JN: Após 682 mil mortes, Bolsonaro diz que acertou na pandemia
Do UOL, em São Paulo
22/08/2022 21h35
Atualizada em 22/08/2022 22h07
O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha errado durante a pandemia de covid-19, apesar de o país ter registrado mais de 680 mil mortes provocadas pelo coronavírus. Ele também mentiu ao dizer que não imitou um paciente sem ar, apesar de ter imitado uma pessoa com insuficiência respiratória durante uma live em março de 2021.
As declarações foram feitas durante sabatina no Jornal Nacional hoje (22). Questionado sobre as falas que fez contra medidas como a vacinação e o distanciamento social, Bolsonaro afirmou que "só não se vacinou quem não quis" e voltou a defender o tratamento precoce. O candidato culpou a imprensa pelo avanço da doença no país.
"O grande erro disso tudo foi um trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, desestimulando os médicos a fazerem o tratamento precoce", afirmou. O tratamento precoce com uso de medicamentos como cloroquina não tem comprovação científica.
Questionado sobre a falta de oxigênio em Manaus, Bolsonaro negou o problema, que culminou na morte de pacientes. "Não é verdade isso", disse Bolsonaro.
Ele defendeu as ações que tomou durante a crise sanitária. "Fizemos a nossa parte, feita com muita seriedade essa questão. Agora não adotei o politicamente correto", afirmou.
"Lamento a morte. Não tem quem não perdeu um parente, um amigo, lamento as mortes, agora não poderia ter tratado a Covid da forma como começou a ser
tratada", disse o candidato.
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