Agricultores do Alto Tietê enfrentam prejuízos com o excesso de chuva. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), as perdas na produção chegam a 35%.
Em um sítio de 15 hectares em Mogi das Cruzes, é difícil ver alguma área plantada que esteja seca.
A terra virou barro e os canteiros estão encharcados.
A plantação é do agricultor Márcio da Rosa. No local, é difícil até de andar, de tanta água acumulada no solo.
Não será possível aproveitar nada dos canteiros de hortelã.
Não será possível aproveitar nada dos canteiros de hortelã.
A cebolinha ficou toda amarelada e a salsa também perdeu a qualidade.
O prejuízo se espalha por todas as culturas.
“Muita cebolinha, salsa, alface. Foi uma perda de mais de 70%. Passa de R$ 50 mil. Morre tudo. Espinafre, alface, coentro não aguentam”, disse o agricultor.
Os prejuízos causados pela chuva também provocaram aumento no valor das hortaliças e verduras.
“Muita cebolinha, salsa, alface. Foi uma perda de mais de 70%. Passa de R$ 50 mil. Morre tudo. Espinafre, alface, coentro não aguentam”, disse o agricultor.
Os prejuízos causados pela chuva também provocaram aumento no valor das hortaliças e verduras.
Há 20 dias, Márcio vendia 60 alfaces por R$ 60 reais.
Agora, a caixa já está custando R$ 120.
O aumento dos preços ajuda, mas não cobre todas as perdas, segundo o agricultor Iran de Jesus, que planta hortaliças há 35 anos em um sítio de 2,5 hectares.
Ele diz que perdeu metade da plantação de cebolinha, manjericão, alecrim, coentro e hortelã.
O aumento dos preços ajuda, mas não cobre todas as perdas, segundo o agricultor Iran de Jesus, que planta hortaliças há 35 anos em um sítio de 2,5 hectares.
Ele diz que perdeu metade da plantação de cebolinha, manjericão, alecrim, coentro e hortelã.
A couve ficou murcha e amarela e não é mais possível aproveitar, assim como o repolho.
As mercadorias avaliadas em R$ 20 mil abasteceriam os mercados da região.
As mercadorias avaliadas em R$ 20 mil abasteceriam os mercados da região.
Um dinheiro que o produtor vai demorar para recuperar.
Até colher de novo, será preciso esperar, pelo menos, três meses.
“Demora para secar o solo. E tem muita coisa. Tem que manejar a área, jogar cal, jogar plantio. Tem que passar o trator. Isso aqui só em abril. E rezar para não chover muito”.
A região de Mogi das Cruzes cultiva 30% das hortaliças do estado.
“Demora para secar o solo. E tem muita coisa. Tem que manejar a área, jogar cal, jogar plantio. Tem que passar o trator. Isso aqui só em abril. E rezar para não chover muito”.
A região de Mogi das Cruzes cultiva 30% das hortaliças do estado.
Fora do verão, são produzidas, em média, 25 mil toneladas de alimentos por dia.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2022/02/07/agricultores-do-alto-tiete-enfrentam-prejuizos-com-excesso-de-chuva.ghtml