Protesto de caminhoneiros causa desabastecimento em São Paulo
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As paralisações já causam desabastecimento nos supermercados, em especial nos itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário Fernando - Frazão/Agência Brasil |
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informa que as
paralisações já causam desabastecimento nos supermercados, em especial
nos itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de
abastecimento diário.
A entidade ressalta que também carnes e produtos
industrializados, que levam proteínas no processo de fabricação, também
estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento.
Em
nota, a diretoria da Apas faz um apelo para que as negociações entre
governo federal e caminhoneiros tenham resoluções imediatas para que a
"população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica".
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros
de São Paulo (SPUrbanuss) encaminhou hoje (23) uma correspondências à
Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Mobilidade e
Transportes, Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo,
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e SPTrans manifestando
preocupação com a possibilidade de o transporte por ônibus na cidade de
São Paulo ser afetado, a partir de amanhã (24) pela paralisação dos
caminhoneiros.
O sindicato patronal afirma que das 14 empresas
concessionária, oito estão com reservas de diesel suficientes para uma
operação parcial nesta quinta-feira (24). As outras seis empresas
informaram que o óleo diesel em estoque é suficiente para manter a
operação até esta sexta-feira, dia 25.
Além das empresas concessionárias, operam na cidade outras 12
empresas permissionárias. O sistema conta com quase 14 mil ônibus, que
rodam cerca de 4 milhões de quilômetros por dia, transportando
aproximadamente 6 milhões de passageiros, em 10 milhões de viagens
diárias. Mensalmente, são necessários cerca de 40 milhões de litros de
óleo diesel para abastecer os ônibus municipais.
A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp),
maior central de abastecimento de frutas, legumes, verduras, flores,
pescados e diversos do país, também demonstrou preocupação com os
reflexos da paralisação dos caminhoneiros, afirmando que já existe
reflexos na comercialização de produtos.
Em nota, a Ceagesp, informa que hoje (23) começaram os reflexos na
entrega de produtos de outros estados, como manga e mamão, provenientes
da Bahia e do Espírito Santo, o melão do Rio Grande do Norte, a melancia
de Goiás e a batata do Paraná.
O empresa ressalta que produtos
provenientes do interior paulista (verduras e legumes) ainda não
sofreram atrasos, advertindo que os que permitem estocagem (maçã, pera,
abóboras, coco verde, alho, cebola) podem ter desabastecimento no médio e
longo prazo.
A paralisação já provoca alta nos preços, como batata. "Da mesma
forma que a oferta apresenta problemas, a demanda também está
prejudicada. Compradores que carregam para outros estados, não estão
realizando negócios", ressalta o entreposto.
Por Da Agência Brasil
Edição: Valéria Aguiar
Por Da Agência Brasil
Edição: Valéria Aguiar