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  Ao se assumir como membro do Centrão, Bolsonaro tenta normalizar uma excrecência da política brasileira. Como fez com as mortes na pandemia

Em mais uma crítica velada a Jair Bolsonaro, Edson Fachin, do STF, afirmou hoje que  “está em curso no Brasil o processo de demolição das instituições democráticas”. “No Brasil de hoje, não é de se espantar que um líder populista se recuse a obedecer às regras vigentes,  queira suas próprias regras para disputar as eleições e  se recuse a ter seu legado escrutinado pela sociedade no bojo de uma eleição política”,  disse o ministro durante sua participação em evento organizado pela organização Transparência Eleitoral.  As falas foram dadas por Fachin no mesmo dia em que o jornal O Estado de S. Paulo publicou hoje reportagem sobre uma suposta ameaça à democracia que teria sido feita pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, que nega ter feito o ataque. Segundo o jornal, o general ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e afirmou que não haveria eleição em 2022 sem o voto impresso. O parlamentar então respondeu ao militar, e depois a Jair Bolsonaro, que apoia o governo

 

 

  247 -  Jair Bolsonaro voltou a ofender eleitores do ex-presidente Lula durante conversa com apoiadores no cercadinho, na saída do Palácio do Alvorada, nesta quinta-feira (22). O ataque,  gravado  e divulgado por um canal simpatizante ao governo, foi quando um apoiador disse que Lula faria uma “ jumenciata ”, mas que “havia faltado jumento”. O bolsonarista se refere  aos atos de Fora Bolsonaro, convocados para este sábado, dia 24 de julho , confirmando em mais de 200 cidades.  “Acho que jumento de duas pernas, eleitor dele, tem bastante”, endossou Bolsonaro. “Quem já passou pelo comando de certas pessoas vai pensar em voltar, [mas] porque esqueceu”, prosseguiu. Em todas as pesquisas eleitorais recentes mostram que Bolsonaro pode ser derrotado pelo petista por uma larga margem em 2022. Com isso, Bolsonaro tem aumentado as críticas contra Lula ao longo dos últimos meses e afirmado que Lula só será presidente “na fraude” – na versão bolsonarista, isso seria garantido pelo atual sistema

  Foto: Adriano Machado/Crusoé O vice-presidente afirmou que parte da sociedade brasileira está 'olhando pelo retrovisor, sem entender o processo histórico que vivemos'  O vice-presidente Hamilton Mourão descartou a possibilidade de que não haja eleições em 2022. Mais cedo, o Estadão noticiou que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, havia condicionado a validade do pleito à implementação do voto impresso. Em conversa com jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto, Mourão disse que “é lógico” que vai ter eleição.  “Lógico que não. Isso aí é um absurdo. Você acha o que? Nós estamos no século XXI, vamos entender isso aí. É lógico que vai ter eleição. Quem é que vai proibir eleição no Brasil? Nós não somos uma república de bananas.” Mourão disse que não há espaço para um regime autoritário no Brasil. “O que acontece é que ainda tem muita gente na sociedade brasileira que está olhando pelo retrovisor. Olha a 50, 60 anos atrás, sem entender o processo histórico que nós estamos