Debate final foi uma briga de boteco, desfecho do primeiro continua incerto
Josias de Souza - Estava previsto que William Bonner mediaria um debate presidencial. Comandou uma briga de botequim. Não um botequim qualquer, mas um boteco de quinta categoria. Com uma diferença. Nas mesas de um bar convencional, os bêbados pagam do próprio bolso a bebida que entorta a língua. Na TV Globo, apresentaram-se presidenciáveis 100% financiados pelo fundo eleitoral. Afora escassas exceções, não entregaram boas frases, insultos mais elaborados, ironias finas... Nada que compensasse o custo. Não se viu uma bala de prata capaz de virar votos, apenas garrafadas. O grande vencedor do debate foi o telespectador que dormiu mais cedo . Entre os candidatos, havia duas disputas em cena. Lula saiu-se menos pior do que Bolsonaro. Venceu por pontos, não por nocaute verbal. Escorregou na maionese ao trocar insultos com o autoproclamado Padre Kelmon, um asterisco nas pesquisas. Terá de contar com muita boa vontade dos indecisos para obter o "tiquinho de voto"