Jovem internada cheirou pimenta do tipo bode, que está entre as mais picantes

 Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, está hospitalizada na Santa Casa de Anápolis (GO) desde o último dia 18



Pimenta-bode (Capsicum chinense) tem ardência elevada, mais forte que as pimentas dedo-de-moça e jalapeño.
Pimenta-bode (Capsicum chinense) tem ardência elevada, mais forte que as pimentas dedo-de-moça e jalapeño. rodrigobark/ Getty Images
06/03/2023 às 16:34 | Atualizado 06/03/2023 às 16:35

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, respira com a ajuda de aparelhos após ter cheirado uma pimenta-bode (Capsicum chinense). A jovem está internada na Santa Casa de Anápolis (GO) desde o último dia 18.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a pimenta-bode é originária da região Norte do país, sendo encontrada também em abundância nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.

Ainda de acordo com o órgão, “a pimenta-bode é extremamente aromática e saborosa, características que lhe conferem destaque entre as pimentas picantes brasileiras”.

Sua picância pode atingir 200 mil unidades Scoville (que varia entre zero e dois milhões), o que a faz ser considerada uma pimenta com ardência elevada, mais forte que as pimentas dedo-de-moça e jalapeño, segundo a Embrapa.

Os frutos apresentam em média 1,5 centímetro de comprimento e 1,5 centímetro de largura.

Entenda o caso

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, está recebendo ventilação mecânica por alguns momentos para respirar, de acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (5) pelo Hospital Santa Casa de Anápolis, em Goiás.

A jovem está internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) desde 18 de Fevereiro, quando passou mal após cheirar uma pimenta. A suspeita dos médicos, é que ela tenha tido uma reação alérgica.

À CNN, o namorado de Thaís, Matheus Lopes de Oliveira, contou que os dois estavam em casa almoçando com a família quando a companheira teria cheirado uma pimenta-bode e começou a passar mal.

Segundo o relato, Thaís, que é asmática, teve falta de ar e precisou ser levada as pressas para o hospital.

“Eu vi quando ela passou a mão no pescoço e começou a coçar. Ela foi até o quarto e pegou a bombinha de asma, tomou um antialérgico e fomos correndo pro hospital, mas ela foi agonizando, já chegou praticamente sem pulso e precisou ser reanimada pelos médicos”, disse.

Desde sábado (4) a jovem está sem sedação, mas não apresenta resposta neurológica aos estímulos, e tem episódios de febre. Ela está em estado grave e necessita de cuidados intensivos desde o dia 23 de fevereiro, quando os médicos decidiram usar sedativo para proteção cerebral.

Na última terça-feira (28), Thaís apresentou melhora de quadro respiratório, foi iniciado o desmame de parâmetros ventilatórios e de medicações sedativas e de estabilização da pressão arterial. Após atualizações de exames, ela também apresentou melhora da parte infecciosa e de edema cerebral.

(Publicado por Lucas Schroeder)

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