Servidores da Economia temiam 'apagão das canetas' e pediram MP que livra agentes de punição na pandemia - Segundo especialistas em direito administrativo, a MP assinada por Bolsonaro também pode proteger o presidente de uma eventual acusação por improbidade administrativa.
A medida provisória que livra agentes públicos de punição foi uma demanda de servidores, principalmente os da área econômica, com o objetivo de evitar o que é chamado internamente no governo de "apagar das canetas" . Por Julia Duailibi Julia Duailibi é comentarista de política e economia da GloboNews. Os gestores, que colocam seus CPFs na execução de políticas públicas, temem que ações emergenciais em meio à pandemia possam levá-los a erros e a futuros questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Ministério Público Federal (PMF). Querem evitar a responsabilização civil e administrativa dessas medidas – a MP não trata de responsabilidade criminal, porque a Constituição, no seu artigo 62, proíbe que o tema seja tratado por meio de medida provisória. A medida, porém, de acordo com especialistas em direito administrativo ouvidos pelo blog , pode beneficiar o presidente Jair Bolsonaro, ao protegê-lo de uma eventual acusação por improbidade a