Jamil Chade - Há exatos 30 anos, o jornalista Roy Gutman revelou ao mundo os campos de extermínio na Bósnia, liderados por sérvios e seus aliados. Para muitos europeus, ele escrevia do fim do mundo, pelo menos no imaginário coletivo do Velho Continente. Observadores internacionais e mediadores da guerra hoje acreditam que, em 1993, as reportagens de Gutman ajudaram a salvar vidas de milhares de bósnios, ao forçar o fechamento de tais centro da morte. Ao longo da história, fábricas de horror foram estabelecidas por diferentes governos. Cristãos, muçulmanos, socialistas ou capitalistas. E junto com esses crimes, uma pergunta constante se fazia: onde estava a imprensa? No que hoje é a Namíbia, o extermínio promovido pela Alemanha praticamente foi ignorado. Um silêncio profundo ainda foi mantido enquanto os soviéticos promoveram uma fome criminosa na Ucrânia nos anos 30. Mesmo na Segunda Guerra Mundial, uma parcela importante da imprensa americana preferiu enterrar relatos dos horrores