Ricardo Noblat 03/09/2023 06:00, atualizado 03/09/2023 09:17 Breno Esaki/Metrópoles De trás para frente: não foi porque, de repente, tenha se convencido de que só a verdade liberta. Para ele, para tantos, a verdade é uma coisa relativa, algo que obedece às circunstâncias. Se for conveniente, ela deve ser dita, do contrário, escondida. Mauro Cid , ex-ajudante de ordem de Bolsonaro nos últimos quatro anos, não decidiu contar parte do que sabe à Polícia Federal porque só agora, e com atraso, reconhece que o ex-presidente a quem serviu com tamanho zelo pôs a democracia em perigo. Por mais que, com aquela carinha e penteado, pareça um idiota, com ar de adolescente desligado do mundo ao seu redor, ele teve que estudar muito para chegar a tenente-coronel. Em algum momento, aprendeu a distinguir democracia de ditadura. Não aprendeu que o golpe de 64 que suprimiu a democracia foi um golpe porque isso não se ensina nas academias militares; muito menos que fez um tremendo mal ao país, porque i