Exército informa que afastará Mauro Cid de suas funções militares

 

MANOELA ALCÂNTARA

 atualizado 

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro

O Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro informou, neste domingo (10/9),que cumprirá a decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afastará o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid de suas funções.

A partir do cumprimento da decisão, Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função.

O Exército cumpre determinação de Moraes na mesma decisão em que homologou delação premiada de Cid, proposta pela defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal. No documento, Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, com imposição de cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em determinados horários e afastamento das funções no Exército. Notificada, a Força diz que cumprirá.

Em 6 de setembro, Cid chegou a ir ao STF para falar sobre o desejo de colaborar. O ex-ajudante de ordens foi preso sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Bolsonaro.

Cid é investigado em uma série de operações – entre as quais, a que apura a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro.

Novas diligências

Na delação, agora homologada, Mauro Cid precisará trazer às investigações fatos inéditos, que não tenham sido contados nas horas de depoimentos já prestados à Polícia Federal. Após as revelações, que devem ser feitas pelo militar nos próximos dias, a PF fará novas diligências para checar a veracidade das informações.

A expectativa é que Cid esclareça pontos sobre como se deu a participação de Bolsonaro nos seguintes casos: a falsificação de cartões de vacina no sistema do Ministério da Saúde, o Conect SUS; as joias que entraram irregularmente no país e o momento em que os presentes foram vendidos no exterior; e até sobre o 8 de Janeiro e as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no país, com a participação de mentores intelectuais do governo anterior.

presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid conversam na rampa do Planalto

Bolsonaro e seu ajudante de ordens à época do governo Rafaela Felicciano/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Cid deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de sair de casa em determinados horários e foi afastado das funções no Exército Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Mauro Cid estava preso desde 3 de maio em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Mauro Cid deixa Batalhão de Polícia do Exército Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Mauro Cid deixou o Batalhão do Exército e foi para o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, onde colocou tornozeleira eletrônica Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Ministro Moraes suspendeu porte de arma de fogo de Cid e o seu registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército - Metrópoles

Ministro Alexandre de Moraes ainda determinou apreensão do passaporte de Mauro Cid Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida de Mauro Cid ao lado de integrante do Exército, fardado

Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército Hugo Barreto/Metrópoles

imagem colorida de Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, onde ficou preso por 4 meses - Metrópoles

Cid estava preso desde 3 de maio, por ordem de Alexandre de Moraes Hugo Barreto/Metrópoles

Foto colorida de Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid - Metrópoles

Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid, chega ao atalhão de Polícia do Exército, em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Foto colorida de Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid - Metrópoles

Bitencourt chegou acompanhado de sua esposa Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Imagem colorida de Mauro Cid ao lado de integrante do Exército, fardado

Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército Hugo Barreto/Metrópoles

imagem colorida de Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, onde ficou preso por 4 meses - Metrópoles

Cid estava preso desde 3 de maio, por ordem de Alexandre de Moraes Hugo Barreto/Metrópoles

Foto colorida de Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid - Metrópoles

Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid, chega ao atalhão de Polícia do Exército, em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Foto colorida de Cezar Roberto Bitencourt, advogado de Cid - Metrópoles

Bitencourt chegou acompanhado de sua esposa Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Bolsonaro Vazamento Tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro - Metrópoles

Mauro Cid mudou estratégia de defesa e contou o que sabe à PF Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra o tenente-coronel Mauro Cid sentado em uma mesa durante depoimento na CPMI do 8/1 - Metrópoles

Mauro Cid estava preso no batalhão da Polícia do Exército Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra a fachada do Batalhao de Polícia do Exército em Brasília - Metrópoles

Batalhão de Polícia do Exercíto em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra a fachada do Batalhao de Polícia do Exército em Brasília - Metrópoles

Mauro Cid foi levado à unidade em maio Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra a fachada do Batalhao de Polícia do Exército em Brasília - Metrópoles

No batalhão, ficam presos militares que cometeram trangressões Hugo Barreto/Metrópoles

Bolsonaro Fardado, Mauro Cid chega para depor à CPI do 8:1 no Senado

O oficial ficou preso por quatro meses Hugo Barreto/Metrópoles

CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito

Cid costumava passar muito tempo escrevendo anotações Hugo Barreto/Metrópoles

Imagem colorida mostra a fachada do Batalhao de Polícia do Exército em Brasília - Metrópoles

Entrada do Batalhão de Polícia do Exercíto, em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles

Tenente-coronel Mauro Cid olha para frente e aperta os lábios

Mauro Cid recebeu visitas de outros investigados na prisão Breno Esaki/Metrópoles

Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Vinícius Schmidt/Metrópoles

presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid conversam na rampa do Planalto

Bolsonaro e seu ajudante de ordens à época do governo Rafaela Felicciano/Metrópoles

Imagem colorida mostra Mauro Cid deixando Batalhão do Exército

Cid deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de sair de casa em determinados horários e foi afastado das funções no Exército Hugo Barreto/Metrópoles


Depoimentos

Nas últimas semanas, Cid prestou uma série de depoimentos à Polícia Federal. O mais recente ocorreu em 31 de agosto, em investigação sobre o caso das joias.

Além de Cid, Jair e Michelle Bolsonaro, o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid) e os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef foram convocados, simultaneamente, para oitivas na PF.

Dos oito convocados, apenas Mauro Cid e seu pai falaram aos investigadores em Brasília; Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, prestou esclarecimentos em São Paulo.

Bolsonaro e Michelle permaneceram em silêncio durante a oitiva. A ex-primeira-dama se baseou em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que questiona a competência do STF em julgar o caso. Fabio Wajngarten também não falou. Um dos motivos apresentados por ele é o fato de ser advogado do casal Bolsonaro.

Nessa oitiva do ex-ajudante de ordens, a PF apurou se Mauro Cid participou ou se tem informações do encontro e das tratativas que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nas conversas, os dois teriam discutido um plano para invadir o sistema do CNJ e também para contestar a efetividade do sistema eleitoral.

https://www.metropoles.com/brasil/exercito-informa-que-afastara-mauro-cid-de-suas-funcoes-militares

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