A colheita de Lula no agronegócio

 Nonato Viegas

Publicada em 02/02/2022 às 06:00  

Rendeu a reunião que Lula teve no fim de janeiro com representantes do agronegócio. 
Desde o encontro, entidades ligadas ao setor passaram a discutir internamente a possibilidade de retorno do petista à Presidência da República.
 Trabalham por - e com esse - cenário.

Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura de Michel Temer e ex-senador, e o empresário Carlos Ernesto Augustin, executivo de uma das maiores empresas de sementes do mundo, são os principais articuladores da aproximação. Carlos Ernesto é irmão de Arno Augustin, secretário do Tesouro no governo Dilma.

De acordo com um deputado da base do governo ligado ao setor, as entidades não podem apoiar formalmente nenhuma das candidaturas. Mas, segundo afirmou, individualmente os empresários do agro têm se encantado com o discurso do petista. Há uma relação histórica de bons negócios nas gestões Lula e Dilma.

Lula encontrou em 20 de janeiro Carlos Ernesto Augustin e representantes de entidades ligadas à Confederação Nacional da Agricultura para relembrar a sua gestão, prometendo fazer mais e ampliar o espaço para o setor. Segundo um dos participantes, combinou-se que Blairo e outros expoentes do setor terão espaço político privilegiado num possível governo Lula. Inclui o Ministério da Agricultura - de porteira fechada - e posições em bancos públicos que facilitem linhas de crédito ao agronegócio.

O petista ouviu reclamações sobre o impacto da gestão ambiental e diplomática do governo de Jair Bolsonaro. Renovou seu compromisso de melhorar as condições para que os empresários nacionais possam vender aqui e no exterior.

O ex-presidente pretende definir na próxima semana uma data para ir até o Mato Grosso e ao Mato Grosso do Sul para ter outra rodada de encontros com os líderes do setor. 
https://obastidor.com.br/politica/a-colheita-de-lula-no-agronegocio-2588

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