Dino volta atrás e retira indicação de lavajatista para direção da PRF | Metrópoles🔴 Ao vivo 21/12 | Coletiva de imprensa - Flávio Dino

 O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, fala com a imprensa nesta quarta-feira (21/12), da sede do Gabinete de Transição no CCBB, em Brasília.

Júlia Portela
21/12/2022 17:05, atualizado 21/12/2022 17:10

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) voltou atrás em seu anúncio dessa terça-feira (20/12) e retirou a indicação de Edmar Moreira Camata para a diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O nome de Camata desagradou a gestão petista, que conhecia o policial por ser um apoiador da operação Lava Jato. 

A força-tarefa, encabeçada pelo então juiz Sergio Moro, investigou e condenou o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Nós tivemos uma polêmica nas últimas horas e o entendimento meu e da minha equipe foi que seria o mais adequado proceder essa substituição”, justificou Dino.

Lula fez um pedido ao convidar Flávio Dino para a Justiça
O futuro ministro ressaltou que sabia que Camata tem perfil lavajatista, mas que não considerou tal critério na escolha para a PRF. 

“Não se trata de um julgamento pretérito, mas à existência de condições políticas para liderar a equipe. Em face da polêmica, não reuniria condições para liderar a equipe”, ressaltou.

Posição política de Camata
Em uma publicação em suas redes sociais, em 2018, Camata escreveu:Ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada que condenou 220 empresários, servidores e políticos em várias instâncias. Tudo a troco de condenar Lula”.

Camata, que também já havia compartilhado fotos ao lado de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) nas redes, concorreu a deputado naquele ano pelo PSB, usando a Lava Jato como bandeira. “Até agora, já foram condenadas 188 pessoas na Operação Lava-Jato. Se as penas fossem somadas dariam 1861 anos e 20 dias. Não podemos deixar a maior operação anticorrupção do país parar, você concorda?”, dizia seu cartaz.

O delegado ingressou na PRF em 2006, é mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, e tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente é Secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.

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