PGR pede que Anderson Torres continue preso e diz que ele não pretendia jogar fora a minuta do golpe
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Por Márcio Falcão e Letícia Carvalho, TV Globo e g1 — Brasília
27/02/2023
Na solicitação, a PGR afirmou que Torres tinha ciência dos riscos dos atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Afirmou também que ele não pretendia jogar fora a "minuta do golpe" (veja mais abaixo).
No início deste mês, a defesa de Torres tinha pedido para que o STF revogasse a prisão preventiva decretada contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes.
Moraes decretou a prisão em razão de indícios de omissão nos atos de vandalismo contra os Três Poderes.
Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal à época, mas estava nos Estados Unidos quando os prédios do Congresso, do Supremo e o Palácio do Planalto foram depredados.
"Ao sair do país, mesmo ciente de que os atos ocorreriam no dia 8 de janeiro, vislumbra-se que Anderson Gustavo Torres, deliberadamente, ausentou-se do comando e coordenação das estruturas organicamente supervisionadas pela pasta que titularizava, fator que surge como preponderante para os trágicos desdobramentos dos fatos em comento", completou a PGR.
A Procuradoria apontou também que as condutas de Torres foram "omissivas" e demonstraram "absoluta desorganização".
Segundo a PGR, o ex-ministro se "ausentou da responsabilidade que lhe competia, de fiscalizar o seu cumprimento e colocá-lo em prática, ao deixar o país".
Em depoimento à PF, o ex-ministro disse que não era de sua responsabilidade o planejamento operacional das ações para controle da manifestação e alegou ainda ter perdido seu celular nos Estados Unidos, onde passava férias.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/02/27/pgr-pede-ao-stf-para-manter-prisao-de-anderson-torres.ghtml