça-feira (6). Seu projeto de reformas neoliberais, conhecido como "Lei Ônibus", composto por mais de 200 artigos, foi rejeitado pela Câmara dos Deputados.

A sessão legislativa de hoje culminou na decisão de retornar o projeto à comissão para análises adicionais. A medida foi adotada após constatar-se que o oficialismo não contava com os votos necessários para aprovar aspectos fundamentais da legislação proposta.


Entre os pontos de maior controvérsia estavam as propostas de privatizações de empresas públicas, alterações na legislação de dívida pública e o aumento das penalidades para restringir protestos sociais. Esses temas encontraram resistência entre os membros da Câmara dos Deputados, levando à impossibilidade de avançar com o projeto conforme inicialmente planejado.

Com a decisão de devolver o projeto à comissão, o extenso documento de 646 artigos terá que ser reexaminado em sua totalidade. Este revés político representa não apenas uma derrota para Milei e sua agenda neoliberal, mas também um acontecimento inédito na história da Câmara dos Deputados argentina, sendo a primeira vez que um texto aprovado em geral retorna ao estágio anterior de análise.


O presidente do bloco Libertad Avanza, Oscar Zago, foi o responsável por formular a moção de devolver o projeto à comissão, uma decisão que foi prontamente acatada pelo presidente do corpo legislativo, Martín Menem, resultando no encerramento da sessão.

Apesar de ter conquistado a aprovação do projeto em geral na última sexta-feira, com 144 votos favoráveis, o oficialismo enfrentou dificuldades nesta terça-feira ao tentar avançar com os artigos mais controversos da reforma administrativa do Estado.


Vale apontar que, antes da derrota de hoje, Milei esteve no Muro das Lamentações em Israel e simulou uma cena choro. O momento repercutiu na imprensa mundial e nas redes sociais, onde internautas criticaram a performance do político.

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