Moraes mantém investigação contra Luciano Hang por grupo golpista de WhatsApp
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento da investigação contra empresários bolsonaristas que trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp defendendo um golpe caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhasse as eleições do ano passado. O arquivamento se deu por ausência de justa causa. Com informações da CNN
Apesar Da medida o magistrado manteve as apurações a respeito de Meyer Nigri, da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan.
Sobre o primeiro, o argumento é de que ainda há razões para continuar as diligências da Polícia Federal, já que o relatório da corporação encontrou existência de vínculo entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente no que se refere à disseminação de fake news.
Já no que se refere a Luciano Hang, a PF enxerga a necessidade de analisar o material apreendido no celular do empresário.
Os envolvidos nas apurações arquivadas são: José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Bandeira (Coco Bambu).
Jair Bolsonaro e Luciano Hang – ReproduçãoQuando se trata dos outros empresários, porém, foi considerado que eles não excederam os limites de manifestação interna do grupo do WhatsApp, sem exteriorização que os tornasse formadores de opinião de outras pessoas.
Alberto Toron, advogado de Nigri, disse à Folha de S.Paulo que ficou surpreso porque o próprio procurador-geral da República já havia pedido o fim das investigações por não identificar crime.
“O senhor Meyer Nigri quando foi ouvido deixou bastante claro que não tinha Facebook, Instagram ou nenhuma plataforma de disseminação de mensagens. Ele confessa, com todas as letras, que recebeu mensagens do presidente da República e passou por um ou outro grupo do qual integrava, sem anuir necessariamente com essas mensagens”, pontuou.
A decisão de Alexandre de Moraes contra o grupo de empresários bolsonaristas atendeu a um pedido da Polícia Federal, que só tinha como base uma reportagem sobre conversas com teor golpista.
Antes do ministro do STF autorizar as medidas de busca e apreensão, nenhuma outra diligência preliminar havia sido realizada.
As ações que ele solicitou tinham o objetivo de apurar e paralisar de forma imediata qualquer eventual tipo de financiamento em andamento de ações golpistas.
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