“Por ora, não tenho nada a conversar com a PGR”, diz advogado de Cid


Na semana passada, antes da homologação da delação premiada com a Polícia Federal, o advogado havia dito que poderia se reunir com o Ministério Público Federal

O tenente-coronel Mauro Cid (à dir.) e seu advogado Cezar Bitencourt durante depoimento à CPI do 8 de janeiro na Câmara Legislativa do DF
O tenente-coronel Mauro Cid (à dir.) e seu advogado Cezar Bitencourt durante depoimento à CPI do 8 de janeiro na Câmara Legislativa do DF Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 24.ago.2023

Gustavo Uribe da CNN

Brasília
10/09/2023 às 13:17

O advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Cezar Bitencourt, disse à CNN que, neste momento, não pretende tratar de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na semana passada, antes da homologação da delação premiada com a Polícia Federal, o advogado havia dito que poderia se reunir com o Ministério Público Federal.

“Por ora, não tenho nada a conversar com a PGR, afirmou Bitencourt à CNN.

A PGR procurou a defesa do tenente-coronel para saber se ele tinha interesse em iniciar uma negociação de delação premiada com a instituição, paralela à firmada com a PF.

A PGR se manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a homologação do acordo entre Cid e a PF, sob o argumento de que a colaboração deveria ser conduzida pelo Ministério Público Federal.

A lei que rege o instrumento jurídico permite que a PF negocie acordos diretamente com o investigado, sem a necessidade de anuência do Ministério Público.

Em 2018, a Suprema Corte considerou a lei constitucional e validou a possibilidade de a Polícia Federal firmar as tratativas.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, no entanto, tem cobrado que a PGR acompanhe o processo da delação premiada, apesar de a PF ser contra.

A expectativa é de que, nesta semana, Cid seja chamado novamente para depor no âmbito do acordo homologado no final de semana.

A defesa do ex-ajudante de ordens sinalizou a disponibilidade de ele contribuir com a PF em quatro linhas de investigação: a venda das joias no exterior, a adulteração do cartão de vacinação, o ataque às instituições democráticas e o planejamento do 8 de janeiro.

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