Para aumentar presença feminina, Lula planeja entregar pastas sociais para mulheres


Ideia é que um terço das pastas ministeriais fique sob o comando de mulheres. O petista tem manifestado preocupação com a pouca presença feminina na foto oficial da nova Esplanada dos Ministérios

Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília
Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília Adriano Machado/Reuters

Gustavo Uribe da CNN

Brasília

05/12/2022 às 08:05

Na tentativa de compor uma Esplanada dos Ministérios com maior presença feminina, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva considera nomear mulheres para as pastas sociais da futura gestão.

A ideia é chegar a um terço de mulheres na nova equipe ministerial, que deve ser composta por pelo menos 33 pastas. Em conversas reservadas, relatadas à CNN, Lula tem manifestado preocupação com a pouca presença feminina na foto oficial da nova Esplanada dos Ministérios.

A cobrança por maior número de mulheres, em comparação a gestões petistas passadas, tem sido feita, segundo aliados do presidente eleito, também pela futura primeira-dama Rosângela Silva, para a qual uma maior equidade de gênero seria um aceno importante neste momento.

A fotografia do gabinete de governo anunciado em 2021 pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, com a presença de diversidade de gênero e de raça, tem sido citada como um referencial por integrantes do gabinete de transição.

As pastas sociais para as quais a nova gestão considera nomes de mulheres são Desenvolvimento Social, Povos Originários, Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial.

Para Desenvolvimento Social, por exemplo, o petista tem preferência pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). Para Direitos Humanos, considera a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), enquanto que para Mulheres considera a ex-deputada federal Manuela d’Ávila, do PCdoB.

Para Igualdade Racial, são considerados os nomes da ex-ministra da pasta Nilma Gomes e da socióloga Vilma Reis. Para Povos Originários, a favorita é a deputada federal eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP).

Para chegar a um terço, aliados do presidente eleito defendem mulheres também na equipe econômica. O nome da economista Ana Carla Abrão tem ganhado força para o Planejamento, caso o economista Pérsio Árida continue a resistir em assumir o posto.

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